Série conta a história de um serial bomber que, ao longo de 17 anos, cometeu 16 atentados e deixou três vítimas fatais e 23 feridos
Atentes de começar: ATENÇÃO. Manhunt: Unabomber é baseada em fatos reais, ou seja, não existe spoiler em uma história real.
Terminei de assistir a série Manhunt: Unabomber ainda na semana passada. No entanto, precisei de uns dias para digerir a produção antes de escrever. Manhunt: Unabomber está no catálogo da Netflix. No momento, apenas a primeira, das duas temporadas, está disponível.
A produção é a chamada série antológica. O que isso quer dizer? Cada temporada conta uma narrativa diferente seguindo um fio. Neste caso, o fio são ataques a bomba. Exemplos de séries antológicas que já falamos aqui: The Sinner e Dilema.
Manhunt: Unabomber, na sua primeira temporada, conta a história real da busca incessante do FBI a um serial bomber. O homem atormentou os agentes sem deixar rastros por 17 anos. Ao longo do tempo, cometeu 16 atentados matando três pessoas e ferindo 23. Os alvos do homem que ficou conhecido como Unabomber eram professores universitários, cientistas, empresários e companhias áreas.
A narrativa
A história da série começa quando o FBI convida um perfilador novato para se juntar a equipe. Em meio as pistas que nunca deram em nada, Jim Fitzgerald tenta descrever quem é o alvo, mas suas ideias e intenções não são levadas a sério, o que talvez seja uma das maiores frustrações da narrativa.
No decorrer de oito episódios, vemos erros atrás de erros e o FBI cada vez mais distante do alvo. Em um determinado momento, o espectador conhece o Unabomber, ele é Ted Kaczynski.
A história de Ted é contada sob sua perspectiva, o que promove até uma certa solidariedade no espectador mais empático. Ele é um homem que sofreu abusos de todos os tipos e tem uma vida carregada de traumas. Entretanto, nada disso é desculpa para os atentados que promoveu.
Durante os episódios, torcemos para que Fitz consiga fazer com que os policiais cabeça dura capturem Ted. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com os danos psicológicos que o caso pode ter no perfilador.
O episódio final é o melhor de todos. O julgamento de Ted, tudo que ele passou para chegar ali, o embate até com seus advogados mostram que, por mais que não queira ser declarado doente mental, ele é um psicopata.
Particularmente, eu adoro narrativas policiais, do FBI, e que envolvam perfiladores. Geralmente assistia produções deste tipo com serial killers. Mas, resolvi seguir a dica do colega Gustavo Chagas e não me arrependi.
Atualmente, Ted tem 77 anos. Ele foi preso em 1996 e cumpre pena de prisão perpétua na penitenciária de segurança máxima de Florence, Colorado.
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