* Dra Ana Beatriz Barbosa Silva (Médica Psiquiatra, CRM/RJ 5253226/7).
O filme O Jogo da Imitação conta a história verídica de Alan Turing, um gênio da matemática, que em plena II Guerra Mundial desenvolve uma máquina capaz de decifrar os códigos alemães do Enigma, máquina com a qual os nazistas enviavam mensagens de táticas de combates.
Com esse advento, foi possível levar os aliados a vencer a guerra, poupando a vida de milhões de soldados nos campos de batalha. Apesar de sua inteligência excepcional, Alan apresentava um raciocínio extremamente lógico e um comportamento com severas dificuldades nos relacionamentos sociais e interpessoais. Tais características comportamentais sugerem que o matemático apresentava traços autistas ou mesmo Síndrome de Savant.
Muitos tecnólogos atribuem a Alan a invenção da máquina que hoje chamamos de computador e o denominam “o pai da informática”. No entanto, Turing teve um final trágico: suicidou-se aos 41 anos após ser submetido à terapia hormonal (castração química) pelo “crime” de homossexualidade impostas pelas leis inglesas da época.
Turing viveu no anonimato e permaneceu no obscurantismo da história, em função da sua orientação sexual, e somente após várias campanhas de cientistas e matemáticos, a Rainha Elizabeth II concedeu, em 2013, indulto ao oficial Turing e lhe prestou honrarias condizentes com seu feito extraordinário.
Benedict Cumberbatch tem atuação primorosa ao dar vida a Alan Turning e concorreu ao Oscar, em 2015, por essa atuação. Destaca-se também Keira Knightley no papel de Joan Clarke, uma amiga de Alan que foi grande parceira na sua trajetória profissional e pessoal.
Um filme com ótimo roteiro, um belo elenco, que traz a tona uma história real de genialidade e injustiça de um herói da II Guerra, desprezado por sua sexualidade.
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