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Documentário revela história por trás do filme "Vips"; assista

Filme de Mariana Caltabiano retrata o vigarista que inspirou personagem de Wagner Moura; veja na íntegra no iG ou faça o download

Guss de Lucca, iG São Paulo
Foto: Divulgação
O vigarista Marcelo Nascimento da Rocha em cena do documentário "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso"
Marcelo Nascimento da Rocha é um caso curioso de mentiroso. Com um talento impressionante para inventar histórias, o vigarista paranaense começou dando pequenos golpes e atingiu o "ápice de sua carreira" ao enganar o apresentador Amaury Jr. no Carnaval do Recife, em 2001, ocasião em que fingiu ser filho do dono da empresa de aviação Gol.
O episódio fez com que a escritora Mariana Caltabiano procurasse por Marcelo em 2003, período em que o rapaz, então com 29 anos, estava preso no Centro de Triagem de Curitiba. Foi lá que a escritora, que também é responsável pelo site infantil iGuinho, gravou as doze horas de entrevista que resultaram no livro "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso", lançado pela editora Jaboticaba em 2005 e sucesso desde então.
A obra, cuja 16ª edição deve chegar às lojas em breve, ganha neste ano duas versões cinematográficas - uma ficcional, "Vips", dirigida pelo cineasta Toniko Melo e estrelada por Wagner Moura (filme que teve a melhor estreia do fim de semana passado no Brasil, com R$ 1,29 milhão em renda), e outra documental, produzida pela própria Mariana, que será lançada direto em DVD e exibida no iG a partir de 1º de abril (assista na íntegra no final da reportagem).
Ao iG, a autora e diretora de "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso" conta como foram as entrevistas na cadeia e o trabalho de transformar a vida de Marcelo em documentário.
Foto: DivulgaçãoAmpliar
A escritora e diretora Mariana Caltabiano
iG: Por que você resolveu ir a fundo e escrever um livro sobre Marcelo Nascimento da Rocha?
Mariana Caltabiano: A primeira vez que o vi foi no programa do Amaury Jr. Na época, eu tinha um sonho de fazer um longa-metragem e estava em busca de uma história interessante. E eu achei que o cara era uma figura, além de me impressionar a cara de pau dele, que nem piscava diante do Amaury, falando com segurança sobre a empresa. Depois li uma reportagem que mostrava outros golpes dele e contei ao Toniko Melo minha ideia, pois já o conhecia e sabia que ele também buscava um roteiro para o seu primeiro filme.
iG: E por que o livro veio antes?
Mariana Caltabiano: Falamos com o Fernando Meirelles, que gostou da ideia, mas a advogada da produtora nos alertou sobre o problema que poderia ser comprar os direitos da história de um estelionatário. Ia ser complicado. Ela disse também que se o filme fosse baseado num livro, seria mais fácil. Por isso resolvi fazer eu mesma o livro.
iG: E como foi o processo de encontrar o Marcelo?
Mariana Caltabiano: Falei com a mãe dele, que no início foi bem seca comigo. Ela disse que o filho estava foragido e acabei deixando com ela o meu cartão. Bastaram duas semanas para que ele ligasse dizendo que eu estava com sorte, pois ele havia sido preso e teria tempo de sobra para pensar nesse livro.
iG: Como foi a receptividade dele no início? 
Mariana Caltabiano: Quando eu cheguei, ele estava numa cela lotada, sem luz e com goteira - na pior. De cara, ficou desconfiado. Mas quando percebeu que era uma oportunidade de sair daquele buraco, foi ficando mais simpático. Teve uma hora em que ele botou a mão entre as grades para me cumprimentar e eu fiquei com medo. Nunca estive na cadeia e a gente imagina um monte de coisa, como o bandido puxando a pessoa pelo braço até a grade. Mas era melhor cumprimentá-lo, senão ele melava o acordo de cara. E ele não me puxou (risos).
iG: Por quanto tempo você o visitou? 
Mariana Caltabiano: Fui à cadeia pela primeira vez em dezembro de 2003, quando assinei o contrato. Depois passei um ano inteiro fazendo a entrevista. É curioso que cada vez que voltava ele estava diferente. No documentário você vê que ele aparece gordo, magro, barbudo... É uma característica dele, essa coisa camaleônica.
iG: Você pode explicar como foi que ele te enganou durante esse período de entrevistas?
Mariana Caltabiano: Eu fui em 2003, assinei o contrato e só consegui voltar lá no começo do ano seguinte. Mas o delegado não o avisou. Imagine um preso esperando todo dia para dar uma entrevista? E ele havia contado pros outros detentos, então logo virou piada.
Foto: DivulgaçãoAmpliar
Marcelo ao lado de Amaury Jr em Salvador: golpe televisionado fez a fama do estelionatário
Quando cheguei para começar o processo, ele disse que havia sido procurado pelo advogado do Roberto Faria, que tinha passado por lá na semana anterior e feito uma oferta melhor do que a minha. Então o Marcelo havia decidido fechar com eles. De cara eu duvidei. Ele questionou o guarda, que confirmou a visita do advogado, e ainda me passou o telefone do cara. Liguei no mesmo momento, mas só deu caixa postal. Aí resolvi perguntar o que ele queria, e ele disse que queria ser sócio no livro - algo que eu já havia oferecido.
Com tudo acertado começamos a entrevista e eu logo perguntei como é que ele fazia para enganar as pessoas. A resposta foi direta: "Como fiz com você hoje". Depois me explicou que queria mostrar como agia. E no fim das contas eu fico feliz por ele ter participação no livro - é uma forma de mantê-lo longe do crime. Se o livro servir para que ele não engane mais ninguém, já considero algo sensacional.
iG: Quais são as suas impressões do "Vips" ficcional? 
Mariana Caltabiano: Fiquei feliz por eles terem ido num caminho completamente diferente do real, porque se fizessem de outra forma, não haveria sentido em ter o documentário ou as pessoas lerem o livro. O barato é a diferença. O público assiste ao filme do Toniko e fica com vontade de saber o que realmente aconteceu. Para mim foi uma verdadeira aula esse processo todo, porque acompanhei de perto o filme de ficção e em determinado momento percebi que havia chegado a hora de seguir o meu caminho com o documentário. A história real é tão incrível que eu não precisava mudar muito (risos).
iG: Onde esta o Marcelo hoje?
Mariana Caltabiano: Ele ficou de 2004 a 2009 sem aprontar – até achei que estava mudado. Mas aí foi pego num golpe bem besta e acabou atrás das grades novamente. Mas, segundo sua advogada, ele deve sair em três meses da cadeia de Cuiabá.
Assista à primeira parte de "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso":

Assista à segunta parte de "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso":

Assista à terceira parte de "Vips - Histórias Reais de um Mentiroso":

Faça o download do filme nas versões abaixo (basta clicar nos links para baixar):
Versão para o computador mp4 (HD)
Extensão: MKV
Tamanho: 2 GB
Versão iPhone
Extensão: M4V
Tamanho: 500 MB
Versão iPad
Extensão: M4V
Tamanho: 2,7 GB
Versão mobile (WAP, Blackberry e Android)
Extensão: 3GP
Tamanho: 90 MB


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