Chris Evans diz que deixará de ser o Capitão América depois de Vingadores 4
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O ator Chris Evans é um dos preferidos dos fãs por seu papel como Capitão América em seus filmes solo e nos dos Vingadores. Com os filmes solo do Homem de Ferro no passado distante – o último foi em 2013 – e os de Thor nunca cumprindo as promessas que realizou; coube ao Capitão América manter acessa a tocha dos Vingadores na entressafra dos filmes da equipe. E Evans fez isso muito bem, com os sucessos de o Soldado Invernal e Guerra Civil. Porém, ele mesmo diz: “tudo tem um fim” e deixa claro que partirá para outros rumos após o fim de seu contrato atual, que prevê a participação em Vingadores – Guerra Infinita e sua sequência (o sem título Vingadores 4), que estão sendo filmados concomitantemente este ano.
Em entrevista ao USA Today Evans foi perguntado se continuaria no papel e foi direto:
Eu estaria mentindo se dissesse que não seria difícil para mim [deixar o papel], mas a passagem do tempo e a passagem da tocha é parte da experiência. Nada dura para sempre. Há beleza nessa partida, mesmo que também haja tristeza às vezes. Mas também é alegre. Eu tive uma grande jornada. Os super-heróis são entidades reinventáveis, como Batman e mesmo James Bond. Esses filmes encontrarão novas encarnações e novos modos de contar a história. Eu estou totalmente de acordo com isso. Se eles querem seguir depois de Vingadores 4, é realmente o direito deles. Eu irei embora sem arrependimentos e eternamente grato.
De fato, o presidente do Marvel Studios, Kevin Feige, já declarou antes que os personagens da Marvel são maiores que os atores que os interpretam. Então, apesar do público do cinema gostar de vincular rostos conhecidos aos personagens que amam, é uma prática comum de Hollywood simplesmente substituí-los depois de um tempo. O citado Batman foi vivido por três atores em quatro filmes dentro da mesma continuidade em sua primeira franquia no cinema. James Bond, o 007, foi vivido por seis atores diferentes em 50 anos de franquia, com cinco deles localizados dentro da mesma continuidade – somente o mais recente Daniel Craig representou um reboot na saga. Na própria Marvel, o personagem James Rhodes, o Máquina de Combate, foi vivido por Terence Howard em Homem de Ferro; enquanto Don Cheadle o viveu nos outros dois filmes solo do latinha e em Vingadores – Era de Ultron e Capitão América – Guerra Civil. Mesmo o Hulk foi vivido por Edward Norton em O Incrível Hulk e passou para Mark Ruffulo desde então.
É preciso pensar, portanto, que chegará um momento – não tão longe no futuro – que os Vingadores serão substituídos por atores mais jovens, seja o Homem de Ferro, o Capitão América ou a Viúva Negra.
Chris Evans já deu outras declarações dizendo que estava aberto a continuar vivendo o herói pós-Vingadores 4, mas nunca sabemos se ele mudou de ideia ou está apenas renegociando seu contrato (e pedindo mais dinheiro).
Com certeza, é interesse da Marvel que ele permaneça e, após Vingadores 4, todos os maiores protagonistas precisarão renegociar seus contratos. O mais provável é que alguns permaneçam em seus papeis e outros sigam em frente para ser substituídos. Será Chris Evans um deles?
Deixe um comentário
Marvel reúne heróis mortos com seus sucessores em nova saga nos quadrinhos
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A editora Marvel Comics anunciou a saga Generations, na qual irá reunir seus heróis mortos ou modificados com seus sucessores, numa série de edições focadas em cada dupla de personagens: Capitão América (Steve Rogers e Sam Wilson), Homem de Ferro (Tony Stark e Riri Williams), Homem-Aranha (Peter Parker e Miles Morales), Thor (Odinson e Jane Foster), Hulk (Bruce Banner e Amadeus Cho), Gavião Arqueiro (Clint Barton e Kate Bishop), Capitão Marvel (Mar-Vell e Carol Danvers), Miss Marvel (Carol Danvers e Kamala Khan), Jean Grey (adulta e adolescente) e Wolverine (Logan e X-23).
Cada dupla terá uma edição para si produzida por uma equipe criativa distinta. Os desenhistas ainda não foram anunciados, mas entre os roteiristas estão nomes como Brian Michael Bendis, Jason Aaron, Greg Pak e Nick Spencer.
O editor-chefe da Marvel, Alex Alonso, falou sobre o projeto à ABC e disse que a história não se trata de realidades alternativas, de viagens no tempo ou de reboots, mas que apesar de lidar com personagens que estão atualmente mortos na cronologia da Marvel – como Mar-Vell, Bruce Banner, Logan e Jean Grey – e outros em situações não-padrão (como Steve Rogers que está atualmente agindo como um vilão aliado da HIDRA por causa do controle mental de um outro vilão [nem pergunte…]) as tramas farão sentido.
É interessante imaginar como…
Vingadores – Guerra Infinita pode ter o Caveira Vermelha? É o que disse Samuel L. Jackson
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Quem acompanha o HQRock já deve ter percebido que o blog é superfã do Caveira Vermelha, o arqui-inimigo do Capitão América. O grande vilão dos quadrinhos apareceu apenas em Capitão América – O Primeiro Vingador, de 2011, e depois disso, os rumores de seu retorno apareceram em todos os filmes do Marvel Studios relacionados ao herói e aos Vingadores. Pois lá vamos nós outra vez! Enquanto divulgava Kong – A Ilha da Caveira, o ator Samuel L. Jackson, que faz o ex-diretor da SHIELD Nick Fury, foi perguntado sobre seu retorno a este personagem, já que inesperadamente, esteve ausente de Capitão América – Guerra Civil.
Em resposta à pergunta, segundo exibe o Bleeding Cool, Jackson disse:
Vocês não me viram em Guerra Civil... Eu ainda estou por aí tentando descobrir o que o Caveira está fazendo…
Infelizmente, o ator é interrompido neste ponto e não volta a este tema. Mas sua resposta realmente dá a entender que o Caveira Vermelha ainda está por aí.
Para quem não lembra, no fim de O Primeiro Vingador, o vilão tenta manusear o Tesseract (uma das Jóias do Infinito) e é aparentemente vaporizado, enquanto o objeto cósmico cai no mar e será mais tarde encontrado por Howard Stark, o pai do Homem de Ferro. O Tesseract ficará escondido nas mãos da SHIELD até Os Vingadores, quando Loki rouba o artefato para abrir um portal que permita o ataque dos alienígenas Chitauri à Terra. Depois dos Vingadores derrotarem os vilões, Thor leva o artefato para Asgard e o guarda.
O Caveira Vermelha foi o fundador da HIDRA, que é uma das principais ameaças do Universo Marvel nos Cinemas. Não é claro que ele tenha morrido no primeiro filme: ele pode ter sido transportado no espaço ou no tempo. Daí, que pode estar pelo cosmo em busca também das Jóias do Infinito (ou aliado a Thanos); ou pode ter sido transportado para o nosso tempo, o presente, e estar agindo nos bastidores, por trás da HIDRA.
De qualquer modo, o retorno do vilão em Vingadores – Guerra Infinita, que já está sendo filmado, seria muito bem vindo. O ator Hugo Weaving, que o interpretou, disse no passado que não voltaria ao papel, mas depois, deu outra declaração mais dúbia, dizendo que era uma possibilidade. Mas honestamente, com a maquiagem necessária, poderia ser facilmente substituído.
Capitão América – Guerra Civil é a maior bilheteria de 2016
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O Marvel Studios tem motivos para comemorar! O site The Hollywood Reporter analisou os dados de bilheteria (via MojoBox) e deu o veredito final: o maior sucesso de 2016 foi mesmo Capitão América – Guerra Civil. Até agora, se pensava que o campeão havia sido Procurando Dory, da Disney-Pixar, mas os números das últimas semanas do ano mostra que o longametragem do Marvel Studios ganhou por ligeira vantagem.
Guerra Civil apurou US$ 1,15 Bilhões, enquanto Procurando Dory fechou com US$ 1,028 bilhões.
O Top10 das maiores bilheteria do ano ainda traz Batman vs. Superman – A Origem da Justiça em sexto lugar, Rogue One em sétimo, Deadpool em oitavo e Esquadrão Suicida em décimo. Um ano muito bom para os fãs de histórias em quadrinhos e super-heróis.
Veja a lista completa:
1. Captain America Civil War – $1.15B
2. Finding Dory – $1.028B
3. Zootopia – $1.024B
4. The Jungle Book – $966.6M
5. The Secret Life of Pets – $875.5M
6. Batman v Superman: Dawn of Justice – $873.3M
7. Rogue One: A Star Wars Story – $801.9M
8. Deadpool – $783.1M
9. Fantastic Beasts and Where to Find Them – $777M
10. Suicide Squad – $745.6M
Captain America – Civil War tem direção dos irmãos Joe e Anthony Russo e roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. O elenco tem Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), Robert Downey Jr.(Tony Stark/ Homem de Ferro), Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/ Viúva Negra), Sebastian Stan (Bucky Barnes/Soldado Invernal), Anthony Mackie (Sam Wilson/Falcão), Frank Grillo (Brock Rumlow/ Ossos Cruzados), Daniel Brühl (Barão Zemo), Emily VanCamp (Sharon Carter/ Agente 13), Jeremy Renner (Clint Barton/ Gavião Arqueiro), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff/ Feiticeira Escarlate), Paul Bettany (Visão), Paul Rudd (Scott Lang/ Homem-Formiga), Don Cheadle (Coronel Jim Rhodes/ Máquina de Combate), Chadwick Boseman (T’Challa/ Pantera Negra), William Hurt (General Thaddeus Ross), Martin Freeman (Everett K. Ross), com participação especial de Tom Holland (Peter Parker/ Homem-Aranha), Marisa Tomei (May Parker), John Slaterry (Howard Stark) e Hayley Atwell (Peggy Carter). O longametragem é o primeiro da Fase 3 do Universo Marvel nos Cinemas. A estreia no Brasil foi em 28 de abril de 2016, uma semana antes dos EUA em 06 de maio.
O Capitão América foi criado por Jack Kirby e Joe Simon em 1941 e foi o maior sucesso dos anos iniciais da Marvel Comics. Após muitos anos sem ser publicado, foi resgatado para as histórias modernas em Avengers 04, de 1964, por Stan Lee e Jack Kirby, numa história dos Vingadores, grupo que passou a liderar a partir de então.
Marvel Comics: Vingadores: Motim dá prosseguimento ao sucesso dos livros de heróis no Brasil
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Está chegando às livrarias brasileiras em outubro o livro Novos Vingadores: Motim, mais uma empreitada da editora Novo Século, investindo em adaptações literárias dos heróis da Marvel Comics. O romance é de autoria de Alisa Kwitney, que adapta uma história original de Brian Michael Bendis.
A sinopse do livro é a seguinte (segundo o site Omelete):
Gavião Arqueiro recebe ordens para levar a Viúva Negra para a Balsa. Ao chegarem ao presídio, os dois se deparam com uma espetacular fuga em massa e ficam confinados ao lado de Jessica Drew e Luke Cage. É neste cenário que o Capitão América e o Homem de Ferro têm a missão de reaproximar os principais super-heróis e decidir quem serão os integrantes dos Novos Vingadores.
O livro é uma adaptação de Novos Vingadores: Motim, uma história em quadrinhos escrita por Brian Michael Bendis e desenhada por David Finch que deu origem à empreitada dos Novos Vingadores, a radical renovação da equipe de heróis nas mãos de Bendis. Na trama original, após a equipe original ser desfeita, Capitão América e Homem de Ferro decidem recriar o time quando há uma fuga em massa de 87 prisioneiros super-poderosos da prisão conhecida como Balsa. Para isso, a dupla decide recrutar heróis que comumente não estavam associados ao velho time, como Luke Cage, Homem-Aranha e Wolverine (aparentemente, este último não está no livro). Foi o início de uma fase de muito sucesso para os Vingadores, que nas mãos de Bendis viraram a principal franquia da Marvel pela primeira vez em décadas.
Sua diferença em relação aos velhos Vingadores é a abordagem mais humana de Bendis, em tramas menos espaciais (que dominavam a franquia dos heróis no passado) e mais pautadas nos dilemas do cotidiano, com a busca dos fugitivos e questões políticas, como a mudança no comando da SHIELD. Outra marca de Bendis era a capacidade de escrever diálogos elaborados que podiam substituir a ação em muitos momentos.
A versão em livro será o 11º lançamento da Nova Século dentro de sua coleção de livros da Marvel. Um deles, Guerra Civil, de Stuart Moore (que por sua vez adapta a história de Mark Millar e Steve Mcniven, publicada originalmente em 2006 e também adaptada ao cinemas este ano, como Capitão América – Guerra Civil), vendeu impressionantes 27 mil exemplares, sendo um dos 15 livros de ficção mais vendidos do Brasil no site na Amazon no ano de 2015. No primeiro semestre de 2016, o livro chegou a ocupar a quinta posição entre os mais vendidos!
Além desses, a série tem volumes como A Morte do Capitão América, Homem de Ferro: Vírus, Homem-Aranha: Entre Trovões, Vingadores: Todos Querem Dominar o Mundo e Super-Heróis Marvel: Guerras Secretas.
Os Vingadores surgiram em 1963, criados por Stan Lee e Jack Kirby, publicados em The Avengers 01, reunindo personagens já criados previamente. Mais importante supergrupo da Marvel Comics, fazer parte da equipe significa ter um status diferenciado de importância no Universo da editora.
Vingadores: Steve Rogers não é mais o Capitão América no cinema
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Em meio ao lançamento em DVD/Blu-ray de Capitão América – Guerra Civil, sequência de Capitão América 2 – O Soldado Invernal e fecho da trilogia das aventuras-solo do herói criado pela Marvel Comics, levado aos cinemas pelo Marvel Studios e Disney Company, os diretores Joe e Anthony Russo têm dado várias entrevistas. Falando ao The Huffington Post, Joe Russo disse aquilo que o final do filme já mostra: Steve Rogers não é mais o Capitão América no cinema.
Ao final do filme, o herói abandona seu escudo no chão e parte. Na última cena, ele aparece sem nenhum uniforme, agindo como um fora da lei. Quais as implicações disso?
Podem ser muitas ou poucas, dependendo do que a Marvel decidirá fazer.
Nos quadrinhos, Steve Rogers já abandonou a identidade de Capitão América. A primeira – e mais clássica vez – foi quando, ao final da saga Império Secreto,descobriu que o líder da organização criminosa que movia uma grande conspiração era ninguém menos do que o Presidente dos Estados Unidos. (Saiba mais aqui). Desiludido, Rogers, então, abandonou o uniforme e o escudo e adotou uma nova identidade: Nômade.
Rogers agiu durante alguns meses com o novo uniforme, mas após um jovem chamado Roscoe passou a usar o uniforme do Capitão América e morrer nas mãos do Caveira Vermelha, o herói decidiu voltar à sua identidade original.
Outra ocasião se deu na saga Nunca Mais (também veja aqui), na qual o Comitê de Assuntos Especiais do Governo dos EUA intima Rogers a voltar a agir como um agente do governo tal qual o foi na II Guerra Mundial. Em vista da iminência de ser usado para derrubar repúblicas na América Latina ou coisa pior, o herói entrega seu uniforme e escudo à Comissão. Então, Rogers passa a usar um uniforme quase inteiramente negro e a chamar-se apenas Capitão, enquanto a Comissão treinou um novo Capitão América para substituí-lo: John Walker, antes o herói conhecido como Patriota.
Walker terminou se mostrando um desequilibrado mental violento e foi afastado, resultando que a Rogers foi permitido voltar a usar seu uniforme normalmente, sem ter que responder ao Governo.
Também já houve várias ocasiões em que o herói foi substituído no seu papel como Capitão América. Quando foi dado como morto após Guerra Civil, Buck Barnes, o Soldado Invernal, o substituiu como Capitão América, e quando depois o original ficou impossibilitado temporariamente, foi Sam Wilson, o Falcão que o fez.
Irá o cinema se aproveitar de algumas dessas tramas? Como Steve Rogers irá aparecer em Vingadores – Guerra Infinita? Voltará a ser o Capitão América? Usará outro uniforme?
***
Vingadores – Guerra Infinita mostrará o grupo de heróis unindo forças para deter o vilão intergalático Thanos,que está em busca daManopla do Infinito, artefato cósmico de poder incomensurável que reúne as seis Joias do Infinito, quatro das quais já apareceram em filmes anteriores do estúdio.
Avengers – Infinity Waré escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely e dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo (reprisando a mesma equipe criativa de Capitão América – Guerra Civil). O elenco reunirá Robert Downey Jr. (Tony Stark/Homem de Ferro), Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), Chris Hemsworth (Thor), Mark Ruffalo (Bruce Banner/Hulk), Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/Viúva Negra), Jeremy Renner (Clint Barton/Gavião Arqueiro), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff/Feiticeira Escarlate),Tom Holland (Peter Parker/ Homem-Aranha), Don Cheadle (James Rhodes/ Máquina de Combate), Paul Bettany (Visão), Josh Brolin (Thanos), Anthony Mackie (Sam Wilson/Falcão), Paul Rudd (Scott Lang/ Homem-Formiga), dentre outros. O filme será gravado no fim deste ano no complexo de estúdios de Atlanta, nos EUA e o lançamento será em 04 de maio de 2018 e sua sequência em 03 de maio de 2019.
Os Vingadores surgiram em 1963, criados por Stan Lee e Jack Kirby, publicados em The Avengers 01, reunindo personagens já criados previamente. Mais importante supergrupo da Marvel Comics, fazer parte da equipe significa ter um status diferenciado de importância no Universo da editora.
Vingadores: Marvel Comics promove pequena revolução e cria novos grupos repletos de diversidade na fase pós-Guerras Secretas. Mutante brasileiro vai liderar equipe
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A editora de quadrinhos Marvel Comics, proprietária de Vingadores, Homem-Aranha, X-Men etc., está atualmente publicando um megaevento que “mudará tudo” mais uma vez: Guerras Secretas, saga que repete o nome de outra, original dos anos 1980. Contudo, antes mesmo daquela história terminar, a editora já está adiantando uma série de novidades que irão chocalhar seu universo ficcional em breve. Parte disso tem a ver com a criação de novos grupos de super-heróis, repletos de diversidade (de gênero e étnica): USAvengers e Champions. As informações foram anunciadas oficialmente e estão aqui copiladas através do site Omelete.
O grupo USAvengers será outro derivado dos Vingadores e terá como marca principal um vínculo estreito com o Governo dos EUA. Essa mesma abordagem já foi tentada outras vezes, de modo mais célebre nos anos 1990 com o X-Factor, um derivado dos X-Men. Os USAvengers serão liderados por Roberto da Costa, o mutante brasileiro Mancha Solar, ex-membro dos Novos Mutantes, do X-Factor e da X-Force.
Na nova revista, escrita por Al Ewing e desenhada por Paco Medina, Roberto da Costa (que é um multimilionário) torna-se proprietário da IMA (Ideias Mecânicas Avançadas), a antiga organização terrorista, agora “legalizada”, agora chamada Inteligências Mecânicas Americanas, que produzirá armas para o Governo dos EUA irá meio que substituir a SHIELD.
Mancha Solar liderará um grupo formado por Míssil (seu companheiro de equipes mutantes), Hulk Vermelho, o robô Pod, Garota-Esquilo, a nova Patriota de Ferro (que será Toni Yinsen, a filha de Ho Yinsen, o homem que ajudou Tony Stark a criar a primeira armadura do Homem de Ferro) e a Capitã América do futuro, que é Daniele Cage, a filha de Luke Cage e Jessica Jones, que veio do futuro para nosso tempo.
O escritor Al Ewing explica que a revista mostrará o lado bom dos EUA (o que cheira a propaganda patriótica):
O lance sobre Roberto é que ele veio adolescente aos EUA, como minoria, um mutante sulamericano, ele já viu o lado feio da vida, mas já viu a América no seu melhor. Ele tem amor absoluto pelo seu país adotivo e vai lutar até o fim para salvar vidas e ajudar as pessoas.
Mancha Solar foi criado por Chris Claremont e Bob McLeod em Marvel Graphic Novel 04: New Mutants, em 1982, estreando junto com os Novos Mutantes, grupo de jovens treinados por Charles Xavier para substituir os X-Men no futuro, que logo em seguida ganharam uma revista própria que fez bastante sucesso e durou 100 edições até mudar de nome para X-Force. Mancha Solar esteve na revista a maior parte do tempo. Ele é o brasileiro Roberto da Costa, nascido no Rio de Janeiro, filho do poderoso e rico empresário Emanuel da Costa e da arqueóloga Nina da Costa. Roberto era jogador de futebol e estava escalado para jogar nos Jogos Olímpicos na adolescência, quando seus poderes mutantes se manifestaram. Ele é capaz de cobrir o corpo com um tipo de energia solar escura, lançar bolas de fogo e derreter coisas; além de ter força sobrehumana.
A outra equipe são os Champions, que serão traduzidos como Campeões no Brasil. Ao contrário da anterior, esta irá se desvincilhar dos Vingadores. A proposta é mostrar uma equipe de jovens heróis que decide traçar o próprio caminho, sem a supervisão dos adultos, e com uma pegada ativista.
Os Campeões serão liderados pela versão jovem de Ciclope (ainda adolescente, que veio do passado para o nosso tempo) e o novo Hulk, que não é mais Bruce Banner, mas Amadeus Cho, o adolescente mais inteligente do mundo. Junto com eles, estão: Nova, Viv (a “filha” do Visão), a nova Miss Marvel Kamala Khan e o Homem-Aranha Miles Morales.
Champions será escrita por Mark Waid, um dos maiores roteiristas de quadrinhos surgidos desde os anos 1990, e desenhada por Humberto Ramos, que marcou uma forte temporada na arte do Homem-Aranha. O editor Tom Brevoort falou sobre o grupo:
Se eles estão rompendo laços, se estão partindo para fazer algo independente para se estabelecer por conta própria, eles precisam de um nome próprio. Em resumo eles são muito socialmente conscientes, dedicados ao ativismo, e com muito pensamento positivo a respeito de serem super-heróis.
O nome Campeões já foi usado pela Marvel no passado. Era uma equipe estranha de super-heróis, que reuniu Viúva Negra, Hércules, Motoqueiro Fantasma, Homem de Gelo e Anjo, que estrearam em 1975 e foram criados por Tony Isabella e desenhadas primeiro por Don Heck e, depois por John Byrne, mas a revista nunca emplacou, se encerrando no número 18, em 1978. Desde então, o nome não foi mais usado e, no passado recente, a Marvel teve que disputar na justiça o direito de voltar a usar o título.
O que há de comum nos USAvengers e nos novos Campeões é o investimento pesado em diversidade de gênero e étnica, buscando maior diálogo com um público mais vasto.
E isto não é algo isolado: o mesmo pacote de informações da Marvel também divulgou que Tony Stark deixará de ser o Homem de Ferro e será substituído por Riri Williams, uma adolescente que é extremamente inteligente e, bem recentemente, se tornou a nova Máquina de Combate, ocupando o lugar que fora de James Rhodes.
Não está claro qual o papel de Stark pós-Riri: ele morrerá? Ficará um tempo aposentado? Voltará à bebida? Riri se chamará Mulher de Ferro? Não se sabe ainda. A personagem estreou em Iron-Man 07, de março deste ano e suas novas aventuras deverão ter destaque no panorama geral da Marvel, pois serão escritas pelo “medalhão” Brian Michael Bendis, com desenhos de Stefano Caselli.
Por mais que possamos fazer críticas às histórias recentes da Marvel, que parecem andar em círculos, não podemos negar, por outro lado, que a editora é ousada: com esse movimento, todos os grandes ícones da editora estão agora substituídos por versões femininas, negras ou de outras etnias/nacionalidades. Por mais que as versões tradicionais continuem sendo publicadas paralelamente, não deixa de ser significativo e importante termos essas outras versões em ação, tornando o Universo Marvel mais real e mais parecido com o nosso.
A Marvel foi a primeira editora em quadrinhos a criar um super-herói negro: o Pantera Negra, em 1966 (que é africano); bem como o primeiro super-herói afrodescendente, o Falcão, 1969. Em 1971, este se tornou o primeiro herói negro a ter o nome num título de uma revista: Captain America & The Falcon, que passou a ser o título oficial da revista por uns 8 anos. Luke Cage foi o primeiro negro a ter um título só seu, lançado já em 1972: Luke Cage, hero for hire. A Marvel se manteve na vanguarda da diversidade nos quadrinhos, muito antes disso ser moda. Nos anos 1980, rompeu outra barreira a tornar o herói Estrela Polar, membro da Tropa Alfa, um homossexual assumido. Dessa forma, a iniciativa da Marvel é condizente com sua história e tradição.
É de esperar o que as editoras concorrentes – sabem aquela? – irão reagir a uma empreitada tão maciça e tão ousada como esta.
Os Vingadores surgiram em 1963, criados por Stan Lee e Jack Kirby, publicados em The Avengers 01, reunindo personagens já criados previamente. Mais importante supergrupo da Marvel Comics, fazer parte da equipe significa ter um status diferenciado de importância no Universo da editora.
Capitão América: Herói ganhará estátua de bronze no Brooklyn
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Foi anunciado hoje, no jornal USA Today, que o Capitão América, o personagem das histórias em quadrinhos da Marvel Comics, levado aos cinemas pelo Marvel Studios e Disney Pictures, ganhará uma estátua de bronze de seis metros de altura no distrito do Brooklyn, na cidade de Nova York, nos EUA.
A estátua – que pesa uma tonelada e teve design do Comicave Studios em parceria com artistas da própria Marvel – será apresentada ao público dentro de algumas semanas, na Comic-Con de San Diego, na Califórnia, e depois, cruzará o país, para ser alocada fixamente no Prospect Park, no Brooklyn, e inaugurada em uma cerimônia especial no dia 10 de agosto. O evento é parte das comemorações dos 75 anos de publicação do personagem (completados no ano passado).
É um ótimo momento para celebrar: Capitão América – Guerra Civil é o filme de maior sucesso do ano e o personagem está em alta desde que começou a ser interpretado nos cinemas por Chris Evans, em 2011, um ator talentoso e carismático. Inclusive, a estátua traz a frase “I’m just a kid from Brooklyn”, que é dita em Capitão América – O Primeiro Vingador, quando é afrontado pelo vilão Caveira Vermelha.
Nas HQs e nos filmes, Steve Rogers nasceu no Brooklyn, numa família pobre, crescendo magro e doente, mas conseguiu ser voluntário para um experimento científico que transformou seu corpo no ápice da raça humana. Mesmo se tornando um dos maiores heróis do Universo Marvel, nunca perdeu o contato com suas raízes, e permanece morando no mesmo distrito até hoje.
O Capitão América foi criado por Jack Kirby e Joe Simon em 1941 e foi o maior sucesso dos anos iniciais da Marvel Comics. Após muitos anos sem ser publicado, foi resgatado para as histórias modernas em Avengers 04, de 1964, por Stan Lee e Jack Kirby, numa história dos Vingadores, grupo que passou a liderar a partir de então.
Capitão América – Guerra Civil: Filme ultrapassa os 700 milhões em bilheteria, marca recordes no Brasil e ruma para o 1 bilhão
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
É grande o sucesso de Capitão América – Guerra Civil, sequência de Capitão América 2 – O Soldado Invernal e fecho da trilogia das aventuras-solo do herói criado pela Marvel Comics, levado aos cinemas pelo Marvel Studios e Disney Company. O longametragem estreou batendo recordes em todos os lugares, inclusive no Brasil. Tendo estreado nos EUA neste fim de semana e com duas semanas em cartaz em nosso país já arrecadou US$ 700 milhões nas bilheterias mundiais, seguindo firme em direção à rara marca de US$ 1 bilhão.
Estreando primeiro no mercado fora dos EUA, Guerra Civil fez mais de US$ 200 milhões em seu primeiro fim de semana, já se pagando e dando lucros. No Brasil, segundo o site Pipoca Moderna, o filme foi a maior estreia desde que se iniciou o “fim de semana estendido” que começa às quintas-feiras, quebrando o recorde novinho em folha que era de Batman vs. Superman – A Origem da Justiça, que estreou no mês passado. Enquanto este fez 39 milhões de reais nas bilheterias nacionais, Guerra Civil alçou os R$ 43,8 milhões.
Com seu segundo fim de semana, Guerra Civil manteve o ritmo de sucesso. O filme arrecadou 76% da bilheteria total dos cinemas brasileiros, segundo o Pipoca Moderna! O concorrente direto Batman vs. Superman prossegue bem, em quarto lugar. Não custa lembrar que este concorrente ultrapassou a bilheteria total de Os Vingadores da Marvel e é agora a terceira maior bilheteria da história do Brasil. Em nosso país, está atrás apenas de Vingadores – Era de Ultron (1º lugar) e Velozes e Furiosos 7.
Nos EUA, Guerra Civil estreou com US$ 179,1 milhões, se tornando a quinta melhor estreia de todos os tempos. Esses números permitiram ao filme atingir US$ 705,3 milhões nas bilheterias mundiais em sua segunda semana de arrecadação. Com isto, a possibilidade de chegar à marca do US$ 1 bilhão é muito forte.
A Marvel detém três filmes que ultrapassaram a marca: Os Vingadores, Vingadores – Era de Ultron e Homem de Ferro 3.
Captain America – Civil War tem direção dos irmãos Joe e Anthony Russo e roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. O elenco tem Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), Robert Downey Jr.(Tony Stark/ Homem de Ferro), Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/ Viúva Negra), Sebastian Stan (Bucky Barnes/Soldado Invernal), Anthony Mackie (Sam Wilson/Falcão), Frank Grillo (Brock Rumlow/ Ossos Cruzados), Daniel Brühl (Barão Zemo), Emily VanCamp (Sharon Carter/ Agente 13), Jeremy Renner (Clint Barton/ Gavião Arqueiro), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff/ Feiticeira Escarlate), Paul Bettany (Visão), Paul Rudd (Scott Lang/ Homem-Formiga), Don Cheadle (Coronel Jim Rhodes/ Máquina de Combate), Chadwick Boseman (T’Challa/ Pantera Negra), William Hurt (General Thaddeus Ross), Martin Freeman (Everett K. Ross), com participação especial de Tom Holland (Peter Parker/ Homem-Aranha), Marisa Tomei (May Parker), John Slaterry (Howard Stark) e Hayley Atwell (Peggy Carter). O longametragem é o primeiro da Fase 3 do Universo Marvel nos Cinemas. A estreia no Brasil foi em 28 de abril de 2016, uma semana antes dos EUA em 06 de maio.
O Capitão América foi criado por Jack Kirby e Joe Simon em 1941 e foi o maior sucesso dos anos iniciais da Marvel Comics. Após muitos anos sem ser publicado, foi resgatado para as histórias modernas em Avengers 04, de 1964, por Stan Lee e Jack Kirby, numa história dos Vingadores, grupo que passou a liderar a partir de então.
Resenha de Capitão América – Guerra Civil
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Carregado de expectativas, chega aos cinemas Capitão América – Guerra Civil, sequência de Capitão América 2 – O Soldado Invernal e fecho da trilogia das aventuras-solo do herói criado pela Marvel Comics, levado aos cinemas pelo Marvel Studios e Disney Company. E o que dizer do filme? Veja a Resenha Crítica do HQRock!
Para começo de conversa: Guerra Civil é espetacular! Talvez, o melhor filme da Marvel até agora, sem exageros. É incrível como o estúdio consegue equilibrar ação e drama de um modo tão convincente. Além disso, a grande quantidade de personagens é um grande desafio, mas o longametragem sabe usar isso também.
Guerra Civil guarda muito daquele clima sério e duro de O Soldado Invernal com cenas de ação espetacular e lutas muito duras, rápidas e cheias de movimentos de encher os olhos. É importante ressaltar este último aspecto, pois parece que ninguém mais consegue cenas de lutas melhores nos filmes de HQ do que os diretores Joe e Anthony Russo. É como ver uma história em quadrinhos em movimento de verdade.
Outro ponto interessante é que Guerra Civil é ainda menos espetaculoso do que O Soldado Invernal. Não há um terceiro ato carregadíssimo de explosões, prédios caindo, naves em chamas e população caindo e morrendo. É um final mais íntimo, com uma luta mano a mano, mas com um impacto muito maior e duradouro, porque tem drama de verdade. E funciona muito melhor, acredite.
Esta talvez seja a chave do sucesso do filme. Ao contrário de Batman vs. Superman – A Origem da Justiça, a oposição entre Capitão América e Homem de Ferro é muito mais eficaz e tem mais apelo ao público. E sabe por quê? Porque o público conhece esses personagens há anos, vivencia suas desventuras e se importa com eles. Para completar, Guerra Civil constrói uma trama muito bem amarrada que vincula de modo emocional o conflito entre os dois heróis.
Desde Os Vingadores, a Marvel explora as diferenças nítidas entre Steve Rogers e Tony Stark. Os dois discutem ali e também em Vingadores – Era de Ultron, e vamos percebendo como são diferentes. Isso torna muito mais crível quando os dois passam a discordar sobre O Tratado de Sokovia, organizado pela ONU e assinado por 117 países, que impõe sanções aos Vingadores, restringindo suas ações à obediência das agências internacionais.
Contudo, enquanto a trama de Guerra Civil em sua versão original nas HQs é essencialmente política, movida por ideologias, nos cinemas, a disputa é também pessoal. E o motivo desagregador é o Soldado Invernal, ou seja, Bucky Barnes, o amigo de infância de Steve Rogers que sofreu lavagem cerebral e virou um frio assassino nas mãos da União Soviética e, depois, da HIDRA.
Como os trailers já deixam claro, há um novo incidente internacional envolvendo os Vingadores e isso volta a opinião pública contra eles. Já piora bastante o fato de Tony Stark ter sido o criador de Ultron, que causou a grande destruição de Vingadores – Era de Ultron, culminando no país de Sokovia ser arrasado.
Neste sentido, muito mais do que nos filmes anteriores do Capitão América, Guerra Civil é uma sequência direta de Era de Ultron, pois aquele lida com as consequências deste de um modo muito direto e humano.
Claro, há uma mente criminosa por trás de tudo e não é spoiler dizer que o responsável é Helmut Zemo, que tem ligações estreitas com o incidente de Sokovia. O roteiro constrói um personagem surpreendente para Zemo, com uma motivação muito clara, um plano genial, mas ao mesmo tempo, uma construção muito humana e íntima do personagem. É muito interessante.
O apelo à humanidade, à intimidade e a uma trama menos fantasiosa do que a maioria dos filmes da Marvel é muito bem-vinda e funciona maravilhosamente.
Claro que os fãs querem ver o conflito estabelecido entre os Vingadores e não ficarão desapontados. A batalha do Aeroporto, que já vimos um vislumbre nos trailers é sensacional e explora bem os poderes e potencialidades de cada um dos personagens e as oposições entre eles. A trama também guarda várias referências à HQ em que se inspira e reprisa algumas situações adaptando-as à realidade do filme.
Na sessão em que assisti, o público ovacionou o filme várias vezes e duas delas foram direcionadas às primeiras aparições do Pantera Negra e do Homem-Aranha, as duas grandes novidades. O Pantera Negra, T’Challa, é o herdeiro do trono da nação de Wakanda, na África, a grande fonte de vibranium, o metal raríssimo do qual é feito o escudo do Capitão América. Jovem, impulsivo e resistente à política, T’Challa, tem uma caracterização forte na trama e uma agenda própria no filme, que torna sua vinculação ao time de Tony Stark muito fluida.
As cenas de luta do Pantera Negra são sempre impressionantes, pois exploram sua agilidade e os movimentos baseados nos animais que lhes são próprios.
Já o Homem-Aranha faz uma participação menor, mais concentrada, mas o filme encontra um motivo crível para seu envolvimento. Temos que ser honestos: o filme não precisa dele. E poderia muito bem passar sem sua inclusão. Mas a Marvel quis ser “justa” à HQ original e aproveitar a oportunidade para reinserir o personagem nos cinemas em uma nova abordagem, agora ao lado do universo ficcional dos Vingadores.
A representação de Peter Parker é excelente, embora curta, mas temos um preâmbulo de sua vida, de sua personalidade e de sua relação com a Tia May, esta numa abordagem incrivelmente jovem. “Há tias de todas as idades e formatos”, ela diz ao galanteador Tony Stark. A entrada do Homem-Aranha na história tem um motivo e termina funcionando.
E no fim das contas, a participação dele na luta termina sendo muito interessante ao mesmo tempo em que serve de alívio cômico, claro.
Falando nisso, é impressionante como os irmãos Russo e o roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely conseguem dar um sentido a cada um dos muitos personagens. Cada um dos Vingadores do filme tem um momento seu para brilhar, seja por meio da ação, seja por meio de diálogos. Cada um tem um proposito, dilemas e dramas. Assim, vemos o Visão se adaptando ao mundo, a Feiticeira Escarlate lidando com seus poderes, a Viúva Negra encarando suas opiniões etc.
Com isso, o Tony Stark de Robert Downey Jr. tem espaço de sobra para se desenvolver e poderíamos dizer que – paralela à representação de Homem de Ferro – o ator nos entrega a melhor aparição de seu ilustre personagem. Desta vez, Stark tem um drama real com o qual lidar e, divido entre o sentimento de culpa por Ultron, a pressão política por cumprir o Tratado de Sokovia, a rivalidade-amizade com Steve Rogers e o drama pessoal envolvendo o Soldado Invernal, fazem sua interpretação ser profunda e brilhante.
Mas não se esqueça, este é um filme do Capitão América. E é mesmo. Não se engane com a trama baseada na Guerra Civil ou a presença da maioria dos Vingadores ativos. Steve Rogers é o centro e o coração da obra o tempo inteiro. Tudo é visto por seus olhos e é a partir dele que a trama se desenvolve.
Vemos os dilemas de Rogers, suas tentativas de se adaptar ao mundo e, principalmente, vemos o personagem ter que confrontar suas crenças e ideais em uma situação na qual quase todo mundo lhe diz que seu ponto de vista está errado. Mas ele acredita fielmente neste ponto de vista. O que fazer? Se render? Se entregar? Ou seguir lutando?
Chris Evans, como sempre, entrega uma ótima interpretação do personagem. Este ator é subvalorizado, infelizmente, mas faz um trabalho excelente criando um Steve Rogers na qual todas essas questões são transparentes e nítidas.
O filme também mostra o mundo ao redor de Steve Rogers, com sua relação de amizade com Bucky Barnes sendo posta em cheque como nunca; sua aliança com Sam Wilson, o Falcão, cada vez mais forte; sua afinidade com a Viúva Negra; e, também, o início de uma relação mais próxima com Sharon Carter, personagem que, nas HQs, é sua namorada principal.
Guerra Civil mostra que a Fase 3 do Marvel Studios veio para abalar estruturas e buscar novos rumos. A próxima parada dos maiores heróis da Terra será numa abordagem, aparentemente, totalmente diferente: saindo do realismo de Guerra Civil para a batalha cósmica contra Thanos em Vingadores – Guerra Infinita Parte 1 e 2. Como os irmãos Russo irão se sair nessa nova seara? É esperar para ver.
De qualquer modo, o expectador verá que ao fim de Guerra Civil algumas coisas mudaram e ficamos muito interessados em saber como esses desdobramentos irão dialogar com a trama cósmica de Thanos.
E por fim, não esqueça: o filme tem duas cenas pós-créditos, uma no início, outra no fim e vale à pena assistir-las.
Uma curiosidade: os créditos também informam que uma pequena parte do filme foi gravada no Brasil, mas não temos a mínima ideia de qual. Nem onde. [Atualizado: A cena no Brasil foi filmada nas Cataratas do Iguaçu e está presente em uma das cenas pós-créditos. Não diremos o que é para não cairmos em spoilers, mas é muito interessante pensar que nosso país pode voltar a ser locação dos filmes da Marvel, depois de ter abrigado uma parte considerável de O Incrível Hulk, de 2008. Fim da Atualização].
Captain America – Civil War tem direção dos irmãos Joe e Anthony Russo e roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. O elenco tem Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), Robert Downey Jr.(Tony Stark/ Homem de Ferro), Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/ Viúva Negra), Sebastian Stan (Bucky Barnes/Soldado Invernal), Anthony Mackie (Sam Wilson/Falcão), Frank Grillo (Brock Rumlow/ Ossos Cruzados), Daniel Brühl (Barão Zemo), Emily VanCamp (Sharon Carter/ Agente 13), Jeremy Renner (Clint Barton/ Gavião Arqueiro), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff/ Feiticeira Escarlate), Paul Bettany (Visão), Paul Rudd (Scott Lang/ Homem-Formiga), Don Cheadle (Coronel Jim Rhodes/ Máquina de Combate), Chadwick Boseman (T’Challa/ Pantera Negra), William Hurt (General Thaddeus Ross), Martin Freeman (Everett K. Ross), com participação especial de Tom Holland (Peter Parker/ Homem-Aranha), Marisa Tomei (May Parker), John Slaterry (Howard Stark) e Hayley Atwell (Peggy Carter). O longametragem é o primeiro da Fase 3 do Universo Marvel nos Cinemas. A estreia no Brasil foi em 28 de abril de 2016, uma semana antes dos EUA em 06 de maio.
O Capitão América foi criado por Jack Kirby e Joe Simon em 1941 e foi o maior sucesso dos anos iniciais da Marvel Comics. Após muitos anos sem ser publicado, foi resgatado para as histórias modernas em Avengers 04, de 1964, por Stan Lee e Jack Kirby, numa história dos Vingadores, grupo que passou a liderar a partir de então.