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NASA avança estudos de onde e como construir bases para astronautas na Lua

 Se tudo correr conforme o planejamento da NASA, a primeira mulher e o próximo homem deverão pisar no polo sul da Lua em 2024, por meio do programa Artemis — embora exista a possibilidade de o orçamento da agência espacial alterar essa data. Como a ideia da empreitada é explorar nosso satélite natural a longo prazo, será necessário ter um habitat fixo na superfície lunar para abrigar os astronautas. Assim, uma equipe de cientistas e engenheiros está estudando possibilidades para determinar qual será o melhor lugar para o chamado Artemis Basecamp.

Por Danielle Cassita


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A ideia deste acampamento é utilizá-lo como uma base que tenha recursos para os astronautas conseguirem gerar energia, descartar resíduos e se protegerem contra a radiação. Ainda não há definições do local exato da construção, mas a equipe considera dois pontos principais que precisam ser levados em conta na decisão: o lugar precisa receber luz solar direta para a geração de energia e, além disso, deve também garantir acesso fácil para áreas escuras na superfície lunar, onde buscarão por reservas de água congelada.

Tudo isso será feito no polo sul lunar, que conta com regiões bem iluminadas, mas há outras não recebem tanta luz solar. Assim, os cientistas descobriram que locais altos, como em beiras de crateras, podem proporcionar períodos mais longos de luz para os astronautas, mesmo que o fundo delas seja escuro. Essas variações na iluminação acontecem por causa da inclinação de 1,5º que a Lua tem em seu eixo, de modo que nenhum hemisfério lunar fica mais voltado ou afastado do Sol, ao contrário do que ocorre na Terra.

Apesar de a luz ser importante para o acampamento, essa não será a única preocupação para a tripulação, porque eles vão precisar ir a crateras escuras para buscar água congelada, essencial para o suporte à vida. Para Daniel Moriarty, cientista do grupo de análises e planejamento do projeto, essa pode ser uma opção para a montagem do Artemis Basecamp: “uma ideia é montar o acampamento em uma zona iluminada e seguir para essas crateras, que são extremamente frias”, disse.

Por fim, a NASA terá que definir com cuidado o local de pouso; para garantir a estabilidade do veículo, o ideal seria pousar em uma região relativamente plana em uma cratera ou alguma outra formação com boa iluminação. Se possível, essa área deveria estar a pelo menos 1 quilômetro de distância das demais do acampamento, como habitats e painéis solares, além de ter nivelamento diferente do entorno para evitar o espalhamento de detritos em equipamentos e áreas de interesse científico durante o pouso.

Durante a estadia na Lua, os astronautas vão estudar formas de utilizar os recursos para futuras missões em Marte (Imagem: Reprodução/NASA/Twitter)

Proteger a área em torno do local de pouso e do acampamento é essencial para os cientistas: "queremos aproveitar formações como colinas, que podem funcionar como barreiras para diminuir os impactos da contaminação", explica Ruthan Lewis, líder da equipe. "Por isso, estamos observando distâncias, elevações e desníveis em nosso planejamento". Tudo isso ocorrerá durante a missão Artemis III, e o cuidado com as prioridades científicas é um dos principais aspectos que vem sendo trabalhado pela NASA desde o ano passado, para que a agência elabore atividades para a tripulação realizar em solo lunar. 


Fonte: NASA

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