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Homem-Aranha: Monstruoso

Amazing Spider-Man v2 #553

A fase Um Novo Dia do Homem-Aranha continua na edição 85 e, acreditem, consegue piorar, quando um novo adversário surge em meio a acusações de assassinato, intrigas políticas, vilões com nomes nada criativos e clichês que só faziam sentido em histórias de 20 anos atrás, contando com roteiro de Bob Gale e arte de Phil Jimenez.

Enquanto no hospital, ainda se recuperando do ataque cardíacoJJ Jameson ainda não sabe que sua mulher vendeu seu jornal a Charles Dexter Bennet, e conseguiu se transformar em um tablóide pior do que o Clarim Diário já era, CD continua confundindo o nome de todos os seus funcionários e tendo idéias absurdas. A narrativa cheia de gracinhas sem graça também continua, e o novo dono do CD envia Peter para cobrir o funeral da ex-candidata a prefeitura de Nova York, Lisa Parfrey, morta durante um ataque do “ameaçador Ameaça” (cada fase do Aranha tem o vilão mascarado de planador que merece, afinal).

Peter, que consegue fotografar a cerimônia fechada, fica imaginando o quanto o candidato Randall Cronwe foi beneficiado com essa morte, enquanto avista Harry Osborn, sua namorada Lily, e o pai dela, Bill Hollister. Sua filha e o vice-prefeito tentam convencê-lo a se candidatar à prefeitura, uma vez que ele seria o único capaz de vencer Crowne, mas Hollister se recusa a comentar o assunto naquela ocasião.

Homem-Aranha: Um Dia a Mais

Peter vai até o trabalho voluntário de sua tia May, pensando como era bom poder retribuir o dinheiro que ela e Harry o emprestaram e questionando qual outro super-herói faria trabalho voluntário (ok, já entendemos que ele está duro e amigão da vizinhança, chega!). De repente, um viciado rouba a caixinha do abrigo e Peter corre atrás dele para recuperar o dinheiro, e logo veste seu uniforme.

Homem-Aranha: Um Dia a Mais

Em meio à piadas fracas (como um rasgo no uniforme de Homem-Aranha), e a tentativa de confundir as pessoas em volta usando as acusações de que o Aranha seria uma assassino, o ladrão acaba preso pelo herói. Enquanto recolhe o dinheiro espalhado pelo chão, o cabeça-de-teia acaba recebendo voz de prisão de dois policiais, e escapa. O que gera uma discussão entre os dois. Vin queria atirar nele, já Al acredita que, apesar de tudo, o Aranha está do lado deles.

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A discussão continua, quando os dois chegam ao local em que o ladrão estaria, mas escapou, deixando apenas suas roupas presas às teias. Os dois vão ao abrigo devolver o dinheiro, e ficam sabendo que o ladrão foi um homem cuja marca mais peculiar é ter cada olho de uma cor (castanho e azul). Apresentando-se como Vincent Gonzáles e Al O’Neil, eles ouvem de May, e de Peter, que chega em seguida, que o Homem-Aranha não teve nada a ver com o roubo.

De cuecas e meias (pois é), o ladrão corre os telhados praguejando contra o Homem-Aranha, e acaba pisando em uma clarabóia, quebrando-a, e caindo no que parece um laboratório (e é, do dr. Curt Connors, o Lagarto). Achando que é um laboratório de produção de drogas, tem a brilhante idéia de se injetar com seringas tiradas de uma maleta em que está escrito “RISCO BIOLÓGICO”.

Já nas ruas, claro, o cara tem um treco. Começa a vomitar o que parecem ser suas próprias entranhas, mas o material orgânico acaba envolvendo todo o seu corpo.

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Enquanto isso, na boate King Class, uma festa tentando incentivar Bill Hollister a se candidatar é colocada em movimento por sua filha Lily e Harry.

No dia seguinte, o doutor Connors percebe o grande problema que pode ter se iniciado com a destruição de parte de seu laboratório e com o roubo do material de pesquisa com células-tronco de animais. No local em que o viciado reagiu às injeções, um grande e corrosivo casulo se formou, e as autoridades são chamadas. Carlie Cooper, amiga de Harry, Lily e Peter, e funcionária do setor de criminalística da polícia, chega para ajudar.

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No Bar Sem Nome, o Agenciador tenta recuperar o dinheiro perdido recentemente, aceitando apostas sobre o que aquele casulo contém. Não sem levantar desconfiança se aquilo não é armação sua para cima dos outros freqüentadores.

De volta à casa dos Parker no Queens, mais uma vez somos obrigados a ler como Peter é um herói “humano”, lavando a própria roupa, da forma mais forçada do mundo. E não é só isso! Ele também se gaba por costurar seu uniforme! Uhul!

Enfim, ele fica sabendo do ocorrido e vai até Manhattan, não sem antes reclamar como precisa usar transporte público, blá, blá, blá. Quando consegue chegar perto para tirar foto, o que ocorre? Vê que sua câmera está com a bateria fraca (dã). Mas o maior problema vem em seguida, quando o casulo se rompe e de dentro dele saiu um monstro de aparência grotesca.

Homem-Aranha: Um Dia a Mais

E é esse o nome dele: Monstro! Bem, o Aranha esperam para ver o que a desorientada criatura faz, mas a polícia (o policial O’Neil) já começa a atirar, e acaba acertando a criatura na cabeça, fazendo-a tombar em uma larga abertura para os esgotos. Quase instantaneamente, o sangue derramado forma outro casulo.

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O Aranha vai embora sem poder fazer nada, o Agenciador é obrigado a devolver o dinheiro e Carlie recolhe o material deixado pelo Monstro.

Peter fica lamentando sua falta de sorte, colocando em dúvida se ele mesmo não é o assassino e nem se lembra, fazendo referência ao que ocorria com Harry e Norman Osborn quando eram o Duende Verde. Aí está! O Quesada, digo, Mephisto não apagou isso da mente ou da cronologia, pelo menos.

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De volta ao CD, Peter recebe um esporro por não conseguir tirar boas fotos do ocorrido, e é enviado até a entrevista coletiva de Hollister, sendo devidamente instruído para que pegue seus piores ângulos e situações, para favorecer Crowne, apoiado por Bennet. Isso demonstra como jornalismo não é 100% isento em ocasião nenhuma. Ponto para o roteiro aqui.

Ao mesmo tempo em que Hollister faz um belo discurso para anunciar sua candidatura, Peter se lamenta por tirar fotos que o façam parecer ruim. Também se lamenta por achar a namorada de Harry tão bonita, e, pela amizade, ter de afastar tais pensamentos. Aliás, alguém já contou quantas vezes ele se lamenta de seu azar só nessa edição? É que já perdi a conta.

O doutor Connors consegue entrar em contato com Carlie, e juntos começam a investigar o que é aquela criatura surgida em Manhattan. Enquanto isso, nos esgotos, novamente o casulo se rompe. Porém, desta vez, o desorientado Monstro surge com outra forma, aparentemente adaptada ao ambiente hídrico do local. Maldizendo o Homem-Aranha, ele promete vingança.

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No hospital, Jameson finalmente pega um jornal, graças a um suborno a um enfermeiro. E logo o CD. Mas ele não consegue perceber que aquele é seu ex-jornal, mesmo tendo o mesmo logotipo.

Com um equipamento mais moderno, Peter vai cobrir a campanha de Crowne para o CD, mais uma vez lamentando ter de usar o transporte público. Enquanto isso, com algumas vítimas no caminho, o Monstro vai ao encalço do Homem-Aranha. E, pelo seu cheiro, acaba aparecendo no comício do candidato adversário de Hollister.

Ele faz ameaças públicas, exigindo que o Aranha se revelasse. Crowne tenta se aproveitar da situação para posar de herói. Nem mesmo os tiros dos policiais o param desta vez, e Peter entra em ação. O Monstro o acusa de ser culpado por sua condição, e o Aranha não entende porquê.

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Crowne berra que os dois estão destruindo propriedade privada, ordenando que parem. O Monstro se irrita e se prepara para arremessar um grande ornamento de metal que se encontrava no meio da praça em que se dá o confronto. O Aranha reage, apontando seus lançadores de teia para resgatar o político, quando, de repente.... tchan-tchan-tchan! Eles falham! Mais uma vez! Será Peter capaz de impedir que mais um candidato à prefeitura seja morto? Quem se importa?

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Essa história consegue a proeza de ser pior que as anteriores. O roteiro e diálogo forçados só se equiparam ao fraco vilão. Volto a fazer resenhas sobre o Aranha com muito pesar. Podem achar que estou reclamando em excesso. Paciência. Não consigo me manter neutro lendo algo desse calibre. O que me anima é saber que mês que vem, junto com a conclusão desse arco começa o trabalho conjunto de Zeb Wells e Chris Bachalo, e um sopro de esperança recai sobre o Homem-Aranha desde que começou essa nefasta fase.


João


Os.: Uma pergunta relevante: Por que páginas como essa e essa, do início de cada Amazing Spider-Man, vêm sendo cortadas?




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