Batman e Flash vão investigar presença dos personagens de Watchmen no Universo DC
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A DC Comics anunciou ontem o lançamento de um evento especial chamado The Button na qual Batman e Flash irão investigar a presença de personagens de Watchmen no Universo DC. O evento será um arco de histórias em quatro partes, publicado nas edições 21 e 22 dos títulos quinzenais dos dois heróis.
Os criadores serão: na revista Batman, a dupla Tom King e Jason Fabok; e em The Flash,Joshua Williamson e Howard Potter.
Na trama, a dupla de detetives da Liga da Justiça irá investigar o que significa o boton do Comediante marcado de sangue que apareceu misteriosamente na Batcaverna. Isso aconteceu no especial Rebirth do ano passado, que deu a entender que outro membro do Watchmen, o Dr. Manhattan foi o criador do Universo DC ou pelo menos o responsável pela realidade Os Novos 52 (o reboot da DC de 2011 modificado por Rebirth).
Um terceiro personagem de Watchmen também já deu as caras nas revistas da DC: um ser misterioso chamado de Oz tem algo a ver com o fato do Superman pré-Os Novos 52 esteja na Terra desta realidade e, mais ainda, termine substituindo o Superman corrente, que morreu em batalha. É quase certo Oz ser Ozzymandias.
Watchmen é uma das HQs mais aclamadas da história e mostra uma complexa trama na qual o assassinato de um senhor de idade – que se revela ser o antigo herói O Comediante – dá início a uma investigação realizada pelo justiceiro Rorschach. Isto num mundo em que os super-heróis fantasiados surgiram no final da década de 1930 e levou à criação do super-grupo Minutemen (que tinha membros como Espectral, Coruja e Comediante), que terminou se esfacelando com o tempo. Nos anos 1960, surge uma nova leva de heróis (Rorschach, Ozzymandias, novas versões de Coruja e Espectral) e tudo é mudado quando também aparece o primeiro herói realmente com superpoderes: o Dr. Manhattan. A ação dos vigilante é intensa, mas após uma onda de violência no fim dos anos 1970, o Congresso dos EUA aprova uma lei proibindo a ação dos mascarados. Assim, Dr. Manhattan e Comediante trabalham para o Governo, enquanto Coruja, Espectral e Ozzymandias se aposentam e Rorschach continua agindo sozinho como um fora da lei perseguido pelas autoridades. Mas o misterioso assassinato do Comediante, em 1985, irá colocar todos esses velhos heróis em rota de colisão de novo!
Obra máxima de Alan Moore, com desenhos de Dave Gibbons, Watchmen foi um grande sucesso quando publicada e mudou para sempre o panorama das histórias em quadrinhos. Apesar de pertencer a DC Comics, Watchmen sempre existiu como uma realidade à parte, mas após o experimento de Before Watchmen (uma série de minisséries com os personagens situados antes dos fatos principais da obra original) motivou a editora a usá-los novamente. (Ah, e existe um filme para o cinema adaptando a história, lançado em 2009 e dirigido por Zack Snyder).
Mas o que irá acontecer do choque de Watchmen com o Universo DC tradicional?
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Batman foi criado pelo cartunista Bob Kane e o roteirista Bill Finger, estreando na revista Detective Comics 27, de 1939 e desde então é publicado pela DC Comics.
O Flash foi criado por Gardner Fox e Harry Lampert, aparecendo em Flash Comics 01, de 1940. Em sua primeira versão era o universitário Jay Garrick. Após ser cancelado, o Flash ganhou uma segunda e mais famosa versão em 1956, estreando na revista Showcase 04, reformulado por Robert Kanigher e Carmine Infantino, sendo considerado o marco zero da Era de Prata dos Quadrinhos. Na trama, este novo Flash era o policial forense Barry Allen, que ganha seus poderes em um acidente de laboratório. Este Flash também foi membro fundador da Liga da Justiça, em 1960. Outras versões do Flash surgiram desde então, como Wally West, mas é Barry Allen o mais querido dos fãs e titular oficial do cargo.
Alan Moore: Escritor anuncia aposentadoria dos quadrinhos
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Na verdade, não é nenhuma surpresa, mas a notícia está bombando na internet: o escritor Alan Moore (de Watchmen e V de Vingança) anunciou que está se aposentado dos quadrinhos. Segundo ele, seu foco será cada vez mais livros e cinema.
Ao jornal britânico The Guardian, Moore falou:
Tenho umas 250 páginas restantes de quadrinhos [a fazer]. E elas provavelmente serão muito agradáveis. Existem algumas coisas do press book de Avatar que estou fazendo no momento, e parte de um trabalho recente de HP Lovecraft. Kevin [O’Neill] e eu estamos terminando Cinema Purgatorio, e temos mais um livro, o final de A Liga Extraordinária, para completar. Depois disso, apesar de eu poder fazer pedaços de algum quadrinho no futuro, realmente terminei com os quadrinhos.
Moore é um dos escritores mais marcantes dos quadrinhos e sua saída de cena, claro, é algo a lamentar. Ele nasceu em 1953 em Northampton, na Inglaterra, e despontou no início dos anos 1980, no circuito de quadrinhos do Reino Unido, em revistas como Doctor Who Weekly e a famosa alternativa 2000 A.D. Em 1982, começou a escrever para a revista Warrior, na qual publicou duas séries que lhe rendeu seus primeiros prêmios e notoriedade: V de Vingança e Miracleman.
A primeira era um conto de ficção científica sobre um futuro não muito distante, na qual o Reino Unido era tomado por um regime fascista e controlado por um Estado com mão de ferro, sobre a qual se revolta um misterioso mascarado conhecido apenas como V. De bastante sucesso nos anos seguintes, a obra chegaria também ao cinema. Já Miracleman era um velho super-herói britânico, criado à imagem do Capitão Marvel (ou Shazam) da Fawcett Comics (e mais tarde, adquirido pela DC Comics). Miracleman foi a primeira obra de Moore no campo dos super-heróis e o escritor levou tudo para outro nível, com histórias complexas, adultas e perturbadoras.
O autor chamou a atenção da DC Comics e deu início à chamada Invasão Britânica, quando esta editora trouxe vários talentos do Reino Unido para trabalhar em suas revistas, como Grant Morrison, Alan Grant e outros. A DC publicou V de Vingança nos EUA e Moore assumiu a revista do Monstro do Pântano, em 1984, dando origem a uma série bastante aclamada, focada nos dilemas existencialistas da criatura que é meio humana (será mesmo?) e meio planta. Foi nessa revista que criou o detetive sobrenatural John Constantine (em The Saga of The Swang Thing 37, de 1985), um personagem que faria bastante sucesso e seguiria na década seguinte como um dos mais cultuados da facção adulta da editora.
A DC explorou o talento do escritor em uma série de edições especiais de super-heróis, especialmente as edições Anuais, publicadas no verão, de personagens como Batman, Superman e Lanterna Verde. Com o último filho de Krypton, Moore escreveu duas de suas mais célebres aventuras: Ao Homem que Tem Tudo(Superman Annual 11, de 1985) e O Que Aconteceu com o Homem de Aço? (Superman 423; Action Comics 583, de 1986), esta última marcando a despedida do personagem da cronologia pré-Crise nas Infinitas Terras.
Em 1986, Moore começou a publicação de sua obra mais seminal nos quadrinhos: Watchmen, ao lado do desenhista Dave Gibbons, com 12 capítulos mensais. Na obra, que pode ser traduzida como Vigilantes, o escritor explora (tal qual já havia feito em Miracleman) qual seria o real impacto dos super-heróis no mundo real. A ideia da DC com a série era inserir os heróis da Charlton Comics (Capitão Átomo, Questão, Besouro Azul etc.) dentro do Universo DC (pois tinham comprado aquela editora), mas com a trama ousada e extrema de Moore, ficou acertado que ele usaria seus próprios personagens, deixando os da Charlton para outra oportunidade, criando assim Dr. Manhattan, Rorscharch, Coruja, Comediante, Ozzymandias, Espectral etc.
Watchmen foi um grande sucesso de público e crítica e foi a primeira obra de quadrinhos a ser realmente tomada à sério pela imprensa, chegando a ser listada desde então no ranking das mais vendidas do The New York Times. A maxissérie foi adaptada ao cinema em um filme sensacional e bastante fiel (embora, claro, mais conciso) lançado em 2009 e dirigido por Zack Snyder (de Batman vs. Superman – A Origem da Justiça).
Em seguida, Moore lançou a graphic novel Batman: A Piada Mortal, em 1987, explorando a relação do cavaleiro das trevas com seu pior inimigo, o Coringa, numa das histórias mais chocantes do personagem. A obra foi bastante aclamada e serviu de inspiração (mais temática do que narrativa) ao filme Batman – O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, de 2008, mas foi adaptada de modo mais literal como um desenho animado em longametragem com Censura 18 anos este ano.
Neste ponto, conflitos acerca dos royallities de Watchmen fizeram Moore romper definitivamente com a editora. Então, Moore deixou os super-heróis tradicionais definitivamente e passou a colaborar com editoras menores e independentes, produzindo ainda uma grande obra, como Do Inferno, Lost Girls, Promethea, Tom Strong e A Liga Extraordinária, esta última com aventuras de personagens famosos da literatura britânica e que também foi adaptada ao cinema, embora com um filme de pouquíssima qualidade. Do Inferno (um conto sobre a investigação contra Jack, o Estripador) também virou filme, estrelado por Johnny Depp.
Moore também investiu na literatura, com A Voz do Fogo, de 1996, e deve lançar seu segundo romance em breve: Jerusalém.
DC Comics: Saga Rebirth muda (outra vez) o status quo do Universo DC e traz revelações chocantes
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A editora DC Comics lançou esta semana a edição especial DC Rebirth 01, que dá a largada da nova fase do universo ficcional de Superman, Batman, Mulher-Maravilha e companhia, encerrando a etapa Os Novos 52 que transcorre desde 2011. A edição, escrita por Geoff Johns (famoso escritor que também é o Diretor Criativo da DC Entertainment, a empresa guarda-chuva da editora; e agora também é o chefão da DC Films, responsável pelos filmes desses heróis) muda o status quo do Universo DC e traz grandes e chocantes revelações sobre aquele mundo.
Atenção! O post a seguir está repleto de GRANDES SPOILERS! Se não quer saber sobre eventos que irão demorar para ser publicados no Brasil não leia. Você foi avisado!
(Aviso aos iniciantes: A cronologia da DC Comics vem sendo alterada por reboots [reinícios] de seu Universo Ficcional. A primeira grande mudança foi a saga Crise nas Infinitas Terras, de 1985, que criou um universo coeso para a DC e seus muitos personagens, com as versões mais famosas de Batman, Superman & cia. Mas várias outras mudanças – maiores ou menores – ocorreram ao longo do tempo, como Zero Hora e Crise Infinita. Por fim, após a saga Flashpoint [Ponto de Ignição, no Brasil], surgiu um novo grande reboot: Os Novos 52, onde os personagens da DC rejuvenesceram à idade de 20 e poucos anos, ganharam novos visuais e novas origens).
Listamos a seguir algumas das muitas mudanças explicadas (?) pela edição:
Embora os envolvidos, como Johns e o editor Dan Diddio, tenham afirmado que Rebirth não se trata de um reboot, na prática o é, pois muda a realidade do Universo DC (sim, outra vez) e coloca um status quo diferente. Não sabemos exatamente o quanto diferente, mas já temos pistas.
O universo ficcional de Watchmen, a aclamada maxissérie escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons, que foi lançada em 1986 e é classificada como uma das maiores obras-primas já produzidas nas histórias em quadrinhos, está sendo amalgamando ao Universo DC tradicional. Até então, os personagens de Watchmen sempre estiveram resguardados ao seu próprio mundo específico, nunca interagindo com outros personagens. Na verdade, até poucos anos atrás, era uma obra autocontida, restrita às suas 12 edições, até ganhar uma adaptação cinematográfica em 2009 e, pouco depois, ter pela primeira vez histórias inéditas com seus personagens, em meio ao avento Before Watchmen (Antes de Watchmen) que narrava de modo detalhado as origens dos personagens que eram rapidamente descritas na obra original.
Agora, Rebirth dá a entender que o Universo DC, especificamente o universo de Os Novos 52,foi criado pelo Dr. Manhattan, um ser hiperpoderoso que pode manipular as moléculas da realidade. Em Watchmen, o personagem percebe que, por causa de seu poder, não há lugar para ele na Terra e abandona o planeta disposto a viver em Marte e até mesmo tentar criar novas formas de vida. Pois, parece que ele fez isso. Muito provavelmente, é dele a misteriosa mão que aparece na capa de Rebirth 01.
A trama de Rebirth 01 também dá a entender que o Universo DC pré e pós-Os Novos 52 ou estão se fundindo ou não são exatamente duas realidades separadas. Um dos personagens (quem é revelaremos abaixo) chega a afirmar que 10 anos daquela realidade primeira foram “roubados” (por isso os heróis da DC são mais jovens em Os Novos 52?). Por isso, a história mostra o Superman pré-Os Novos 52 (mais velho do que sua contraparte atual) de volta, usando barba e vivendo escondido com Lois Lane enquanto tenta entender esse novo mundo. O jovem Superman de Os Novos 52 está morto (!) – aparentemente como consequência da saga The Darkseid Wars que sequer terminou de ser publicada – e esse “velho” Superman tenta entender o que está acontecendo.
O “velho” Superman também se encontra com um ser misterioso que está espionando tudo e se apresenta como Mr. Oz e pode apostar que é Ozmandias, um dos personagens de Watchmen. Também aparece um outro indivíduo ruivo e sem rosto que é muito provavelmente o vigilante Rorschach, muito embora este termine morto na história de Watchmen.
Outra revelação bombástica (e não explicada) é que agora existem três Coringas. Isso mesmo, o palhaço do crime é, na verdade, três indivíduos diferentes. Meses atrás, em uma aventura da Liga da Justiça, Batman ocupou a Poltrona Moebius, usada por Metron, um artefato que dá ao usuário acesso a todo o conhecimento existente no Universo. A primeira coisa que o homem-morcego fez foi perguntar qual o nome verdadeiro do Coringa e se surpreender com a resposta. Agora, Rebirth revela que são três pessoas diferentes e os quadros revelam, aparentemente, estes sendo o Coringa original dos anos 1940 (criado por Bob Kane, Bill Finger e Jerry Robinson); a versão mais psicótica de A Piada Mortal (uma graphic novel escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, que está sendo adaptada como um longametragem em desenho animado com Censura 18 anos – saiba mais aqui); e a versão de Os Novos 52,desenvolvida por Scott Snyder e Greg Capullo.
Se são três indivíduos agindo ao mesmo tempo ou três pessoas que se sucederam nesse papel não está claro. Também não sabemos qual a implicação disso e, principalmente, como Batman sendo o maior detetive do mundo nunca percebeu isso.
Por fim, outra grande mudança de Rebirth é trazer de volta Wally West, o jovem que já ocupou a identidade de Flash e é um dos personagens mais queridos do Universo DC especialmente entre os leitores da geração 1980-90. (Rápida explicação: originalmente, Wally era o Kid Flash, o parceiro mirim do Flash [Barry Allen], mas no primeiro grande reboot da DC, Crise nas Infinitas Terras, o Flash morre para salvar a realidade; e Wally ocupa o seu lugar como o novo Flash. Ele passou alguns anos no “cargo” e fez bastante sucesso até o desgaste da fórmula, já nos anos 2000. É esta versão que está, por exemplo na famosa Liga da Justiça – A Série Animada. Depois, os escritores trouxeram Barry Allen de volta dos mortos e ele voltou a ser o Flash, sendo um expoente de Os Novos 52 e tendo sua série de TV).
Desde o início, Os Novos 52 excluiu Wally West de seu rol de personagens. Ele não deu as caras até muito recentemente, quando foi apresentada uma versão afrodescendente do jovem herói (que já ganhou também uma versão na série de TV na mesma linha). Contudo, os fãs ficaram bastante decepcionados, porque apesar do nome, o novo Wally West, que virou o Kid Flash, não é nada similar à sua versão anterior. Então, para tornar tudo ainda mais confuso (e pior?), Rebirth reapresenta Wally West em sua versão original, ruiva e caucasiana, usando o uniforme amarelo que detinha antes de se tornar o Flash e era membro da equipe Os Novos Titãs, de bastante sucesso nos anos 1980. Wally vem da Terra pré-Os Novos 52 e é ele quem fala dos tais “10 anos roubados”.
Ao longo da edição especial, Wally passa a usar um novo uniforme vermelho e é reconhecido por Barry Allen. De algum modo, os dois Wally Wests continuarão existindo concomitantemente. As explicações que circulam é que eles não são o mesmo personagem, apenas dois primos distantes (isso mesmo: primos distantes!) que detêm o mesmo nome (em homenagem ao avô comum ou algo assim). É, é tão ruim quanto parece.
Várias outras mudanças estão acontecendo, a personagem Jessica Cruz se torna uma nova Lanterna Verde, ampliando para seis (!) o número de membros da Tropa dos Lanternas Verdes representativos da Terra. Os outros são o principal Hal Jordan e seus companheiros: John Stewart, Guy Gardner, Kyle Rayner e o novato (criado em 2011) Simon Baz. Claro que a DC quer aumentar a diversidade étnica de seus heróis – Cruz é latina, Baz é muçulmano – mas seis Lanternas Verdes na Terra?!
Mais uma vez, a DC alterna a sua “realidade” e causa frustração e raiva em seus leitores. O que eles pretendem com isso? Essas empreitadas agregam mesmo valor aos personagens? Os novos leitores que surgem no estardalhaço das notícias iniciais se mantêm como consumidores das revistas? É uma ação inteligente ficar fazendo reboots a cada cinco anos?
Respondam o que acham, leitores.
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O site Heroic Hollywood trouxe uma informação interessantíssima ontem à noite. Segundo suas fontes, a Liga da Justiça será introduzida de um modo bastante original em Batman vs Superman – A Origem da Justiça, sequência de Superman – O Homem de Aço, o reinício da franquia cinematográfica da Warner Bros. sobre o personagem da DC Comics, que colocará o homem-morcego contra o último filho de Krypton, resultando no primeiro encontro cinematográfico dos dois mais icônicos de todos os super-heróis. O HH diz que os créditos finais do filme formarão uma cena no estilo da abertura de Watchmen, contando a história de como se formou o supergrupo de heróis da DC, que será uma das consequências de A Origem da Justiça.
Baseado em uma maxissérie publicada pela DC Comics em 1986, (de autoria de Alan Moore e Dave Gibbons) o filme Watchmen também é dirigido por Zack Snyder. A trama mostra como seria o mundo se os super-heróis realmente existissem, com a história deles refletindo a publicação das revistas em nosso mundo. Assim, vemos a emergência de vigilantes fantasiados e mascarados no fim dos anos 1930, combatendo o crime comum, mas no fim dos anos 1950, surge o primeiro superser de verdade, o que muda completamente a geopolítica mundial, com os EUA ganhando a Guerra do Vietnã, a Guerra Fria se tornando mais intensa e uma nova geração de vigilantes nos anos 1960, que termina causando uma onda de violência descontrolada nos anos 1970, culminando com uma lei que proíbe que os heróis continuem na ativa. A trama se desenvolve a partir daí, quando o assassinato de um dos antigos heróis, em 1985, termina revelando uma grande conspiração de consequências globais.
No filme, todo o grande preâmbulo é explicado de modo genial na cena de abertura, com pequenas cenas e recortes de jornais que vão explicando a história de modo sintético ao mesmo tempo em que rolam os créditos inicias da obra.
Segundo o Heroic Hollywood, Snyder vai repetir a estratégia, mas agora de modo inverso: ao fim de A Origem da Justiça irá fazer uma cena semelhante mostrando a reunião da Liga da Justiça.
O site também diz que é um modo da Warner/DC inovar no formato dos filmes, sem ter que repetir a estratégia criada pelo Marvel Studios de colocar cenas pós-créditos que conectam os filmes uns nos outros. Se a informação do HH for verdadeira, é realmente um grande diferencial e será muito interessante.
Esse rumor casa com outro que veio à tona esta semana sobre como cada membro da Liga da Justiça será apresentado em A Origem da Justiça. Segundo o Latino Review, além de Batman, Superman e Mulher-Maravilha, que todos sabem serão introduzidos no filme, teremos outros:
- Aquaman: este é o único realmente confirmado, afinal, diretor, ator (Jason Mamoa), produtor e figurinista já comentaram sobre o personagem e até uma imagem oficial dele já foi divulgada. Não sabemos como Orin será introduzindo no filme, mas será uma participação pequena. Talvez, ele até se junte à trindade principal da DC na batalha final contra Apocalipse (Doomsday). Rumores dizem que ele será trazido ao filme por meio de Lex Luthor. Capturado por ele?
- Ciborgue: o ator Ray Fisher interpreta Victor Stone, o jovem jogador de futebol americano que se torna o Ciborgue após um acidente. Rumores antigos dizem que o personagem irá fazer uma pequena participação no filme e, de fato, a primeira cena filmada para A Origem da Justiça é justamente um jogo de futebol americano entre os times de Gotham City e Metropolis. Stone pode aparecer aí. Alguns têm dúvida se o personagem irá assumir sua identidade heroica no filme, mas é bem pouco provável. A Warner/DC deve seguir a linha da versão da origem do personagem de Os Novos 52 (a atual cronologia dos quadrinhos, lançada em 2011), na qual o pai de Stone é um cientista que usa tecnologia alienígena (de Apokolips, terra do vilão Darkseid) para salvar o filho ao transformá-lo em um ciborgue. Se for assim, isso deve ocorrer no filme da Liga da Justiça.
- Flash: Ezra Miller irá interpretar Barry Allen nos cinemas e vários rumores afirmam (e o figurinista do filme já afirmou em entrevista) que, em A Origem da Justiça, veremos apenas um borrão vermelho com o Flash em movimento, em alta velocidade. Isso talvez seja visto em um monitor, por Luthor ou pelo Batman, já que ambos vigiam a atuação dos superseres na Terra. Mas é possível que Allen apareça rapidamente em sua identidade civil. Talvez a cena da festa na casa de Luthor sirva para apresentá-lo rapidamente.
- Lanterna Verde: Aparentemente, definitivamente, o Lanterna Verde não aparecerá no filme. Velhos rumores dizem que – além de estrear seu próprio filme Tropa dos Lanternas Verdes, em 2020 (que trará dois Lanternas Verdes da Terra, Hal Jordan e John Stewart) – o herói só aparecerá no fim de Liga da Justiça – Parte 1, trazendo a notícia de uma ameaça ainda maior, fazendo o gancho para Liga da Justiça – Parte 2, quando é introduzido no time.
- Canário Negro: Aparentemente, a personagem não está em A Origem da Justiça, mas rumores afirmam que ela ingressará as fileiras do time em Liga da Justiça – Parte 1.
O cenário apresentado por Latino Review e Heroic Hollywood é bastante convincente e coerente. Será que é isso mesmo que a Warner/DC fará no cinema? Responda o que você acha nos comentários abaixo!
Em Batman vs. Superman – A Origem da Justiça, o mundo lida com as consequências da batalha do Superman contra Zod, que destruiu metade da cidade de Metropolis no filme Superman – O Homem de Aço. Parte da população vê o último filho de Krypton como um herói, mas outra parcela o teme e o culpa pela tragédia. Enquanto precisa lidar com investigações e questionamentos sobre seu comportamento, Clark Kent está investigando o misterioso vigilante urbano conhecido como Batman, da cidade de Gotham City, que há 20 anos age à margem da lei. Secretamente, este é Bruce Wayne, empresário que teve um de seus prédios destruídos na batalha e que viu muitos amigos morrerem, nutrindo ódio e desconfiança pelo Superman. Ao mesmo tempo, o vilanesco Lex Luthor manipula os bastidores para jogar o Superman contra o Batman e se livrar de ambos os problemas, levando a um épico combate entre os dois heróis.
Contudo, quando os planos não seguem o previsto, Luthor aciona uma alternativa: clonar o cadáver de Zod, o que resulta em um monstro poderosíssimo e descontrolado (Doomsday/ Apocalipse) que obrigará o homem-morcego e o homem de aço a unirem às forças entre si e com a Mulher-Maravilha. Além desses, o filme também trará a participação especial do Aquaman.
Batman v. Superman – Dawn of Justice é produzido por Deborah Snyder e Charles Roven, com roteiro de Chris Terrio (de Argo) e David S. Goyer (dos filmes do Batman e O Homem de Aço); e dirigido por Zack Snyder (de 300 e Watchmen), funcionando como uma sequência de Superman – O Homem de Aço. O elenco traz Ben Affleck (Batman/Bruce Wayne), Henry Cavill (Superman/Clark Kent), Amy Adams (Lois Lane), Jesse Eisenberg (Lex Luthor), Diane Lane (Martha Kent), Laurence Fishburne (Perry White), Jeremy Irons (Alfred Pennyworth), Gal Gadot (Diana Prince/ Mulher-Maravilha), Tao Okamoto (Mercy Graves), Holly Hunter (senadora Finch), Callan Mulvey (rumores dizem que fará Anatoli Kanyazev, o KGBesta) e Scoot McNairy (papel não revelado); e a participação especial de Jason Mamoa (Orin/ Aquaman). Rumores também dão papeis a Jena Malone (Barbara Gordon) e Eli Snyder (Robin/ Jason Todd). O lançamento será em 25 de março de 2016.
Superman foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, estreando na revista Action Comics 01, e desde então é publicado pela DC Comics.
Batman foi criado pelo cartunista Bob Kane e o roteirista Bill Finger, estreando na revista Detective Comics 27, de 1939 e desde então é publicado pela DC Comics.
A Liga da Justiça foi criada por Gardner Fox e Mike Sekowski, em 1960, reunindo heróis previamente criados. Formado pelos maiores heróis da DC Comics – Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Arqueiro Verde, Aquaman etc. – a equipe sempre teve destaque em sua cronologia. Desde o reboot cronológico e editorial da DC em 2011, a revista Justice League é uma das de maior sucesso do mercado de quadrinhos atuais.
Watchmen: Aclamada HQ pode virar série de TV na HBO
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Um notícia surpreendente veio à tona ontem: segundo o site Collider, está em desenvolvimento no canal à cabo HBO o projeto de uma série de TV baseado em Watchmen, a aclamada maxissérie em quadrinhos escrita por Alan Moore e lançada pela DC Comics, geralmente eleita a melhor de todas as HQs já escritas, e já levada aos cinemas no filme de 2009 dirigido por Zack Snyder (de Superman – O Homem de Aço e Batman vs Superman – A Origem da Justiça).
Inclusive, os reportes são de que Zack Snyder será mesmo o responsável pela condução da série de TV.
Watchmen tem um conteúdo adulto e quebra várias regras convencionadas no gênero super-heróis, o que ajuda a explicar porque o filme de 2009 não foi um sucesso absoluto, embora aclamado pela crítica e, na opinião do HQRock, um dos melhores filmes já realizados no gênero. Apesar de terem sido lançadas versões estendidas do filme em vídeo doméstico – afinal, a HQ original é imensa e o filme lançado nos cinemas tem pouco mais de duas horas – muita coisa da obra original teve que ficar de fora do filme, de modo, então, que uma série de TV daria o tempo necessário para contar tudo.
Além disso, a HBO é famosa pela alta qualidade de suas séries.
O único problema que apontamos, assim como o fez o Collider, é o fato da agenda de Zack Snyder estar ocupadíssima nos próximos anos, afinal, além do lançamento de Batman vs Superman – A Origem da Justiça,em março de 2016, o diretor irá realizar os filmes Liga da Justiça – Parte 1 e Parte 2, que deverão sair em 2017 e 2019, respectivamente. Mesmo que seja apenas um Produtor Executivo, será difícil ao diretor acompanhar o desenvolvimento da série.
Levar Watchmen às telinhas seria uma forma interessante de incrementar o já robusto universo DC na TV, que conta hoje com as séries Arrow, The Flash, Gotham, a já cancelada Constantine e, logo mais, estreiam Legends of Tomorrow e Supergirl. Também seria uma resposta à concorrente Marvel, que criou um universo interligado de séries por meio do Netflix, com Demolidor e a em breve estreia de Jessica Jones.
Watchmen pode render uma longa série ou mesmo várias séries interligadas, tendo em vista o fato da história da maxissérie transcorrer no grande intervalo entre 1940 e 1985, cobrindo duas gerações de heróis e suas tramas.
Watchmen é uma maxissérie em quadrinhos publicada em 12 longos capítulos, em 1986, escrita por Alan Moore e com desenhos de Dave Gibbons. A trama foca num mundo em que os super-heróis existiram, mas estão há anos proibidos de agir por causa de uma lei do governo. Porém, a investigação de um assassinato irá desencadear a descoberta de uma incrível conspiração que forçará uma equipe de heróis a sair da aposentadoria e evitar uma grande tragédia. Tudo isso em paralelo com um mundo em uma crise política terrível, com os EUA e a União Soviéticas às portas de uma guerra nuclear. A história também relaciona esta geração de heróis com aquela que lhe sucedeu, com vigilantes dos anos 1940, mostrando como uma série de atos isolados se unificam em uma grande trama interligada e complexa.
Alguns anos atrás, a série ganhou um tipo de prévia no projeto Before Watchmen que narra, sob uma perspectiva mais contemporânea as origens dos personagens principais.
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Notícias do Carnaval
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Impossibilitado de atualizações no período momino, o HQRock traz agora um clipping das principais notícias do mundo geek lançadas durante o carnaval. Se segure há grandes novidades sobre Os Vingadores, Gotham, e muito mais.
- Os Vingadores – A Era de Ultron. atriz Scarlett Johanssen está grávida. O anúncio oficial veio no fim de semana e logo preocupou os fãs, afinal, as filmagens do longa se iniciam no final de março, quando a atriz já deverá ter uns quatro meses de gestação. E a Marvel já havia informado que a Viúva Negra teria um papel de destaque no filme. Contudo, a própria Marvel se apressou que a gravidez não interferirá no esquema de gravação da atriz ou do filme.
- Gotham. A série de TV que mostrará a juventude do Comissário James Gordon e um Bruce Wayne no caminho para se tornar o Batman finalmente contratou seu herói pré-adolescente. O escolhido é David Mazouz (da série de TV Touch). Também foi contratada a versão pré-adolescente de Selina Kyle, a futura Mulher-Gato, que na série será uma moradora de rua e batedora de carteira. Será vivida pela novata Camren Bicondova.
- The Flash. A série de TV do velocista escarlate da DC Comics teve sua primeira imagem oficial divulgada, mostrando um perfil do herói mascarado. A recepção do público foi ótima, porque o visual é muito fiel ao dos quadrinhos. Além disso, o produtor Greg Berlani anunciou via Twitter que as filmagens do Episódio Piloto já foram iniciadas.
- X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido. Mais uma vez, o astro Hugh Jackman foi questionado por quanto tempo permanecerá vivendo Wolverine nas telonas, já que reprisa o papel há 14 anos e sete filmes. Mais uma vez, o ator respondeu ao IGN que sabe que terá que parar em algum momento e que este momento pode estar próximo. Embora haja uma discussão acerca de uma sequência de Wolverine – Imortal e do fato de Dias de Um Futuro Esquecido ter até uma sequência já garantida (X-Men – Apocalipse, a ser lançada em 2016), não está 100% certo que Jackman participará desses filmes. A entrevista terminou revelando, ainda, que os produtores da 20th Century Fox chegaram a cogitar contratar um ator mais jovem para viver Wolverine em X-Men – Primeira Classe (na qual Jackman terminou fazendo uma ponta de alguns segundos). Por fim, Jackman disse (bem humorado) que tem ciência de que a decisão de viver ou não Wolverine mais uma vez não cabe somente a ele, e que a Fox pode simplesmente não convidá-lo mais ao papel.
- Para terminar a rodada, uma pequena fofoca! Em uma entrevista este fim de semana, o produtor Joel Silver disse que a versão de Watchmenque desenvolveu com o diretor Terry Gillian (de O Fantástico Mundo do Dr. Parnasus e Os 12 Macacos) era muito melhor do que aquela realizada pelo diretor Zack Snyder (de 300 e Superman – O Homem de Aço), que chegou aos cinemas em 2009. Silver disse, inclusive, que sua versão mudaria o final da graphic novel, fazendo com que Ozzymandias convencesse o Dr. Manhattan a voltar no tempo e impedir seu próprio surgimento, de modo que os heróis de Watchmen jamais existissem. Assim, veríamos o presente modificado em que personagens como Rorscharch, Coruja e Espectral viviam em um mundo em que suas versões super-heroísticas eram apenas revistas em quadrinhos. Silver criticou Snyder por ter sido “escravo” do material original. O comentário chocou os fãs, que de antemão detestaram a opção de Silver e Gillam. E o HQRock compartilha essa opinião. Em resposta, o diretor Zack Snyder respondeu que fez sua versão de Wacthmenpara livrar o mundo da versão de Joel Silver. E que este ainda é o seu próprio filme favorito. O mais interessante na versão de Snyder é que ele foi mesmo “escravo” do material original: o filme de 2009 é incrivelmente fiel à revista original, escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons e lançada em 1986. Exceto pelo visual dos personagens (que convenhamos, ficaram muito melhores no cinema do que na versão antiquada de Gibbons) o filme é um resumo impressionante da maxissérie original, que tem 12 longos capítulos. Mas Snyder também mudou o final da história. Mas mudou de uma maneira menos chocante do que teria sido a versão de Joel Silver. Nos quadrinhos, o fim de Watchmen envolve o teletransporte de um monstro geneticamente alterado que causa um “choque psíquico” na cidade de Nova York e mata uma grande quantidade de pessoas. Sabendo ser impossível fazer isso convencer um público do cinema, Snyder manteve o mesmo plano, mas mudou o objeto: o que é transportado é uma bomba nuclear construída a partir da energia do Dr. Manhattan. Ponto para ele, ponto para o cinema, que ganhou um dos mais impressionantes filmes baseados em quadrinhos já feitos.
Com o fim do carnaval, o HQRock espera voltar à normalidade das postagens.
Um grande abraço a todos!
Vendas de HQ’s: Mercado dos EUA tem o melhor ano desde 1996!
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O mercado de quadrinhos dos EUA tem motivos para comemorar. Segundo levantamento do site ICv2 – que coleta os dados de vendas de revistas naquele país – 2012 é o melhor ano dos quadrinhos desde o longínquo 1996! O mês de agosto obteve aumento de 19,27% em relação ao mesmo período do ano passado, o que é um índice muito alto em um mercado que vinha enfrentando problemas há mais de uma década. Com o aumento registrado no mês de maio, de 17% de crescimento – já relatado aqui no HQRock – o mercado de quadrinhos dá sinais de boa recuperação.
A conquista não vem de graça, claro. Além da divulgação causada pelas adaptações cinematográficas dos heróis – que renderam as três maiores bilheterias do ano (veja aqui) – o mercado foi aquecido por dois grandes eventos editoriais. Primeiramente, a iniciativa Os Novos 52 da DC Comics, que promoveu um reboot cronológico e editorial de todos os seus personagens, que incluem Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, a Liga da Justiça etc.
Iniciado justamente em agosto de 2011, Os Novos 52 foi um grande sucesso comercial, levando as revistas da DC ao topo do ranking dos mais vendidos; consolidando a franquia do Batman como a mais valiosa do mercado; e colocando a editora à frente do mercado, ultrapassando por pouco a eterna concorrente Marvel Comics. No total de arrecadação do mercado, a DC Comics ficou com 33,32% enquanto a Marvel vem colada atrás com 32,42%. Isso também demonstra que editoras menores, como Image, Dark Horse e IDW estão com fatias maiores do mercado.
Porém, a Marvel também tem sua parcela de “culpa”: o megaevento Avengers Vs. X-Men, que coloca os Vingadores contra os X-Men, também fez um sucesso estrondoso. Prestes a ser encerrado após 12 meses, a revista principal da maxissérie ocupa os dois primeiros lugares do ranking das revistas mensais mais vendidas de agosto de 2012.
Vamos ao ranking divulgado pelo ICv2:
Posição/ Revista/ Quantidade Estimada de Vendas
1
| AVENGERS VS X-MEN #9 |
174,356
|
2
| AVENGERS VS X-MEN #10 |
169,529
|
3
| BATMAN #12 |
125,249
|
4
| JUSTICE LEAGUE #12 |
120,796
|
5
| AMAZING SPIDER-MAN #692 |
91,071
|
6
| BEFORE WATCHMEN RORSCHACH #1 (MR) [*] |
85,473
|
7
| AVX VS #5 |
78,380
|
8
| BEFORE WATCHMEN DR MANHATTAN #1 (MR) [*] |
77,577
|
9
| GREEN LANTERN #12 |
77,187
|
10
| DETECTIVE COMICS #12 |
75,998
|
11
| ACTION COMICS #12 |
71,203
|
12
| GREEN LANTERN ANNUAL #1 |
67,648
|
13
| EARTH 2 #4 |
67,393
|
14
| BATMAN THE DARK KNIGHT #12 |
67,084
|
15
| BATMAN INCORPORATED #3 |
66,720
|
16
| BATMAN AND ROBIN #12 |
63,993
|
17
| DETECTIVE COMICS ANNUAL #1 |
62,571
|
18
| AVENGERS #29 |
61,653
|
19
| AQUAMAN #12 |
61,210
|
20
| UNCANNY X-MEN #17 |
61,095
|
O crescimento das duas editoras principais só faz bem ao mercado: o Top10 é disputadíssimo, mas a DC leva a melhor com seis posições, enquanto a Marvel soma as quatro restantes. Apesar da Marvel acumular as duas primeiras posições, no restante das “10 mais” emplaca apenas a revista do Homem-Aranha (5º) e a maxissérie derivada AVX Vs. (7º), que é mais focada nos confrontos de Vingadores contra os X-Men.
Enquanto isso, a DC domina com duas revistas do Batman (a homônima e Detective Comics, em 3º e 10º, respectivamente), a Liga da Justiça (4º), o Lanterna Verde (9º) e duas das minisséries Before Watchmen, que mostram eventos baseados no universo de Watchmen, antes daqueles mostrados na grande maxissérie de 1986, já levada aos cinemas. As edições em questão são as de Rorschach e do Dr. Manhattan.
Pensando o Top20 como um todo, a DC Comics domina mais ainda, pois no restante do ranking há somente outras duas revistas da Marvel: Avengers 29 (18º), que é a principal revista mensal dos Vingadores; e Uncanny X-Men 17 (20º), que é a principal revista dos X-Men, ambas impulsionadas pela maxissérie já citada. Muito embora, é justo dizer que Avengers sempre é uma das revistas mais vendidas do mercado e sua posição está até baixa no ranking, talvez apagada pelo megaevento em questão.
Não somente a DC Comics domina, mas o Batman: além das duas revistas no Top10, o homem-morcego acumula outras quatro revistas no restante do Top20, com Batman – The Dark Knight (14º), Batman Incorporated (15º), Batman and Robin (16º) e Detective Comics Annual(17º), que é uma revista especial de periodicidade anual. Com seis revistas entre as 20 mais vendidas, o Batman mostra porque é a maior franquia de quadrinhos da atualidade.
E não esquecer que o homem-morcego ainda é membro da Liga da Justiça que vem quarto lugar do ranking. A edição em questão, a de número 12, é aquela bombástica em que Superman e Mulher-Maravilha iniciam um romance e rendeu bastante atenção nos media (veja aqui).
No ranking das “20 mais”, além dos Vingadores e dos X-Men, chama a atenção os destaques ao Lanterna Verde, mantendo-se como uma das franquias mais rentáveis da DC, e a presença do Aquaman em 19º lugar, um personagem que nunca fez muito sucesso, mas desde o início dos Novos 52 vem atingindo números impressionantes.
Por fim, no mercado de coletâneas, depois de um ano inteiro dominado por Walking Dead, revista que foi adaptada como série de TV de grande sucesso, os super-heróis esboçam uma boa reação. Walking Dead continua bem: emplaca dois encadernados no Top10, em 2º e 9º lugares. Contudo, lá vem o Batman dominar tudo de novo. O homem-morcego aparece em primeiro lugar com a graphic novel Batman: Earth One, que traz uma abordagem moderna de sua origem; e também aparece em 5º lugar com o encadernado de Batman: The Court of the Owls, sua primeira grande saga nos Novos 52, reunida em um único volume.
Os Novos 52 também aparecem com a coletânea de Superman – Action Comics, em 4º lugar, reunindo o primeiro arco da revista que reimagina os primeiros dias de ação do homem de aço.
A Marvel aparece com apenas dois volumes no Top10: Hulk Season One em 6º e a megassaga do ano passado, Fear Itself (O Próprio Medo, atualmente sendo publicada no Brasil), em 10º.
Para terminar, o ranking do Top10 das coletâneas, que é um mercado menor por causa dos altos preços, mas é mais prestigiado.
Posição/ Coletânea/ Quantidade Estimada de Vendas
1
| BATMAN EARTH ONE HC |
7,320
|
2
| WALKING DEAD TP VOL 01 DAYS GONE BYE |
5,586
|
3
| SWAMP THING TP VOL 01 RAISE THEM BONES TP |
5,030
|
4
| SUPERMAN ACTION COMICS HC VOL 01 SUPERMAN MEN OF STEEL |
5,015
|
5
| BATMAN HC VOL 01 THE COURT OF OWLS |
4,441
|
6
| HULK SEASON ONE PREM HC |
4,079
|
7
| SCOTT PILGRIM COLOR HC VOL 01 |
3,914
|
8
| STAR WARS THE CLONE WARS SITH HUNTERS TP |
3,446
|
9
| WALKING DEAD TP VOL 02 MILES BEHIND US |
3,422
|
10
| FEAR ITSELF TP |
3,417
|
No caso das coletâneas, o ranking do ICv2 não computa as vendas em livrarias. Por isso, é de se pensar que o sucesso de Batman: Earth One é ainda maior, já que o volume está a oito semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, o que não é pouca coisa.
Os especialistas esperam que o novo evento da Marvel, chamado Marvel Now aumente mais ainda o sucesso do ano de 2012. Vamos aguardar.
Publicado em Batman, Dark Horse Comics, DC Comics, Homem-Aranha, Hulk, Lanterna Verde, Liga da Justiça, Marvel Comics, Mulher-Maravilha, Rankings, Recordes, Revistas, Star Wars, Superman, Vingadores, Watchmen, X-Men
Etiquetas: DC Comics, lanterna verde, liga da justiça, Marvel Comics, mulher maravilha, quadrinhos
Morre o lendário desenhista Joe Kubert
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O lendário desenhista Joe Kubert faleceu hoje aos 85 anos. Famoso por seu trabalho em personagens como Sgt. Rock e Gavião Negro (Hawkman), Kubert também foi o fundador da The Joe Kubert School, em 1976, a primeira do mundo especializada em quadrinhos.
Joseph Kubert nasceu em 1926 em Yzeran, então na Polônia (hoje, na Ucrânia), em uma família judia, mas migrou para os EUA com poucos meses de idade. Ao que consta, ainda criança começou a trabalhar com quadrinhos para os estúdios que faziam tiras de jornal na época. Ao se profissionalizar, nos anos 1940, já ganhou destaque no mercado. Trabalhou para a Fox Comics e a Quality Comics em 1942, inclusive no personagem Besouro Azul (Blue Beetle), chegando à DC comics – via o selo All-American Comics, em 1943, desenhando Os Sete Soldados da Vitória.
Em 1945, começou a desenhar o super-herói Gavião Negro (Hawkman), que marcaria sua carreira, a partir de Flash Comics 62.
Nos anos 1950, Kubert já integrava o corpo editorial da St. John Publication, onde editou os primeiros quadrinhos em 3D, estrelados pelo Super-Mouse (Mighty Mouse). Nessa editora, Kubert criou, com o escritor Norman Maurer, Tor, um humano pré-histórico que fez certo sucesso e continuaria a ter histórias publicadas casualmente até os anos 1990 em várias editoras.
Após um período trabalhando em várias editoras – inclusive na Atlas Comics (futura Marvel) – em 1955 Kubert voltou à DC Comics, dessa vez como artista exclusivo. Voltou ao Gavião Negro, estabelecendo seu vínculo forte com o personagem.
Também naquele ano, participou da criação das histórias de guerra da DC, publicadas em revistas como G.I. Combat, dentre os quais se destacam Sgt. Rock e The Haunded Tank (O Tanque Assombrado). Sgt. Rock se tornaria o trabalho de assinatura de Kubert pelo resto de sua carreira, tendo desenhado dezenas de histórias e algumas graphic novels, sendo algumas das mais cultuadas histórias em quadrinhos.
Em 1967, Kubert se tornou parte do staff da DC Comics, assumindo o cargo de Diretor de Publicações, no qual teve papel determinante para atrair os direitos de publicação de várias histórias na editora, como por exemplo, o Tarzan de Edgar Rice Burroughs, que passou a ser publicado em 1972 e o continuou até 1975 (em seguida, os direitos iriam para a Marvel). Foi a realização de um sonho para o artista e é uma das fases mais memoráveis do rei das selvas, bastante cultuada entre os fãs do personagem.
Em 1976, o desenhista se afastou da direção da DC para se dedicar à fundação de sua escola para quadrinhos. Em pouco tempo, a The Kubert School se tornou o celeiro de astros dos quadrinhos, revelando artistas como Stephen Bissette, Karl Kesel, Steve Lieber, Alex Maleev, Rick Veitch, Lee Weeks e até o brasileiro Sergio Cariello, que é professor da escola hoje.
Ao longo dos anos 1980, Kubert continuou refinando seu traço, agora se dedicando principalmente às belas graphic novels que realizou. Ao mesmo tempo, seus filhos (e alunos) Andy e Adam Kubert também despontaram na indústria dos quadrinhos, tornando-se dois dos principais desenhistas em atividades na atualidade.
No últimos anos, Kubert vinha trabalhando bem menos, mas estava em evidência por fazer parte da iniciativa Before Watchmen (Antes de Watchmen), a série de prelúdios para a obra imortal de Alan Moore e Dave Gibbons publicada originalmente em 1986. Joe Kubert estava trabalhando com o filho Andy Kubert na minissérie do Coruja (Nite Owl).
A causa da morte não foi revelada ainda.
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A DC Comics turbinou o seu site e, com isso, trouxe algumas novidades sobre Before Watchmen, o polêmico projeto que visa criar histórias como prelúdios para Watchmen, escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons, publicada pela DC Comics em 1985 e aclamada como a melhor das histórias de super-heróis.
Dentre as novidades, fichas, sinopses, material para venda e uma nova imagem da equipe reunida pelas mãos de Lee Bermejo.
Before Watchmen consiste de um conjunto de sete minisséries que apresentarão um tipo de prelúdio à saga principal mostrada na HQ de 1985. Cada uma será focada em um dos personagens principais e produzida por alguns dos principais nomes do mercado de quadrinhos da atualidade, como os escritores Darwyn Cooke (o coordenador do projeto), J.M. Straczynski e Brian Azzarello; os desenhistas Andy Kubert, Lee Bermejo, J.G. Jones, Adam Hughes, Jae Lee, Amanda Conner; além de participações de veteranos como o desenhista Joe Kubert, o roteirista Len Wein e o colorista Joe Higgins, estes dois últimos, respectivamente, o editor e o pintor da obra original.
Alan Moore e Dave Gibbons não estão envolvidos.
Before Watchmen: Agora são os atores do filme quem comentam as novas séries em quadrinhos
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Desde o início, o HQRock já havia aventado a possíbilidade de que o grande interesse em reviver a maxissérie Watchmen, escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons, publicada pela DC Comics em 1985 e aclamada como a melhor das histórias de super-heróis, era a possíbilidade de usar o material para formatar novos filmes ou, quem sabe, uma série de TV baseados nos personagens. E com os boatos que vêm surgido, parece que o caminho será esse mesmo.
Parenteses para quem chegou agora: a DC Comics lançará em breve um projeto chamado Before Watchmen, que consiste de um conjunto de sete minisséries que apresentarão um tipo de prelúdio à saga principal mostrada na HQ de 1985. Cada uma será focada em um dos personagens principais e produzida por alguns dos principais nomes do mercado de quadrinhos da atualidade, como os escritores Darwyn Cooke (o coordenador do projeto), J.M. Straczynski e Brian Azzarello; os desenhistas Andy Kubert, Lee Bermejo, J.G. Jones, Adam Hughes, Jae Lee, Amanda Conner; além de participações de veteranos como o desenhista Joe Kubert, o roteirista Len Wein e o colorista Joe Higgins, estes dois últimos, respectivamente, o editor e o pintor da obra original.
Alan Moore e Dave Gibbons, contudo, não têm nenhum envolvimento com o projeto e o primeiro já se manifestou publicamente contra ele.
Moore também não apoiou a produção do longametragem Watchmen, lançado pela Warner Bros. em 2009, dirigido por Zack Snyder (de 300 e do inédito Superman – O Homem de Aço), que adaptou de forma literal o conteúdo da obra original. Fim do parênteses.
Os artistas do novo projeto vêm se manifestando em entrevistas ou nas redes sociais em defesa da iniciativa, que é muito criticada por alguns setores da indústria dos quadrinhos, inclusive fãs, porque Watchmen é famosa por ser uma obra fechada em si mesma, sem margens para continuações ou prelúdios.
Mas como a obra é o livro de quadrinhos mais vendido da história, é óbvio que a DC Comics quer dar prosseguimento de alguma maneira. Para quem não há conhece, digamos apenas que não há sentido em uma continuação propriamente dita, por causa de algo que acontece no final, então, a editora vislumbrou fazer prelúdios.
Isso é possível porque em Watchmen, Alan Moore narra a história de duas gerações de super-heróis, mas quase tudo em forma de flashbacks rápidos, pois a trama principal ocupa apenas algumas semanas do ano de 1985. Como muitos eventos citados na obra são apenas mencionados sem detalhes, é neste material que Before Watchmen vai mirar e tentar preencher.
Uma vez que isso ocorra, a possibilidade de traduzir esse material para outras mídias é muito grande! A DC Entertainment pode investir em um desenho animado em longametragem, como vêm fazendo com outras histórias. Ou um personagem como Rorschach, de cunho mais realista, poderia facilmente vir a estrelar uma série de TV.
Ou o elenco do filme de 2009 poderia voltar para interpretar os mesmos personagens em suas histórias pregressas. Por causa disso, a imprensa internacional já saiu à caça dos atores e vem questionando-os acerca disso.
Jeffrey Dean Morgan, que fez o Comediante – personagem que serve como mote da história – foi perguntado e disse que adoraria voltar ao personagem, caso as pessoas certas estivessem envolvidas, como o desenhista Dave Gibbons (que apoiou o filme de 2009, ao contrário de Alan Moore) ou mesmo o diretor Zack Snyder.
Em uma entrevista para a MTV News, na premiação do Spirit Awards, Morgan disse:
Eu não sei o que pensar sobre isso. Se Dave Gibbons e Alan Moore não são parte disso [os prelúdios], eu não sei como você faria isso. Acho que é uma coisa delicada e prefiro ficar fora das conversas e discussões. Sou um defensor do que fizemos, [mas] fizemos como uma obra única. Não houve conversas sobre prelúdios ou sequências e Alan Moore não as escreveu.
Entretanto…
Se Dave Gibbons dissesse “está ok” e se Zack Snyder estivesse à bordo, então, eu estaria lá. Primeiro, por trabalhar com Zack de novo. Ele é um dos diretores da minha vida com quem eu trabalharia a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer coisa. Mas eu lembro de ter conversas com ele, anos atrás, dizendo que aquilo [Watchmen] nunca mais aconteceria de novo. É isto! Então, veremos…
Mas o ator vai acompanhar os prelúdios mesmo assim:
Irei checar o que vai sair, é claro. Estou interessado em vê-los.
Outro ator procurado sobre o tema foi Matthew Goode, que interpretou Ozymandias:
Eu ouvi que eles estão fazendo isso. Não é Alan Moore ou Dave Gibbons quem estão fazendo, mas eles pegaram os melhores [do mercado]. Quem sabe o que acontecerá com isso?Zack [Snyder] adoraria ter seu [de Alan Moore] envolvimento, porque o livro é tão reverenciado e é uma das suas coisas favoritas em todas as coisas. Se Zack estará envolvido novamente, eu não sei, ele é muito ocupado. Eu estou empolgado para ver o que eles lançarão. Em alguns termos, o meu personagem [Ozzymandias] foi um dos personagens aos quais todo mundo pegou uma fatia maior da história pregressa. Eu gostaria de saber o que estava acontecendo. De ver se eu estava certo sobre algumas das escolhas que eu fiz.
Boatos desse tipo – sobre adaptações para o cinema de histórias em quadrinhos – não surgem impunimente, então, é certo que a Warner Bros. está pelo menos considerando a possibilidade de adaptar (e logo) os prelúdios de Watchmen para as telonas. Muito embora, seja quase impossível que Zack Snyder continue à frente, já que agora assumiu a franquia do Superman nos cinemas.
E nunca custa lembrar que a Warner tem pressa no quesito, pois sua principal franquia no mercado, Harry Potter, está encerrada, e a única franquia de quadrinhos que o estúdio conseguiu emplacar até agora foi a do Batman de Christopher Nolan.
O Lanterna Verde foi um fiasco nas bilheterias – embora o filme não seja de todo ruim – e as únicas esperanças até agora recaem justamento no Superman, já que Christopher Nolan já deixou muito claro que Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge será sua última incursão no universo do homem morcego.
E não custa lembrar também que a concorrente Marvel Comics vem fazendo bonito no cinema, gerando sucessos enormes como a franquia do Homem-Aranha (que será renovada este ano) e dos X-Men, ambas com estúdios parceiros (e também rivais da Warner), como Columbia Pictures e 20th Century Fox; além de passar a produzir seus próprios filmes por meio do Marvel Studios, que fez sucesso com Homem de Ferro 1 e 2, Capitão América – O Primeiro Vingador e Thor, além de estrear este ano o aguardadíssimo Os Vingadores, quer reunirá Homem de Ferro, Capitão América, Thor e Hulk em um único filme.
A Warner Bros., que é a dona da DC Comics, está perdendo feio – mas muito feio mesmo – essa briga, pelo menos em termos de bilheteria.