A máquina do tempo...........
Show de luzes
Em Nova York, final do século XIX, o cientista Alexander Hartdegen (Guy Pearce, de Amnésia) sofre uma tragédia pessoal e decide voltar ao passado, a fim de modificá-lo. Investe quatro anos e todos os seus esforços na construção de uma engenhoca capaz de viajar através do tempo. Hartdegen, porém, frustra-se – implacável, o destino se mantém, a sua tragédia se repete. Cabe ao cientista buscar, no futuro, uma resposta: por que o homem não consegue interferir nos desígnios da natureza? A primeira parada acontece em 2030. Hartdegen não tem tempo sequer de se deslumbrar com o cenário – um acidente o leva até 800.000 anos depois. Agora, num mundo inóspito, em que os humanos lutam para sobreviver, o cientista também deve aprender a se defender.
Do filme de George Pal, a produção de Wells conserva poucas referências. O gigantesco diamante, utilizado como empunhadura da alavanca do tempo, é a mais nítida delas. Já do ponto de vista do enredo, um apanhado de elementos experimentados em outros filmes, cenas e situações que remetem a Armageddon e a Planeta dos Macacos, servem para rechear a trama. Assim, a parte estética é a única conquista da nova adaptação. A máquina de 2002 encanta pelo show de luzes e pelos belos artifícios que denotam a passagem dos anos. De dentro da máquina, Hartdegen assiste ao nascimento e à morte das plantas, às mudanças de relevo, ao crescimento dos arranha-céus e à queda das realizações humanas. Enfim, vale pelo visual. Afinal, condensar 800.000 anos em 96 minutos de projeção não é uma tarefa muito fácil. Misturar tanta coisa, como quis o diretor Wells, também não.
A máquina do tempo (The Time Machine- 2002) Dir.: Simon Wells. Com: Guy Pearce, Samantha Mumba, Jeremy Irons, Orlando Jones, Mark Addy. Imagens © 2002 - MGM |
Nenhum comentário:
Postar um comentário