Com roteiro simplório, filme 'Alien' se restringe à luta pela vida
Uma das franquias mais originais e envolventes de Hollywood chega ao sexto filme com diagnóstico nada animador: "Alien" agora é um cinema de ação "normal", no qual falta brilho e inovação.
"Alien: Covenant" deveria ser melhor. É um filme de Ridley Scott, o britânico que começou tudo com "Alien, o Oitavo Passageiro", em 1979, e, não satisfeito em criar uma das maiores produções de ficção científica da história, emendou logo outra, "Blade Runner", em 1982.
"Alien" construiu uma tetralogia ousada e singular. "Aliens, o Resgate" (1986) foi dirigido por James Cameron, que faria bilhões com "Titanic" e "Avatar". "Alien³" (1992) ficou com David Fincher, o homem por trás de "Se7en" e "Clube da Luta". E "Alien - A Ressureição" (1996), sabe-se lá como, caiu nas mãos do francês Jean-Pierre Jeunet, de "Amélie Poulain".
Cada um imprimiu sua marca na franquia com um ótimo filme. Só duas coisas ligavam um ao outro: o monstro com a bocarra assustadora e a destemida astronauta Ripley, heroína que marcou de vez a carreira de Sigourney Weaver.
Ridley Scott resolveu mexer de novo na cria, voltando com "Prometheus" (2012) e agora "Covenant". Os dois contam histórias anteriores às da tetralogia inicial, mostrando como humanos tiveram seus primeiros contatos com os alienígenas.
Se "Prometheus" foi um tanto confuso, o novo filme tem um roteiro simplório, uma trama de caça de gato e rato entre alguns aliens e a tripulação da nave Covenant. Sem Sigourney Weaver, Scott vai ancorar a trama em Michael Fassbender, que interpreta androides diferentes nos dois filmes. Sobra para o sempre ótimo ator alemão a carga filosófica do roteiro.
Entre sustos e cenas sangrentas, "Alien: Covenant" ficou restrito à luta dos humanos pela sobrevivência. Azar de Scott que teve de encarar "Vida", ainda em cartaz, um filme tão parecido com o seu, mas muito mais empolgante e inteligente. Pior: o novo "Alien" tenta apresentar um final surpresa que surge constrangedor de tão óbvio, enquanto "Vida" consegue surpreender na cena final.
"Alien: Covenant" deveria ser melhor. É um filme de Ridley Scott, o britânico que começou tudo com "Alien, o Oitavo Passageiro", em 1979, e, não satisfeito em criar uma das maiores produções de ficção científica da história, emendou logo outra, "Blade Runner", em 1982.
"Alien" construiu uma tetralogia ousada e singular. "Aliens, o Resgate" (1986) foi dirigido por James Cameron, que faria bilhões com "Titanic" e "Avatar". "Alien³" (1992) ficou com David Fincher, o homem por trás de "Se7en" e "Clube da Luta". E "Alien - A Ressureição" (1996), sabe-se lá como, caiu nas mãos do francês Jean-Pierre Jeunet, de "Amélie Poulain".
Cada um imprimiu sua marca na franquia com um ótimo filme. Só duas coisas ligavam um ao outro: o monstro com a bocarra assustadora e a destemida astronauta Ripley, heroína que marcou de vez a carreira de Sigourney Weaver.
Divulgação | ||
Cena do longa 'Alien: Covenant' |
Se "Prometheus" foi um tanto confuso, o novo filme tem um roteiro simplório, uma trama de caça de gato e rato entre alguns aliens e a tripulação da nave Covenant. Sem Sigourney Weaver, Scott vai ancorar a trama em Michael Fassbender, que interpreta androides diferentes nos dois filmes. Sobra para o sempre ótimo ator alemão a carga filosófica do roteiro.
Entre sustos e cenas sangrentas, "Alien: Covenant" ficou restrito à luta dos humanos pela sobrevivência. Azar de Scott que teve de encarar "Vida", ainda em cartaz, um filme tão parecido com o seu, mas muito mais empolgante e inteligente. Pior: o novo "Alien" tenta apresentar um final surpresa que surge constrangedor de tão óbvio, enquanto "Vida" consegue surpreender na cena final.
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