Tive o privilégio de assistir o documentário SICKO SOS SAÚDE e no final fiquei comovida, pois contra o capitalismo selvagem tem ainda solução…
Segundo Mendes (2001, p.18) citando Hsiao (2000): qualquer sistema de saúde deve atingir três objetivos: proporcionar nível de saúde equitativamente; promover proteção para o risco de adoecer e satisfazer as expectativas de todos os cidadãos. Com base nisso vemos no documentário que os EUA, um país que se diz uma grande potencia (em fazer guerra) não consegue atender aos seus cidadãos quando eles mais necessitam e tudo isso em nome, não do sonho americano de querer democracia para todos, mas em nome do capital. Cada americano é visto como mais um no elo do capital, onde o que vale não é o que você fez ou faz, mais o quanto você pode pagar. E para ter lucro o valor estará sempre aumentando.
SICKO SOS SAÚDE dirigido por Michael Moore apresenta ao mundo capitalista o pequeno resultado da consequência do capital, quando expõe a realidade americana sobre o seu Sistema de Saúde e o que fere mais para os americanos, é quando Moore compara os EUA com países como o Canadá, França, Inglaterra e pasmem!, Cuba, uma pequena ilha, que foi tão maltratada pela especulação capitalista e mesmo assim, RESISTIU a tudo e o que foi mais “engraçado” para não dizer trágico, foi onde os americanos “excluídos” encontraram consolo e resolutividade. Essa parte do documentário me fez parar e refletir, pois não precisa ser grande para ser mais.
O sistema de saúde do Canadá permite que a pessoa seja atendida por quem ela escolhe. Na Inglaterra os profissionais têm incentivos quando a população adscrita a eles apresentam menos fatores de riscos de doenças, uma vez que isso demonstra que os profissionais conseguirem evitar o adoecimento. Na França o sistema de saúde oferece pessoas para ajudar as famílias em suas casas com assistência domiciliar. Em Cuba a oferta é equânime, todos tem acesso à educação saúde, esporte, lazer, etc., de forma gratuita.
O documentário SICKO SOS SAÚDE mostra a realidade dos países quando há dificuldades na assistência à saúde, quando eles mais precisam, quer seja na fase da vida infantil, adulto ou velhice. Quando se verifica esse documentário, podemos comparar ao nosso SUS, garantido através de lei e mesmo com tantas dificuldades, continua sendo tão mal afamado, entretanto, após ver o documentário, vejo que o nosso SUS é realmente um SUScesso. Tenho orgulho do nosso SUS.
As pessoas que criticam o nosso SUS, não conseguem enxergar sua grandeza. Sugiro que devam assistir a esse documentário. Lembrando que para ter uma saúde top de linha, deve ter dinheiro acima do imaginário, principalmente, porque quando a pessoa adoece fica mais vulnerável e frágil, então é quando o capital lhe vira as costas literalmente, colocando pessoas, como os americanos na sarjeta, isso mesmo, na sarjeta. As pessoas passam a ser os excluídos da história. A partir da visão de Michael Moore, podemos constatar as falhas do capitalismo, as falhas da ética, as falhas do controle e o escandaloso roubo do dinheiro público americano, que continua tentando mostrar ao mundo seu falso império. Ficamos impressionadas com os lobbys que as empresas dos planos privados e farmacêuticas fazem para comprar pessoas e autoridade, de forma vil e sínica.
Nesse documentário verificamos o drama das pessoas americanas quando adoecem e por não terem Planos de Saúde, por não terem coberturas de planos de saúde, ou ainda por não terem recursos financeiros para comprar um Plano de Saúde, passam humilhações e constrangimentos quando adoecem. Não há hospitais públicos para atender a seus cidadãos, pois o controle não é do poder público e sim das empresas privadas, ou seja, o mercado é quem regula as ações e os serviços de saúde e assim, as “picaretas indústrias da saúde” cobram pelos planos, mas encontram seu “jeitinho” de não pagar os procedimentos culpabilizando o cidadão por doenças preexistentes.
No documentário vemos pessoas reais com suas histórias, saberes e dores porque não conseguiram evitar morte de pessoas queridas devido ao Plano de Saúde, ficando a mercê da própria sorte.
Penso que cada vez que Michael Moore fazia perguntas a respeito do sistema de saúde de outros países, sua cidadania doía bastante, pois constatava que seu país estava numa verdadeira jogatina… As pessoas sem terem acesso aos serviços de saúde de forma gratuita e a inclusão com resolutividade veio de um país generoso, do 3º mundo, que os americanos tanto rechaçaram, ou seja, Cuba.
No capitalismo tudo tem preço. Tem preço a reposição de peças, mesmo que seja humana… Essa é a história de pessoas que estão desempregadas, desesperançadas, doentes e sem ter uma pátria amada para acolhê-las.
Os Planos de Saúde mutilam e matam as pessoas. Fazem com que profissionais que trabalham pela vida, sejam os mesmos que lhe dão NÃO para a vida e tudo em nome do capital, pelo capital e para o capital.
Tudo isso ocorre porque as pessoas ainda não perceberam o valor que elas têm na hora do VOTO, enquanto o poder do mercado não for parar na mesa de votação, os lobistas continuarão fazendo o que bem quiser. Assim, vamos parafrasear Marx, falando trabalhadores do mundo coloquem na mesa de negociação a saúde e vocês a terão como direito, somente com a luta e controle social poderemos vencer o capital.
Theny Mary Fireman
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