Só quem é cria da década de 80 sabe como era difícil conseguir ver uma mulher nua naquela época sem internet (já imaginou um mundo sem celular e sem internet?),quando passava algum filme na tv que fosse mostrar quanto nada uns peitinhos era oportunidade de ouro. O senhor Sílvio Santos sabendo disso, cansou de passar repetidas e repetidas vezes em seu canal o clássico ‘porn adolescente’ “O Último Americano Virgem (The Last Virgin American)”.
Lançado em 1982, o filme foi dirigido e escrito por Boaz Davidson que, anos mais tarde, fez “Salsa, Ritmo Quente”, uma grande pérola estrelada por Robby Rosa, líder do grupo Menudo na época.
Mais do que uma simples comédia adolescente sobre virgindade masculina, este clássico foi um dos primeiros filmes mais tristes que assisti, rapidamente ele se transforma num drama com um final de partir o coração, sério. Fora isso ainda rola um debatizinho bobo (estava situado em uma outra época também) sobre aborto.

A história:

A história se passa em Los Angeles na California e segue a jornada de três amigos, Gary, Rick e David. Gary (Lawrence Monoson) é o personagem que faz jus ao título do filme, que procura perder sua virgindade e conta com a “ajuda” de seus dois companheiros. Gary é um cara sensível e sem jeito com as mulheres que se apaixona por Karen (Diane Franklin).

Gary, Rick e David



Gary, Rick e David
Rick (Steven Antin) é o garanhão do grupo, pega todas e não tá nem aí pra sentimentos. Para complicar a coisa ele pega o amor de Gary, Karen e manda bala. Para melhorar tudo Rick engravida a menina, larga ela na mão e quem acaba cuidando da moça? Gary, o bom rapaz e idiota, logicamente.
Tudo começa com picardias e muita diversão. Temos duas cenas clássicas, uma que rola o “cri cri”, uma coceirinha incômoda nos pelos daquele lugar e outra em que os 3 amigos vão faturar a esposa de um sujeito. Rick vai e consegue e até David (Joe Rubbo) sem jeito nenhum também. É lógico que na vez de Gary o marido surje e pronto, uma alta confusão do barulho (opa, esse jargão é do outro canal).
O mais sensacional é que o clima de comédia cede lugar para algo mais sério, Gary fica tomando conta de Karen grávida até o dia em que ela resolve abortar. Ele fica puto com isso. Pra completar, a megera escrota da Karen, ainda volta para o sacana do Rick. Assista a cena abaixo, que é o final do filme, e me diga se não é de lascar um negócio desses:
Sério, eu quase chorei de raiva quando assisti. É um final duro (sem conotações sexuais) e muito dramático. Alguns reclamaram na época querendo um final feliz, mas convenhamos, este desfecho não condiz com muita coisa que realmente acontecia e ainda acontece no mundo real?

Atores, ontem e hoje:


Lawrence Monoson que interpretou o protagonista principal Gary nasceu em 64 e continuou com sua carreira de ator. Seus trabalhos mais conhecidos foram em: “Sexta-Feira 13 parte 4 – Capítulo Final” de 1984, “Marcas do Destino” de 1985 e “Tropas Estelares 2” em 2004.







Diane Franklin que interpretou Karen nasceu em 1962 nos EUA. Seu auge foi mesmo enquanto adolescente, onde conseguiu fazer algumas campanhas para Coca-Cola e Trident. Continuou com a carreira de atriz fazendo projetos para Tv.



Steven Antin, que interpretou Rick, nasceu em 1958 e fez participação no grande clássico Goonies. Além disso fez alguns outros filmes como “Acusados” de 1988 com Jodie Foster e começou depois a escrever filmes para a tv. Antin é gay assumido, já participou do programa para escolher uma integrante do grupo Pussycat Dollse, atualmente, está dirigindo um filme que vai ser lançado em novembro deste ano, “Burlesque“, que vai ter a frente a cantora Christina Aguillera e também Cher.




David (Joe Rubbo), até ele se dava bem

Joe Rubbo nascido em 1963 teve no personagem David o seu único grande trabalho. Atualmente está casado e com 3 filhos vivendo na Flórida. Mantêm a amizade desde os tempos do filme com Lawrence Steven.

Curiosidades:

  • O filme foi baseado em uma situação semelhante que o diretor Boaz Davidson passou em sua juventude.
  • A intenção inicial era de ser o primeiro de uma série.
  • Foi um dos filmes que mais passaram no sbt
  • A versão completa dificilmente passava na tv, que cortava uns 30 minutos da parte inicial para “partir logo ao que interessa”.

Esse Era Bala!

Sem contar que foi um filme que marcou uma geração, “O Último Americano Virgem” tinha ainda uma trilha sonora de fazer inveja a qualquer rádio de motel com essas canções de corno internacional: Love Motel´s, como gosto de chamar.
Pode não ser um grande filme, mas eu o considero um clássico. Pouco importa se é mal dirigido, se os atores são horríveis, etc. Para mim, esse era bala!
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