Tecnologias utilizadas para desbloqueio e decodificação nos receptores piratas
Existem três principais tecnologias para fazer o desbloqueio de canais nos receptores/ decodificadores piratas. São elas:
- CS;
- IKS;
- SKS.
As tecnologias CS e IKS dependem de um servidor que compartilhe dados de cartão ou de chaves. Usa-se a Internet para acessá-lo. Dependendo do receptor que você comprar, pode estar incluso no preço dele um determinado período de conexão a um servidor de graça. É o caso, por exemplo, dos receptores Atto. Caso não esteja, você terá de pagar para se conectar a um servidor: normalmente o custo fica em torno de R$ 20,00 por mês podendo ser pago mensalmente ou anualmente.
Já a tecnologia SKS não precisa de servidor e internet mais usa duas antenas.
CS
CS é a sigla de “card sharing”, uma tecnologia para de desbloquear canais codificados. Consiste na partilha de um ou vários cartões de decodificação das operadoras através de uma rede de computadores, normalmente a internet.
Funciona através da conexão de dois ou mais receptores. Num dos receptores é colocado um cartão decodificador de uma determinada operadora, o primeiro equipamento funciona como receptor/servidor: lê os dados do cartão decodificador e passa-os para outro (ou outros receptores), fazendo com que este funcione como se tivesse também um cartão original.
Na prática, permite que um só cartão de assinante “abra” o sinal nos outros receptores que estejam permanentemente conectados através de rede ao receptor/servidor que tem o cartão. Os receptores podem estar conectados na mesma casa ou mesmo em estados ou países diferentes.
Apenas os dados do cartão decodificador são compartilhados e não as imagens ou o sinal do satélite ou cabo.
Nem todos os receptores funcionam em CS pois a condição principal é terem ligação à uma rede de computadores, normalmente a Internet. No entanto, a tendência é o crescimento do número de receptores/ decodificadores piratas que empregam essa tecnologia devido ao barateamento da conexão com a internet.
Usando uma antena, você deverá apontá-la para o Satélite Star One C2 (recepção do sinal) e usar uma conexão com a Internet (desbloqueio do sinal) através de um servidor.
IKS
O IKS, Internet Key Sharing, ou partilha de chaves pela internet, é um sistema usado para compartilhar as CW, Control Word, ou senha de controle, que cada canal transmitido através da operadora de tv por assinatura tem, para que o receptor da operadora consiga abrir a imagem e o áudio do canal.
Para desbloquear, é necessário que o receptor/ decodificador tenha o CW correto para abrir aquele determinado canal.
A cada vez que se muda de canal, o receptor precisa fazer o Decrypted CW para aquele canal específico. No receptor/ decodificador pirata, usando a tecnologia IKS, isto só é possível desde que ele esteja ligado à internet recebendo as CW de algum servidor de IKS.
Usando uma antena, você deverá apontá-la para o Satélite Star One C2 (recepção do sinal) e usar uma conexão com a Internet (desbloqueio do sinal) através de um servidor.
Funcionamento das CW
Quando você seleciona um canal para ver, o arquivo do canal, chamado de stream do canal, tem um pequeno pedaço de código, conhecido como bin, que está criptografado com a informação da CW, ou seja, com a senha para abrir o canal.
Esta informação é enviada para a softcam, também chamado de programa usado para decifrar a CW do canal. A softcam decifra a senha CW e usa o decrypted CW para descodificar o vídeo e áudio deste determinado canal.
A softcam, um programa instalado dentro do receptor/ decodificador pirata, é, na realidade, uma cópia virtual do cartão de acesso condicional, smartcard, da operadora de tv por assinatura.
O IKS não dá ao usuário o acesso direto ao cartão da operadora de TV que está sendo compartilhando. O usuário na realidade está tendo acesso a um servidor que tem todos os canais listados por ID e em cada ID está a mais recente CW para cada canal, sendo que estas CW mudamem pequenos intervalos de tempo.
Desta maneira o que está sendo compartilhando pelo servidor é o Decrypted CW, sendo que o receptor/ decodificador pirata do cliente envia para o servidor a CW para aquele determinado canal, o servidor identifica o ID do canal e devolve para o receptor pirata o Decrypted CW para aquele canal, sem a necessidade de ter acesso direto ao cartão de acesso condicional da operadora.
Somente se o CW solicitado por algum dos receptores/ decodificadores piratas conectados ao servidor de IKS ainda não foi visto pelo servidor antes, o servidor irá acessar o smartcard da operadora de tv por assinatura, para conseguir o Decryted CW e colocar esta informação na lista de canais que citamos acima.
Mesmo assim o mais comum é que o próprio servidor de IKS pirata, que vai enviar as chaves de acesso aos receptores/ decodificadores piratas clientes, não tenham acesso direto ao cartão de acesso condicional da operadora, e sim, que se tenha um servidor de cartões de acesso que envia as informações ao servidor de IKS para somente depois disto o servidor de IKS enviar a informação ao receptor pirata na casa do cliente.
Um servidor de IKS consegue se conectar e espelhar ao mesmo tempo diversos servidores de cartão, assim é possível que um só servidor IKS dê acesso aos cartões de acesso condicional de várias operadoras de tv por assinatura, inclusive com canais que só estariam abertos em determinada região do país.
Os servidores de IKS não tem limite de usuários, mas tem limite de servidores de cartão a que podem estar conectados ao mesmo tempo.
O grande problema do IKS, assim como do CS, é a facilidade de se rastrear as conexões IP feitas entre o cliente e o servidor, ou seja, a cada vez que é feita a conexão do receptor/ decodificador pirata com o servidor de IKS, esta informação fica salva no seu provedor de internet, que geralmente mantém as informações de conexões IP por três anos.
Uma decisão judicial pode fazer com que o provedor de internet entregue estas informações de conexões feitas entre o seu IP e qualquer outro endereço IP utilizado na internet, esteja você conectado usando aquele IP por 5 dias ou por apenas 10 segundos.
Acessar e usar servidores de IKS e Cardsharing no Brasil é um risco e quem o faz pode vir a ter futuros problemas com a justiça.
SKS
O modo de operação do SKS, satellite key sharing, é bastante parecido com o do IKS, no entanto, não há conexão direta entre o receptor pirata cliente e o servidor de SKS.
A diferença fica na maneira como o receptor de satélite irá receber as Decrypted CW, o que torna o tempo para a abertura de canais no SKS mais lenta que no IKS.
No SKS, o servidor de SKS envia a informação completa de Decrypted CW para os receptores piratas clientes através de um arquivo, via satélite.
Toda vez que o receptor de tv pirata troca de canal, a softcam SKS instalada neste receptor pirata procura por este arquivo enviado pelo servidor SKS e então compara a ID do canal a ser acessado com as IDs que constam neste arquivo do servidor SKS, ao encontrar a ID do canal que será assistido, ela então extrai o Decrypted CW do canal daquele arquivo SKS e usa para abrir o canal solicitado.
Desta maneira, o receptor pirata que funciona com o SKS tem que lidar com um maior volume de informação de CW para conseguir abrir um canal do que um receptor que está usando IKS.
Além disso, a tecnologia de SKS necessita de 2 antenas (de 60 ou 90 cm, variando de acordo com a região), o que gera um maior gasto na instalação do sistema:
- uma antena é apontada para o Satélite Star One C2 (recepção do sinal);
- Outra antena apontada para um desses Satélites Hispasat, Intelsat 58w, Ses4 22w, IntelSat 23 53w ou Amazonas 61w (para desbloquear o sinal)
Veja também:
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