A fase Um Novo Dia do Homem-Aranha continua na edição 85 e, acreditem, consegue piorar, quando um novo adversário surge em meio a acusações de assassinato, intrigas políticas, vilões com nomes nada criativos e clichês que só faziam sentido em histórias de 20 anos atrás, contando com roteiro de Bob Gale e arte de Phil Jimenez.
Enquanto no hospital, ainda se recuperando do ataque cardíaco, JJ Jameson ainda não sabe que sua mulher vendeu seu jornal a Charles Dexter Bennet, e conseguiu se transformar em um tablóide pior do que o Clarim Diário já era, CD continua confundindo o nome de todos os seus funcionários e tendo idéias absurdas. A narrativa cheia de gracinhas sem graça também continua, e o novo dono do CD envia Peter para cobrir o funeral da ex-candidata a prefeitura de Nova York, Lisa Parfrey, morta durante um ataque do “ameaçador Ameaça” (cada fase do Aranha tem o vilão mascarado de planador que merece, afinal).
Peter, que consegue fotografar a cerimônia fechada, fica imaginando o quanto o candidato Randall Cronwe foi beneficiado com essa morte, enquanto avista Harry Osborn, sua namorada Lily, e o pai dela, Bill Hollister. Sua filha e o vice-prefeito tentam convencê-lo a se candidatar à prefeitura, uma vez que ele seria o único capaz de vencer Crowne, mas Hollister se recusa a comentar o assunto naquela ocasião.
Peter vai até o trabalho voluntário de sua tia May, pensando como era bom poder retribuir o dinheiro que ela e Harry o emprestaram e questionando qual outro super-herói faria trabalho voluntário (ok, já entendemos que ele está duro e amigão da vizinhança, chega!). De repente, um viciado rouba a caixinha do abrigo e Peter corre atrás dele para recuperar o dinheiro, e logo veste seu uniforme.
Em meio à piadas fracas (como um rasgo no uniforme de Homem-Aranha), e a tentativa de confundir as pessoas em volta usando as acusações de que o Aranha seria uma assassino, o ladrão acaba preso pelo herói. Enquanto recolhe o dinheiro espalhado pelo chão, o cabeça-de-teia acaba recebendo voz de prisão de dois policiais, e escapa. O que gera uma discussão entre os dois. Vin queria atirar nele, já Al acredita que, apesar de tudo, o Aranha está do lado deles.
A discussão continua, quando os dois chegam ao local em que o ladrão estaria, mas escapou, deixando apenas suas roupas presas às teias. Os dois vão ao abrigo devolver o dinheiro, e ficam sabendo que o ladrão foi um homem cuja marca mais peculiar é ter cada olho de uma cor (castanho e azul). Apresentando-se como Vincent Gonzáles e Al O’Neil, eles ouvem de May, e de Peter, que chega em seguida, que o Homem-Aranha não teve nada a ver com o roubo.
De cuecas e meias (pois é), o ladrão corre os telhados praguejando contra o Homem-Aranha, e acaba pisando em uma clarabóia, quebrando-a, e caindo no que parece um laboratório (e é, do dr. Curt Connors, o Lagarto). Achando que é um laboratório de produção de drogas, tem a brilhante idéia de se injetar com seringas tiradas de uma maleta em que está escrito “RISCO BIOLÓGICO”.
Já nas ruas, claro, o cara tem um treco. Começa a vomitar o que parecem ser suas próprias entranhas, mas o material orgânico acaba envolvendo todo o seu corpo.
Enquanto isso, na boate King Class, uma festa tentando incentivar Bill Hollister a se candidatar é colocada em movimento por sua filha Lily e Harry.
No dia seguinte, o doutor Connors percebe o grande problema que pode ter se iniciado com a destruição de parte de seu laboratório e com o roubo do material de pesquisa com células-tronco de animais. No local em que o viciado reagiu às injeções, um grande e corrosivo casulo se formou, e as autoridades são chamadas. Carlie Cooper, amiga de Harry, Lily e Peter, e funcionária do setor de criminalística da polícia, chega para ajudar.
No Bar Sem Nome, o Agenciador tenta recuperar o dinheiro perdido recentemente, aceitando apostas sobre o que aquele casulo contém. Não sem levantar desconfiança se aquilo não é armação sua para cima dos outros freqüentadores.
De volta à casa dos Parker no Queens, mais uma vez somos obrigados a ler como Peter é um herói “humano”, lavando a própria roupa, da forma mais forçada do mundo. E não é só isso! Ele também se gaba por costurar seu uniforme! Uhul!
Enfim, ele fica sabendo do ocorrido e vai até Manhattan, não sem antes reclamar como precisa usar transporte público, blá, blá, blá. Quando consegue chegar perto para tirar foto, o que ocorre? Vê que sua câmera está com a bateria fraca (dã). Mas o maior problema vem em seguida, quando o casulo se rompe e de dentro dele saiu um monstro de aparência grotesca.
E é esse o nome dele: Monstro! Bem, o Aranha esperam para ver o que a desorientada criatura faz, mas a polícia (o policial O’Neil) já começa a atirar, e acaba acertando a criatura na cabeça, fazendo-a tombar em uma larga abertura para os esgotos. Quase instantaneamente, o sangue derramado forma outro casulo.
O Aranha vai embora sem poder fazer nada, o Agenciador é obrigado a devolver o dinheiro e Carlie recolhe o material deixado pelo Monstro.
Peter fica lamentando sua falta de sorte, colocando em dúvida se ele mesmo não é o assassino e nem se lembra, fazendo referência ao que ocorria com Harry e Norman Osborn quando eram o Duende Verde. Aí está! O Quesada, digo, Mephisto não apagou isso da mente ou da cronologia, pelo menos.
De volta ao CD, Peter recebe um esporro por não conseguir tirar boas fotos do ocorrido, e é enviado até a entrevista coletiva de Hollister, sendo devidamente instruído para que pegue seus piores ângulos e situações, para favorecer Crowne, apoiado por Bennet. Isso demonstra como jornalismo não é 100% isento em ocasião nenhuma. Ponto para o roteiro aqui.
Ao mesmo tempo em que Hollister faz um belo discurso para anunciar sua candidatura, Peter se lamenta por tirar fotos que o façam parecer ruim. Também se lamenta por achar a namorada de Harry tão bonita, e, pela amizade, ter de afastar tais pensamentos. Aliás, alguém já contou quantas vezes ele se lamenta de seu azar só nessa edição? É que já perdi a conta.
O doutor Connors consegue entrar em contato com Carlie, e juntos começam a investigar o que é aquela criatura surgida em Manhattan. Enquanto isso, nos esgotos, novamente o casulo se rompe. Porém, desta vez, o desorientado Monstro surge com outra forma, aparentemente adaptada ao ambiente hídrico do local. Maldizendo o Homem-Aranha, ele promete vingança.
No hospital, Jameson finalmente pega um jornal, graças a um suborno a um enfermeiro. E logo o CD. Mas ele não consegue perceber que aquele é seu ex-jornal, mesmo tendo o mesmo logotipo.
Com um equipamento mais moderno, Peter vai cobrir a campanha de Crowne para o CD, mais uma vez lamentando ter de usar o transporte público. Enquanto isso, com algumas vítimas no caminho, o Monstro vai ao encalço do Homem-Aranha. E, pelo seu cheiro, acaba aparecendo no comício do candidato adversário de Hollister.
Ele faz ameaças públicas, exigindo que o Aranha se revelasse. Crowne tenta se aproveitar da situação para posar de herói. Nem mesmo os tiros dos policiais o param desta vez, e Peter entra em ação. O Monstro o acusa de ser culpado por sua condição, e o Aranha não entende porquê.
Crowne berra que os dois estão destruindo propriedade privada, ordenando que parem. O Monstro se irrita e se prepara para arremessar um grande ornamento de metal que se encontrava no meio da praça em que se dá o confronto. O Aranha reage, apontando seus lançadores de teia para resgatar o político, quando, de repente.... tchan-tchan-tchan! Eles falham! Mais uma vez! Será Peter capaz de impedir que mais um candidato à prefeitura seja morto? Quem se importa?
Essa história consegue a proeza de ser pior que as anteriores. O roteiro e diálogo forçados só se equiparam ao fraco vilão. Volto a fazer resenhas sobre o Aranha com muito pesar. Podem achar que estou reclamando em excesso. Paciência. Não consigo me manter neutro lendo algo desse calibre. O que me anima é saber que mês que vem, junto com a conclusão desse arco começa o trabalho conjunto de Zeb Wells e Chris Bachalo, e um sopro de esperança recai sobre o Homem-Aranha desde que começou essa nefasta fase.
João
Os.: Uma pergunta relevante: Por que páginas como essa e essa, do início de cada Amazing Spider-Man, vêm sendo cortadas?
Enquanto no hospital, ainda se recuperando do ataque cardíaco, JJ Jameson ainda não sabe que sua mulher vendeu seu jornal a Charles Dexter Bennet, e conseguiu se transformar em um tablóide pior do que o Clarim Diário já era, CD continua confundindo o nome de todos os seus funcionários e tendo idéias absurdas. A narrativa cheia de gracinhas sem graça também continua, e o novo dono do CD envia Peter para cobrir o funeral da ex-candidata a prefeitura de Nova York, Lisa Parfrey, morta durante um ataque do “ameaçador Ameaça” (cada fase do Aranha tem o vilão mascarado de planador que merece, afinal).
Peter, que consegue fotografar a cerimônia fechada, fica imaginando o quanto o candidato Randall Cronwe foi beneficiado com essa morte, enquanto avista Harry Osborn, sua namorada Lily, e o pai dela, Bill Hollister. Sua filha e o vice-prefeito tentam convencê-lo a se candidatar à prefeitura, uma vez que ele seria o único capaz de vencer Crowne, mas Hollister se recusa a comentar o assunto naquela ocasião.
De cuecas e meias (pois é), o ladrão corre os telhados praguejando contra o Homem-Aranha, e acaba pisando em uma clarabóia, quebrando-a, e caindo no que parece um laboratório (e é, do dr. Curt Connors, o Lagarto). Achando que é um laboratório de produção de drogas, tem a brilhante idéia de se injetar com seringas tiradas de uma maleta em que está escrito “RISCO BIOLÓGICO”.
Já nas ruas, claro, o cara tem um treco. Começa a vomitar o que parecem ser suas próprias entranhas, mas o material orgânico acaba envolvendo todo o seu corpo.
No dia seguinte, o doutor Connors percebe o grande problema que pode ter se iniciado com a destruição de parte de seu laboratório e com o roubo do material de pesquisa com células-tronco de animais. No local em que o viciado reagiu às injeções, um grande e corrosivo casulo se formou, e as autoridades são chamadas. Carlie Cooper, amiga de Harry, Lily e Peter, e funcionária do setor de criminalística da polícia, chega para ajudar.
De volta à casa dos Parker no Queens, mais uma vez somos obrigados a ler como Peter é um herói “humano”, lavando a própria roupa, da forma mais forçada do mundo. E não é só isso! Ele também se gaba por costurar seu uniforme! Uhul!
Enfim, ele fica sabendo do ocorrido e vai até Manhattan, não sem antes reclamar como precisa usar transporte público, blá, blá, blá. Quando consegue chegar perto para tirar foto, o que ocorre? Vê que sua câmera está com a bateria fraca (dã). Mas o maior problema vem em seguida, quando o casulo se rompe e de dentro dele saiu um monstro de aparência grotesca.
Peter fica lamentando sua falta de sorte, colocando em dúvida se ele mesmo não é o assassino e nem se lembra, fazendo referência ao que ocorria com Harry e Norman Osborn quando eram o Duende Verde. Aí está! O Quesada, digo, Mephisto não apagou isso da mente ou da cronologia, pelo menos.
Ao mesmo tempo em que Hollister faz um belo discurso para anunciar sua candidatura, Peter se lamenta por tirar fotos que o façam parecer ruim. Também se lamenta por achar a namorada de Harry tão bonita, e, pela amizade, ter de afastar tais pensamentos. Aliás, alguém já contou quantas vezes ele se lamenta de seu azar só nessa edição? É que já perdi a conta.
O doutor Connors consegue entrar em contato com Carlie, e juntos começam a investigar o que é aquela criatura surgida em Manhattan. Enquanto isso, nos esgotos, novamente o casulo se rompe. Porém, desta vez, o desorientado Monstro surge com outra forma, aparentemente adaptada ao ambiente hídrico do local. Maldizendo o Homem-Aranha, ele promete vingança.
Com um equipamento mais moderno, Peter vai cobrir a campanha de Crowne para o CD, mais uma vez lamentando ter de usar o transporte público. Enquanto isso, com algumas vítimas no caminho, o Monstro vai ao encalço do Homem-Aranha. E, pelo seu cheiro, acaba aparecendo no comício do candidato adversário de Hollister.
Ele faz ameaças públicas, exigindo que o Aranha se revelasse. Crowne tenta se aproveitar da situação para posar de herói. Nem mesmo os tiros dos policiais o param desta vez, e Peter entra em ação. O Monstro o acusa de ser culpado por sua condição, e o Aranha não entende porquê.
João
Os.: Uma pergunta relevante: Por que páginas como essa e essa, do início de cada Amazing Spider-Man, vêm sendo cortadas?
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