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Armagedom

ARMAGEDDON (Crítica) Na estante
Ficha Técnica 

Título Original: Armageddon 

Ano do lançamento: 1998 

Produção: EUA 

Gênero: Ficção científica, Ação 

Direção: Michael Bay 

Roteiro: Robert Roy Pool, Jonathan Hensleigh, Tony Gilroy, Shane Salerno, J.J. Abrams 

Sinopse: Após uma chuva de pequenos meteoros que atingem a Terra (incluindo Nova York), a NASA se dá conta de que um asteróide do tamanho do Texas está em um curso de colisão com o nosso planeta. O asteróide se aproxima da Terra à uma velocidade 35.000km/h. e, se o choque acontecer, qualquer forma de vida deixará de existir na Terra, exatamente como o que exterminou os dinossauros 65 milhões de anos atrás. Restando apenas 18 dias para o choque entre a Terra e o asteróide, a única solução possível é enviar astronautas em um ônibus espacial até a superfície do asteróide e lá perfurar 800 pés para colocar um bomba nuclear, detonando-a por controle remoto. Para cumprir tal missão é convocado o mais famoso perfurador de petróleo (Bruce Willis) a grandes profundidades do mundo, que exige formar sua equipe com técnicos que têm um comportamento nada convencional para os padrões do governo. 


Na época do lançamento do filme Armageddon — 1998 — o então diretor Michael Bay, que viria a se mostrar um especialista em destruir cidades inteiras em sua carreira, e o produtor Jerry Bruckheimer (de sucessos de produções pipocas como Piratas do Caribe, Top Gun e Um tira da pesada) afirmavam que o filme era uma grande e barulhenta brincadeira. Ao ver o filme hoje e descobrir qual o trajeto que ele percorreu nos cinemas, tais declarações soam como piadas. 

Quando Armageddon estreou, a crítica o massacrou impiedosamente e os investimentos da Disney, em torno dos 200 milhões de dólares, pareciam ter ido pelo ralo. No fim de semana de estreia, a produção não arrecadou mais do que 36 milhões (estreou em primeiro, mas caiu logo na semana seguinte), um fato que fez movimentar produtores e especialistas de marketing para salvar o filme de um fracasso iminente. Em quatro semanas em cartaz nos EUA o filme tinha estancado sua receita em 150 milhões de dólares e os números fracos da estreia derrubaram a cotação do estúdio em Wall Street. 

Para completar, o astro da produção Bruce Willis estava se separando da sua então mulher Demi Moore depois de um casamento de 11 anos, o que passou a chamar mais a atenção da mídia do que o filme em si. E o ano de 1998 também foi o ano de lançamento de outro filme com temática semelhante, o sucesso Impacto Profundo, que na época da estreia da Disney ainda estava em cartaz. Logo, as declarações debaixo de sorrisos falsos de produtor e diretor eram descaradamente uma tentativa de consertar a porcaria cinematográfica que tinham acabado de desovar nos cinemas, com a intenção de faturar (muito) alto. 

No arrasa-quarteirão de Michael Bay, tudo vai pelos ares, incluindo o cérebro do espectador. Após uma chuva de meteoros que destrói um ônibus espacial em operação e uma parte de Nova York, um astrônomo descobre que há um asteroide do tamanho do estado do Texas e que o mesmo está em rota de colisão com a Terra. Se o choque se concretizar, qualquer forma de vida deixará de existir. Para a salvação, os cientistas da NASA pretendem enterrar e detonar bombas nucleares no interior do meteoro. Até aqui, o roteiro de Jonathan Hensleigh e J. J. Abrams (sim, ele mesmo, que mais tarde seria responsável por Lost e por filmes excelentes como Star Trek e Super 8 e por retomar alguma decência na série Missão Impossível, com Tom Cruise) faz o arroz com feijão: uma ideia interessante para um filme que poderia ferver com um resultado épico e emocionante, típico de outras produções catástrofes. A coisa começa a mudar de situação mesmo quando entra em cena Bruce Willis, em seu papel típico de herói canastrão, como chefe de uma plataforma de petróleo, convocado para liderar a perigosa missão. Não se trata de querer detonar o filme. Mas qualquer tentativa de engolir o fato de que Willis e sua trupe de desordeiros inexperientes seriam capazes de tal feito soa, talvez, como a maior de todas as piadas sem graças do filme. E para se ter uma ideia da qualidade porca de direção de atores de Michael Bay, o mesmo pedia aos atores que improvisassem falas por cima do roteiro, como se tudo fosse diversão e nada fosse levado a sério mesmo. Agora voltamos ao outro filme de temática semelhante para um paralelo. Se Impacto Profundo experimenta o drama, apostando em uma história mais densa, intimista, com foco no drama dos personagens, seriedade, e com uma abordagem mais segura e sombria, por assim dizer, Armageddon aposta em seu poderio técnico e numa espécie de trama espalhafatosa, incoerente, cheia de buracos e com péssimas atuações. O filme acaba, grosso modo, servindo apenas de veículo para seus atores Ben Affleck, Liv Tayler, Owen Wilson (todos em interpretações horrorosas), dentre outros, galgarem suas carreiras ao aparecerem em filmes destinados a faturarem alto nas bilheterias. Seu polpudo orçamento garantiu ao menos uma qualidade técnica invejável, papando indicações ao Oscar nas categorias de melhores efeitos visuais, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor canção (I Don't Want To Miss A Thing, interpretada pela Banda Aerosmith e escrita por Diane Warren). É nas cenas de destruição, tanto no asteroide quando nas cidades, que a qualidade de seus efeitos especiais fala mais alto. Ficou a cargo da Digital Domain (cuja lista de técnicos empregados no filme é assustadora de tão grande) o trabalho de transformar o asteroide e os impactos de uma chuva de meteoros em uma atração real aos olhos dos espectadores. 

A escolha da empresa responsável pelo desenvolvimento dos efeitos visuais, aliás, soaria estranha pelo fato de um filme do calibre de Armageddon consumir um número gigante de complicados efeitos especiais. Nascida por várias mãos incluindo a de James Cameron, para o filme True Lies, a Digital não era uma gigante do setor (como a ILM ou a Weta são hoje em dia) e não tinha experiência em grandiosos efeitos especiais de destaque até ali — embora tivesse conhecimento na realização de efeitos relacionados a viagens espaciais pelo trabalho em filmes como Apollo 13 e O quinto elemento. Ela tinha ganhado notoriedade também pelo seu trabalho premiado com o Oscar em Titanic. E é aqui que o percurso do filme muda mais uma vez e começa a se acertar. 

O filme seria vendido inicialmente não apenas como um filme catástrofe, mas como uma história de amor, na tentativa de atrair um público feminino que seria decisivo no resultado final de seu faturamento — curiosamente, Michael Bay cometeria o mesmo erro em Pearl Harbor tempos depois. Para se ter uma ideia do quanto os produtores estavam ansiosos por faturar com o filme, reza a lenda de que a música tema do filme deveria ser gravada pela cantora canadense Celine Dion, cuja carreira estourou no mundo todo cantando My Heart Will Go On, tema do filme Titanic (filme este que os produtores almejavam derrubar e que ainda estava em cartaz em meados de 1998). 

Ciente da tragédia que se abateria sobre a produção depois do resultado inicial, destinada a dar um gigantesco prejuízo a Disney, o marketing do filme se voltou para outro público: o adolescente. E acertou em cheio seu alvo — tecnicamente, os adolescentes norte-americanos seriam um público ávido por filmes com explosões e efeitos visuais de primeira, e que não se importariam de pagar para verem atuações ordinárias ou roteiros horrorosos. Para completar a estratégia, a canção do Aerosmith foi estourada nas paradas, impulsionando a trilha sonora e o filme. Tamanho esforço deu certo ao fim das contas e o filme entrou para o grupo de produções com mais de 500 milhões arrecadados, se tornando o maior faturamento entre as produções de 1998. Nada isentou, no entanto, de ser condecorado com indicações ao Framboesa de Ouro, todas elas merecidas, de pior direção, pior canção, pior filme, pior dupla (os horríveis Ben Affleck e Liv Tyler), pior roteiro, pior ator (Bruce Willis, agraciado com o prêmio) e pior atriz coadjuvante (Liv Tyler). 

Não é, de fato, uma questão de grande exigência pedir que um filme como esse tenha boas atuações. Afinal, Armageddon faz parte de um grupo ordinário de filmes como Independence Day, 2012, ou mesmo Transformers, do próprio Bay, dentre outros, em que apenas a técnica é importante, em detrimento de qualquer outro fator humano presente em tela. A maioria dos atores contratados para um filme assim está lá para faturar alto, para terem seus rostos estampados em cartazes por todas as cidades, para ganharem fama, dinheiro e serem mais conhecidos e reconhecidos, conseguindo, por consequência, mais trabalhos e se mantendo na indústria. 

São filmes necessários, no final das contas, que são gerados para alavancar dinheiro para os estúdios, sem os quais os mesmos não existiriam e o cinema também não (cinema é arte, mas não vive da mesma num mundo capitalista). Não que haja também uma necessidade de exigir que todo filme como este tenha um roteiro maravilhosamente escrito, mas o que torna Armageddon incrivelmente ruim é o fato de que o seu tema batido — o fim do mundo — é mais bem explorado em outros filmes catástrofes com mais decência e respeito à inteligência do espectador — e nesse sentido, o melhor exemplo de abordagem superior saiu no mesmo ano com Impacto Profundo. Porque um pouco de coerência e de bom senso nunca são demais. 
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