Editora Mythos irá publicar Next Men de John Byrne no Brasil
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Segundo o site Omelete, a editora Mythos anunciou que irá publicar no Brasil um encadernado com Next Men, criação do escritor/desenhista John Byrne nos anos 1990.
John Byrne foi um dos mais famosos e importantes artistas dos quadrinhos dos anos 1980, com uma prolífica carreira tanto escrevendo quanto apenas desenhando. Começou na Marvel Comics de meados dos anos 1970, fazendo histórias secundárias, até assumir a revista do Punho de Ferro em 1975 e a Marvel Team-Up (que trazia aventuras do Homem-Aranha com outros personagens convidados) em 1976, ambas apenas como desenhista, ao lado do roteirista Chris Claremont.
A grande virada da carreira de Byrne se deu em 1977, quando assumiu a revista dos X-Men, colaborando novamente com Claremont, mas agora também nos roteiros. A fase da dupla, entre 1977 e 1981 é considerada a melhor de todas da equipe mutante. Paralelamente, Byrne também desenhou revistas dos Campeões, dos Vingadores e do Capitão América no mesmo período.
Em 1980, Bryne assumiu sozinho os textos e a arte do Quarteto Fantástico, que produziu durante seis anos e é um de seus principais trabalho, além da melhor fase da equipe em tempos recentes. Paralelamente, ainda produziu a revista da Tropa Alfa e do Hulk.
Em 1986, mudou -se para a DC Comics, onde revolucionou o Superman, criando o novo universo do herói pós-Crise nas Inifinitas Terras. Em 1988, voltou à Marvel para cuidar das revistas da Mulher-Hulk, de Namor e do Homem de Ferro, assumindo em seguida as duas revistas dos Vingadores. Voltou aos X-Men brevemente em 1991, mas começou a ficar sem espaço no mercado, que mudava com o desenvolvimento da Era Sombria.
Assim, Byrne passou a se concentrar mais em trabalhos autorais para a editora Dark Horse Comics. Além de produzir o roteiro da primeira aventura de Hellboy para o amigo Mike Mignola, o artista criou os Next Men, publicando-os em uma revista própria a partir daquele mesmo ano.
Next Men narra a história de uma equipe de superseres que se liberta após viverem aprisionados a vida toda, mas ao serem revelados ao mundo são tomados como ameaça. A revista teve originalmente 31 edições, encerrando-se em 1994 por causa das baixas vendas. Byrne conseguiu retomar suas histórias em 2010, já na editora IDW, publicando mais 14 edições.
O encadernado da Mythos terá capa dura e 312 páginas, trazendo as edições originais 0 a 10, de 1991.
Saiba mais sobre John Byrne num post especial do HQRock, clicando aqui.
Star Wars: Nova HQ da saga esgota nos EUA
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
A editora Dark Horse atualmente tem os direitos de adaptação dos quadrinhos de Star Wars e lançou nos últimos dias uma nova revista, chamada apenas Star Wars, com roteiros de Brian Wood (de DMZ, Vikings e Local) e desenhos de Carlos D’Anda. A revista vendeu tanto que esgotou sua tiragem, sendo o maior sucesso da franquia nos últimos tempos.
O grande chamariz de Star Wars é que a história traz o elenco clássico da cinessérie de volta. A trama se passa entre o Episódio IV e o Episódio V, quando a Aliança Rebelde sofre o contra-ataque do Império após a destruição da Estrela da Morte. É uma boa oportunidade de ver novas aventuras de Luke Skywalker, Han Solo e Leia contra as forças de Darth Vader.
As capas da revista são pintadas por Alex Ross. Uma nova tiragem já está sendo providenciada e será lançada em fevereiro.
A nova revista, contudo, tem data para terminar: com a compra da LucasFilm pela Disney Company, a empresa não pretende renovar o contrato com a Dark Horse, de modo que a Marvel Comics (que também pertence à Disney) volte a publicar as histórias de Star Wars a partir de 2015. (Saiba mais aqui).
Star Wars é uma série de filmes que estreou em 1977, criada, escrita e dirigida por George Lucas. Foram produzidos os Episódios IV, V e VI primeiro (entre 1977 e 1983) e depois os Episódios I, II e III (entre 1999 e 2007), além de diversas outras produções para outras mídias, como quadrinhos, livros, games e a série animada Star Wars – Clone Wars, que faz bastante sucesso atualmente na TV.
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Há muito tempo, numa galáxia distante, quando um jovem e desconhecido diretor chamado George Lucas resolveu lançar um ousado “faroeste capa e espada espacial” chamado Star Wars – Guerra nas Estrelas, tentou vendê-lo de diversas formas para torná-lo mais popular. O épico não apenas chegou aos cinemas em 1977, mas também foi lançado como livro e quadrinhos. E coube à editora Marvel Comics, casa de Homem-Aranha, X-Men e Vingadores, a honra de editar essas revistas. Agora, a Disney Company – dona tanto da Marvel quanto da saga Star Wars – anunciou que a editora voltará a publicar quadrinhos da saga.
A Marvel começou a publicar seus quadrinhos da saga já em 1977, na época de lançamento do filme, numa revista mensal editada por Archie Goodwyn e com roteiros de Roy Thomas e desenhos de Howard Chaykin. Os seis primeiros números adaptaram o primeiro filme Guerra nas Estrelas – Episódio IV: Um Nova Esperança, enquanto as edições seguintes eram histórias originais. A revista fez muito sucesso e ajudou a empresa a passar por uma fase difícil de vendas. Em 1980, as edições 39 a 44 adaptara, o segundo filme Guerra nas Estrelas – Episódio V: O Império Contra-Ataca.
As vendas caíram após o fim da saga, em 1983, sendo canceladas em 1986.
Em 1992, a editora Dark Horse adquiriu os direitos da saga e, desde então, já publicou centenas de revistas baseadas na saga.
Agora que a Disney é dona tanto da Marvel quanto da LucasFilm, quer manter tudo dentro de casa. O contrato com a Dark Horse segue até o ano que vem, de modo que os novos quadrinhos da Marvel só devem aparecer em 2014. Não há nem cronograma nem planos exatos do que trarão. Contudo a data o coloca bem ´próximo do lançamento do novo filme Episódio VII, no mesmo ano.
Star Wars é uma série de filmes que estreou em 1977, criada, escrita e dirigida por George Lucas. Foram produzidos os Episódios IV, V e VI primeiro (entre 1977 e 1983) e depois os Episódios I, II e III (entre 1999 e 2007), além de diversas outras produções para outras mídias, como quadrinhos, livros, games e a série animada Star Wars – Clone Wars, que faz bastante sucesso atualmente na TV.
Vendas de HQ’s: Mercado dos EUA tem o melhor ano desde 1996!
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O mercado de quadrinhos dos EUA tem motivos para comemorar. Segundo levantamento do site ICv2 – que coleta os dados de vendas de revistas naquele país – 2012 é o melhor ano dos quadrinhos desde o longínquo 1996! O mês de agosto obteve aumento de 19,27% em relação ao mesmo período do ano passado, o que é um índice muito alto em um mercado que vinha enfrentando problemas há mais de uma década. Com o aumento registrado no mês de maio, de 17% de crescimento – já relatado aqui no HQRock – o mercado de quadrinhos dá sinais de boa recuperação.
A conquista não vem de graça, claro. Além da divulgação causada pelas adaptações cinematográficas dos heróis – que renderam as três maiores bilheterias do ano (veja aqui) – o mercado foi aquecido por dois grandes eventos editoriais. Primeiramente, a iniciativa Os Novos 52 da DC Comics, que promoveu um reboot cronológico e editorial de todos os seus personagens, que incluem Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, a Liga da Justiça etc.
Iniciado justamente em agosto de 2011, Os Novos 52 foi um grande sucesso comercial, levando as revistas da DC ao topo do ranking dos mais vendidos; consolidando a franquia do Batman como a mais valiosa do mercado; e colocando a editora à frente do mercado, ultrapassando por pouco a eterna concorrente Marvel Comics. No total de arrecadação do mercado, a DC Comics ficou com 33,32% enquanto a Marvel vem colada atrás com 32,42%. Isso também demonstra que editoras menores, como Image, Dark Horse e IDW estão com fatias maiores do mercado.
Porém, a Marvel também tem sua parcela de “culpa”: o megaevento Avengers Vs. X-Men, que coloca os Vingadores contra os X-Men, também fez um sucesso estrondoso. Prestes a ser encerrado após 12 meses, a revista principal da maxissérie ocupa os dois primeiros lugares do ranking das revistas mensais mais vendidas de agosto de 2012.
Vamos ao ranking divulgado pelo ICv2:
Posição/ Revista/ Quantidade Estimada de Vendas
1
| AVENGERS VS X-MEN #9 |
174,356
|
2
| AVENGERS VS X-MEN #10 |
169,529
|
3
| BATMAN #12 |
125,249
|
4
| JUSTICE LEAGUE #12 |
120,796
|
5
| AMAZING SPIDER-MAN #692 |
91,071
|
6
| BEFORE WATCHMEN RORSCHACH #1 (MR) [*] |
85,473
|
7
| AVX VS #5 |
78,380
|
8
| BEFORE WATCHMEN DR MANHATTAN #1 (MR) [*] |
77,577
|
9
| GREEN LANTERN #12 |
77,187
|
10
| DETECTIVE COMICS #12 |
75,998
|
11
| ACTION COMICS #12 |
71,203
|
12
| GREEN LANTERN ANNUAL #1 |
67,648
|
13
| EARTH 2 #4 |
67,393
|
14
| BATMAN THE DARK KNIGHT #12 |
67,084
|
15
| BATMAN INCORPORATED #3 |
66,720
|
16
| BATMAN AND ROBIN #12 |
63,993
|
17
| DETECTIVE COMICS ANNUAL #1 |
62,571
|
18
| AVENGERS #29 |
61,653
|
19
| AQUAMAN #12 |
61,210
|
20
| UNCANNY X-MEN #17 |
61,095
|
O crescimento das duas editoras principais só faz bem ao mercado: o Top10 é disputadíssimo, mas a DC leva a melhor com seis posições, enquanto a Marvel soma as quatro restantes. Apesar da Marvel acumular as duas primeiras posições, no restante das “10 mais” emplaca apenas a revista do Homem-Aranha (5º) e a maxissérie derivada AVX Vs. (7º), que é mais focada nos confrontos de Vingadores contra os X-Men.
Enquanto isso, a DC domina com duas revistas do Batman (a homônima e Detective Comics, em 3º e 10º, respectivamente), a Liga da Justiça (4º), o Lanterna Verde (9º) e duas das minisséries Before Watchmen, que mostram eventos baseados no universo de Watchmen, antes daqueles mostrados na grande maxissérie de 1986, já levada aos cinemas. As edições em questão são as de Rorschach e do Dr. Manhattan.
Pensando o Top20 como um todo, a DC Comics domina mais ainda, pois no restante do ranking há somente outras duas revistas da Marvel: Avengers 29 (18º), que é a principal revista mensal dos Vingadores; e Uncanny X-Men 17 (20º), que é a principal revista dos X-Men, ambas impulsionadas pela maxissérie já citada. Muito embora, é justo dizer que Avengers sempre é uma das revistas mais vendidas do mercado e sua posição está até baixa no ranking, talvez apagada pelo megaevento em questão.
Não somente a DC Comics domina, mas o Batman: além das duas revistas no Top10, o homem-morcego acumula outras quatro revistas no restante do Top20, com Batman – The Dark Knight (14º), Batman Incorporated (15º), Batman and Robin (16º) e Detective Comics Annual(17º), que é uma revista especial de periodicidade anual. Com seis revistas entre as 20 mais vendidas, o Batman mostra porque é a maior franquia de quadrinhos da atualidade.
E não esquecer que o homem-morcego ainda é membro da Liga da Justiça que vem quarto lugar do ranking. A edição em questão, a de número 12, é aquela bombástica em que Superman e Mulher-Maravilha iniciam um romance e rendeu bastante atenção nos media (veja aqui).
No ranking das “20 mais”, além dos Vingadores e dos X-Men, chama a atenção os destaques ao Lanterna Verde, mantendo-se como uma das franquias mais rentáveis da DC, e a presença do Aquaman em 19º lugar, um personagem que nunca fez muito sucesso, mas desde o início dos Novos 52 vem atingindo números impressionantes.
Por fim, no mercado de coletâneas, depois de um ano inteiro dominado por Walking Dead, revista que foi adaptada como série de TV de grande sucesso, os super-heróis esboçam uma boa reação. Walking Dead continua bem: emplaca dois encadernados no Top10, em 2º e 9º lugares. Contudo, lá vem o Batman dominar tudo de novo. O homem-morcego aparece em primeiro lugar com a graphic novel Batman: Earth One, que traz uma abordagem moderna de sua origem; e também aparece em 5º lugar com o encadernado de Batman: The Court of the Owls, sua primeira grande saga nos Novos 52, reunida em um único volume.
Os Novos 52 também aparecem com a coletânea de Superman – Action Comics, em 4º lugar, reunindo o primeiro arco da revista que reimagina os primeiros dias de ação do homem de aço.
A Marvel aparece com apenas dois volumes no Top10: Hulk Season One em 6º e a megassaga do ano passado, Fear Itself (O Próprio Medo, atualmente sendo publicada no Brasil), em 10º.
Para terminar, o ranking do Top10 das coletâneas, que é um mercado menor por causa dos altos preços, mas é mais prestigiado.
Posição/ Coletânea/ Quantidade Estimada de Vendas
1
| BATMAN EARTH ONE HC |
7,320
|
2
| WALKING DEAD TP VOL 01 DAYS GONE BYE |
5,586
|
3
| SWAMP THING TP VOL 01 RAISE THEM BONES TP |
5,030
|
4
| SUPERMAN ACTION COMICS HC VOL 01 SUPERMAN MEN OF STEEL |
5,015
|
5
| BATMAN HC VOL 01 THE COURT OF OWLS |
4,441
|
6
| HULK SEASON ONE PREM HC |
4,079
|
7
| SCOTT PILGRIM COLOR HC VOL 01 |
3,914
|
8
| STAR WARS THE CLONE WARS SITH HUNTERS TP |
3,446
|
9
| WALKING DEAD TP VOL 02 MILES BEHIND US |
3,422
|
10
| FEAR ITSELF TP |
3,417
|
No caso das coletâneas, o ranking do ICv2 não computa as vendas em livrarias. Por isso, é de se pensar que o sucesso de Batman: Earth One é ainda maior, já que o volume está a oito semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, o que não é pouca coisa.
Os especialistas esperam que o novo evento da Marvel, chamado Marvel Now aumente mais ainda o sucesso do ano de 2012. Vamos aguardar.
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Desde agosto de 2011, a DC Comics vem liderando os rankings de vendagem de revistas em quadrinhos nos Estados Unidos, por causa do seu bem-sucedido (pelo menos comercialmente) reboot editorial e cronológico, que reiniciou a carreira de seus principais heróis. Desde então, a revista principal da editora, Justice League, que traz as aventuras da Liga da Justiça – grupo que reúne Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde e outros – vem seguidamente sendo o n.º 01 das paradas.
Pois este quadro mudou agora, em março de 2012, com o contraataque da Marvel Comics: a maxissérie Avengers vs. X-Men que vai colocar as duas principais equipes de heróis daquele universo (os Vingadores e os X-Men) em rota de colisão, o que renderá grandes batalhas entre eles. Respectivamente, o número 01 e o especial número zero da nova revista alçaram o primeiro e o segundo lugares das revistas mais pedidas naquele mês, com 203,1 e 134,5 mil unidades cada uma.
A campeã dos meses anteriores, Justice League 07, vem em terceiro lugar, com 131,6 mil unidades pedidas.
Daí para frente, a DC continua a dominar o Top10, trazendo em seguida, Batman 07 em quarto lugar, com 127,4 mil cópias; Action Comics 07 em sexto, com 91,8 mil cópias; Green Lantern 07 em sétimo com 90,2 mil unidades. (Todas as revistas da DC têm a numeração 07 por causa do reboot, que zerou as revistas).
Batman continua mostrando que é o maior vendedor de revistas da atualidade, trazendo mais duas revistas para o Top10, com Detective Comics 07 em oitavo lugar, com 89,8 mil unidades e Batman: The Dark Knight 07 em novo lugar, com 75,2 mil cópias solicitadas. Por fim, o Superman fecha “as dez mais”, com Superman 07, em décimo lugar, com 66,5 mil cópias.
Além das duas primeiras colocações, a Marvel só aparece no Top10 outra vez em quinto lugar, com a nova revista Avengers Assemble 01, com 100,8 mil unidades solicitadas, numa aventura que reúne nos quadrinhos exatamente a mesma formação dos Vingadores que está no filme, com Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro.
Como nos outros meses, as revistas da Marvel aparecem com maior frequência no restante do Top20, com revistas dos X-Men e do Homem-Aranha, mais a revista principal dos Vingadores, Avengers 24, fechando o 20º lugar. Ainda assim, a DC ocupa as posições 11, 12 e 13, com Flash 07, Aquaman 07 e Batman & Robin 07.
Apesar desse movimento de subida da Marvel no ranking, o mês de março não foi excepcional para os quadrinhos, ao contrário de janeiro. Contudo, a proximidade de lançamento dos filmes adaptados de quadrinhos, como Os Vingadores, O Espetacular Homem-Aranha eBatman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, devem aumentar as vendas desses respectivos personagens nos próximos meses.
Saindo das revistas mensais e indo para os encadernados ou coletâneas, Marvel e DC perdem espaço para editoras pequenas. O primeiro lugar do ranking das coletâneas está com Walking Dead 01, série em quadrinhos de sucesso que está sendo adaptada à TV também com bastante sucesso. O fato do primeiro volume da série voltar ao topo do ranking indica que uma grande leva de novos leitores está aderindo ao título. Hellboy Vol 12 da Dark Horse e The Boys da Dynamite estão em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
A DC Comics ocupa dois lugares no Top10 dos encadernados. A saga Flashpoint que deu origem ao reboot do ano passado está em quarto lugar, enquanto uma série derivada desta Flashpoint: The World of Flashpoint – Batman aparece em oitavo lugar. A Marvel só aparece uma vez no Top10, com X-Men: Season One em quinto lugar.
Podemos concluir que, apesar de não ser um mês robusto como janeiro deste ano, março trouxe um marco importante: quatro revistas venderam mais do que 100 mil unidades, enquanto naquele mês apenas três o fizeram. E desta vez, uma das revistas ultrapassou a difícil marca de 200 mil cópias. Embora a passos lentos, podemos estar vendo uma recuperação mínima do mercado de quadrinhos, que sofreu grandes baixas nas últimas duas décadas.
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O site ICv2 publicou o ranking de revistas mais pedidas pela distribuidora Diamond Comics, a principal dos Estados Unidos, no mês de janeiro. E o resultado surpreendeu até os mais otimistas em relação ao reboot cronológico e editorial da editora DC Comics, casa de Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Segundo o levantamento, esta editora ficou com todo o Top10 das revistas mais vendidas do mês. Todas!
Nenhuma revista da concorrente Marvel Comics apareceu no ranking do Top10, nem do Homem-Aranha, nem dos Vingadores. Nada!
Confira o Top10 das revistas mais vendidas em janeiro de 2012 nos EUA:
1. Justice League #5
2. Batman #5
3. Action Comics #5
4. Detective Comics #5
5. Green Lantern #5
6. Batman: The Dark Knight #5
7. Superman #5
8. The Flash #5
9. Batman and Robin #5
10. Aquaman #5
Continua a liderança do mercado pela Liga da Justiça, equipe que reúne Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Aquaman e Ciborgue. A revista, que conta atualmente sua nova origem, é escrita por Geoff Johns e desenhada por Jim Lee.
Repare que todas as edições estão no n.º 05, porque correspondem à mesma leva de revistas pós-reboot da DC, na qual os personagem tiveram suas origens modificadas e algumas características alteradas, como status e até idade. Na nova versão do Universo DC, os heróis são mais jovens e atuam há apenas cinco anos.
O ranking confirma mais uma vez que o Batman é o grande nome dos quadrinhos atuais em termos de sucesso. Das dez mais vendidas, nada menos do que quatro (Batman, Detective Comics, Batman: The Dark Knight e Batman and Robin) são revistas estreladas pelo homem-morcego.
Superman emplaca outras duas (Action Comics e Superman), enquanto as outras são distribuídas entre Lanterna Verde, Flash e Aquaman. Este último outra surpresa, pois o personagem nunca foi um dos mais populares, mas é alvo de uma agressiva política de divulgação, com histórias escritas por Geoff Johns (o grande articulador do reboot) e desenhada pelos brasileiros Ivan Reis e Joe Prado.
A DC também foi bem nas coletâneas. Veja o ranking:
1. Batman: Through the Looking Glass HC (DC)
2. Invincible Vol. 15: Get Smart TP (Image)
3. The Walking Dead Vol. 1: Days Gone Bye (Image)
4. Fear Itself Premiere HC (Marvel)
5. The Unwritten Volume 5: On to Genesis (DC)
6. Batman: The Return of Bruce Wayne (DC)
7. The Walking Dead Vol. 15 TP (Image)
8. B.P.R.D.: Hell on Earth Volume 2: Gods and Monsters TP (Dark Horse)
9. Sweet Tooth Vol. 4: Endangered Species TP (DC)
10. Batman: The Dark Knight Vol. 1: Golden Dawn Deluxe Ed. HC (DC)
A nova graphic novel do homem-morcego está em primeiro lugar, tirando The Walking Dead do posto que ocupa há muitos, mas muitos meses. E o homem-morcego faz bonito e ocupa três posições entre as dez mais (1º, 6º e 10º). Outras editoras menores dominam o mercado de graphic novels e coletâneas, como a Image Comics com Walking Dead e Invincible e a Dark Horse com Hellboy.
A Marvel emplaca apenas a coletânea de Fear Itself, seu grande evento do ano passado, ainda inédito no Brasil, na qual os Vingadores precisam combater o deus do medo.
Ainda assim, voltando às revistas mensais, a Marvel deve dominar importantes posições no restante do Top100, pois ainda é a campeã do mercado em termos de arrecadação, com 35,17% contra 33,55% da DC Comics. Isso também pode se explicar pelo fato das revistas da Marvel serem mais caras do que da Distinta Concorrente.
No entanto, a DC leva vantagem na porcentagem das revistas mais vendidas: 39,86% em total de unidades, contra 37,51% da Marvel.
No restante do Top20, há mais revistas da Marvel: duas Uncanny X-Men, seguidas de Wolverine and the X-Men, Wolverine e Avengers X-Saction. A 16ª e a 19ª voltam a trazer revistas da DC, Wonder-Woman e Teen Titans, com as revistas Mulher-Maravilha e Os Novos Titãs.
No restante, voltam as revistas da Marvel: Amazing Spider-Man, a principal revista do Homem-Aranha, com duas revistas (17º e 20º lugares) e a revista principal dos Vingadores, Avengers, em 18º lugar.
O ICv2 ainda registrou que três revistas ultrapassaram a marca das 100 mil cópias vendidas em janeiro: Justice League, Batman e Action Comics, com histórias da Liga da Justiça, Batman e Superman, respectivamente, que venderam 138, 130 e 105 mil cópias cada.
É o quinto mês do reboot e embora as vendas tenham baixado um pouco desde o início, o que é uma acomodação normal do mercado, a editora mantém a liderança, o que é um sinal muito positivo não apenas para ela mesma, mas para o mercado de quadrinhos como um todo.
Houve um aumento no mercado de quadrinhos de 27% em relação ao mês de janeiro de 2011, o que é algo surpreendente. Tendo em vista a grande oferta de filmes de super-heróis deste ano de 2012 – com Motoqueiro Fantasma, Homem-Aranha e Vingadores (para a Marvel) e o novo Batman (para a DC) – se o mercado souber capitanear, poderá haver ainda mais crescimento.
É importante observar, diz o site, que este crescimento de 27% em relação ao mesmo mês do ano anterior é o maior do tipo desde maio de 2006, quando o lançamento da minissérie Guerra Civil abalou as estruturas do Universo Marvel e representou um crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior.
E, desde então, apenas duas vezes (em novembro de 2006 e janeiro de 2007) houve um crescimento do tipo maior do que 20%.
Quem sabe, assistimos à recuperação do mercado após anos de crise?
John Byrne: O grande criador dos anos 1980
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Nascido na Inglaterra, criado no Canadá e naturalizado nos Estados Unidos, John Byrne se tornou uma lenda dos quadrinhos. Trabalhou com todos os maiores personagens tanto da Marvel quanto da DC e, entre o final dos anos 1970 e o início dos 1990, foi um dos principais nomes da mídia, senão o maior. Escritor de boas ideias, capaz de encontrar soluções intrigantes para problemas de cronologia e, ainda, um desenhista de traço elegante e limpo, Byrne fez sucesso e marcou seu nome de modo indelével nos super-heróis.
Nascido em 1950, Byrne fez parte da terceira geração de artistas criadores dos quadrinhos, com a distinção de serem jovens que cresceram lendo os personagens que depois iriam produzir. Quando adolescente, trabalhou em fanzines até conseguir um emprego na Marvel, em meados dos anos 1970.
Daí, foi o sucesso: a melhor de todas as fases dos X-Men (ao lado de Chris Claremont); uma fase curta e memorável do Capitão América (com Roger Stern); a aclamada longa fase no Quarteto Fantástico; a reformulação do Superman para a DC; a volta à Marvel com os Vingadores, Mulher-Hulk, Namor e Homem de Ferro (este, com John Romita Jr.); uma passagem mais esparsa na DC, com Mulher-Maravilha, Gerações, Superman; e até o roteiro da primeira aventura de Hellboy para a Dark Horse.
Vejamos os principais momentos de sua carreira:
Punho de Ferro – Seu primeiro trabalho fixo na Marvel, em 1975; desenhou o título Iron Fist escrito pelo também novato Chris Claremont. Foi nas páginas de Punho de Ferro que surgiu o vilão Dentes de Sabre, mais tarde transformado no arquiinimigo de Wolverine.
Marvel Team-Up – Revista que trazia o Homem-Aranha agindo com algum personagem convidado. Claremont e Byrne firmaram a parceria nesse título, em 1976, com o canadense emprestando o charme de sua arte ao escalador de paredes.
Campeões – Um dos mais bizarros grupos da Marvel, formado por Hércules, Viúva Negra, Motoqueiro Fantasma, Anjo e Homem de Gelo e escrito por Tony Isabella. Os desenhos não salvaram a revista de ser cancelada em 1978.
Vingadores – A famosa velocidade de Byrne para desenhar foi muito útil para trabalhar com grupos de super-heróis. Em 1977, assumiu o título, trabalhando com o roteirista Jim Shooter, que logo mais seria o Editor-Chefe da Marvel. Depois, David Michelline assumiu os roteiros.
X-Men – Claremont e Byrne se uniram mais uma vez, agora com o artista creditado oficialmente como corroteirista. Trabalhando a partir das bases lançadas pouco antes por Len Wein e Dave Cochrum, a dupla transformou os novos X-Men (a segunda geração da equipe, com o original Ciclope liderando os novatos Wolverine, Tempestade, Colossus, Noturno e participações de Banshee, Solaris, Fera, Anjo e, é claro, da superpoderosa Fênix) em um grande sucesso. Entre 1977 e 1981, produziram a mais aclamada fase dos X-Men até hoje, incluindo a criação do Clube do Inferno (com Sabastian Shaw e Emma Frost) e da Tropa Alfa (primeiro grupo de super-heróis canadenses); Wolverine se tornando protagonista da revista pela primeira vez; e os famosos arcos A Saga da Fênix Negra e Dias de um Futuro Esquecido, ambos servindo de base à trilogia da equipe no cinema.
Capitão América – Junto ao escritor Roger Stern, em 1980, produz uma das mais lembradas fases do supersoldado da Marvel. Embora curta (os dois entraram em choque o editor assistente responsável), devolveram uma vida social para Steve Rogers, deram-lhe uma nova namorada (Bernie Rosenthal) e firmaram seus laços com o Brooklyn, em Nova York; além de reintroduzir personagens como Barão Sangue, Union Jack e Spitfire na cronologia corrente da editora.
Quarteto Fantástico – Estreando como artista solo (escrevendo e desenhando), Byrne produziu, sem sombra de dúvidas, a mais célebre fase da “primeira família” da Marvel depois da fase original de Stan Lee e Jack Kirby (responsáveis pelas 102 primeiras edições, nos anos 1960). Foi a produção contínua mais longa do artista: seis anos ininterruptos, por volta de 84 edições. Em sua passagem, desenvolveu a personalidade dos membros, deu mais significância ao vilão Dr. Destino e envolveu a equipe em aventuras incessantes em todos os cenários possíveis: dos confins do espaço sideral ao centro da Terra; do mundo dos sonhos à Zona Negativa; do passado ao futuro. Outra marca de sua “gestão” foi a troca provisória (mas longa) do Coisa pela Mulher-Hulk, o que equilibrou a balança de gênero no Quarteto, permitindo (uma de suas marcas) o bom tratamento das personagens femininas.
Tropa Alfa – Surgidos nas páginas dos X-Men, Byrne foi convencido pelo Editor-Chefe Jim Shooter a escrever as aventuras próprias da equipe canadense, em 1983. O artista renega esse trabalho, mas houve momentos interessantes. Foram 28 edições.
Hulk – Cansado da Tropa Alfa, Byrne fez uma troca com o escritor Bill Mantlo, que assumiu a revista, enquanto o artista foi trabalhar com o gigante esmeralda. Byrne definiu que o Hulk surgiu cinza e só depois tornou-se verde (assumindo um problema de colorização na primeira edição da revista do monstro, em 1962), criou os Caça-Hulks, separou Bruce Banner do golias esmeralda e casou o cientista com a velha namorada Betty Ross. Ah, e pôs o monstro em fúria cega e assassina contra todos os Vingadores. Porém, uma briga com o editor assistente Bob Harras, fez o artista sair da Marvel.
Na DC Comics – Como era free lancer e não contratado, Byrne já tinha feito alguns trabalhos na DC, particularmente, a edição especial The Death of Batman, que mostrava a morte de uma versão envelhecida do homem-morcego.
Superman – Após a maxissérie Crise nas Infinitas Terras, a DC reformulou a cronologia de todos os seus personagens. A Byrne coube o homem de aço. Ele mudou totalmente o status quo do último filho de Krypton: Clark Kent se tornou o personagem e o Superman apenas uma máscara; ao contrário de antes, ninguém pensava que o homem de aço tinha uma identidade secreta, afinal, ele não usava máscara, assim, ninguém desconfiava de Clark Kent; Lois Lane continuou apaixonada pelo herói, mas passou a ter certo interesse também em Kent, com os dois rivalizando matérias; o Superman se tornou menos poderoso do que antes (embora ainda o mais poderoso dos heróis) e apenas com os poderes estabelecidos (vôo, força, velocidade, visão de raio-x, visão de calor, supersopro etc.); e Lex Luthor deixou de ser um típico “cientista maluco” para ser um gangster inescrupuloso e rico, que publicamente não é criminoso (pois ninguém tem provas). Além disso, foram eliminados diversos elementos superfluos do universo do homem de aço, como todas as kryptonitas a exceção da verde, Superboy, Supergirl, a cidade engarrafada de Kandor e qualquer outro kryptoniano. Na “versão Byrne”, Kal-El é realmente o “último filho de Krypton“.
Com isso, ficou estabelecido que a nave de Kal-El caiu em Smallville no Kansas; foi adotado pelo casal Jonathan e Martha Kent (quer permaneciam vivos ao contrário do passado); viveu a infância na pequena cidade (o que manteve personagens como Pete Ross e Lana Lang existindo); e ao fim da adolescência pecorreu o mundo atrás de algum sentido na vida e de saber como ajudar as pessoas com seus poderes. Já adulto e estabelecido em Metrópolis, Clark Kent impede a queda de um ônibus espacial e é flagrado pela imprensa (e por Lois Lane), o que lhe obriga a criar a identidade de Superman. A aparição pública do homem de aço termina sendo a inspiração e o estopim para o surgimento dos super-heróis, de modo que ele se torna a baliza de todo o Universo DC.
Byrne estreou com a minissérie Man of Steel, em 1986, e fez um estrondoso sucesso. Em seguida, assumiu o roteiro das três revistas do herói: Action Comics, Superman e The New Adventures of Superman (ainda desenhando as duas primeiras; a arte da terceira ficou a cargo de Jerry Ordway). Também produziu várias minisséries complementares e edições especiais para firmar a nova realidade do personagem. Trabalhou dois anos quase que exclusivamente com o homem de aço e seu universo.
Lendas – Esta minissérie firmou o Universo DC pós-Crise nas Infinitas Terras, em 1987, e foi escrita por John Ostrander e Len Wein. Byrne “apenas” desenhou, emprestando seu talento à Liga da Justiça.
Vingadores – Quando Byrne saiu da Marvel, em 1986, seu amigo Roger Stern o substituiu no Quarteto Fantástico. Agora, foi a vez de retribuir: Stern brigou com o editor assistente Mark Gruenwald, saiu dos dois títulos da equipe dos “maiores heróis da Marvel” e Byrne o substituiu. (Stern, coincidência ou não, foi para a DC escrever o Superman!). Byrne assumiu os roteiros das duas revistas dos Vingadores, em 1988: Avengers e Avengers West Coast, desenhando também a segunda, enquanto a arte da primeira ficou com Paul Ryan. Na equipe principal, o artista colocou o Capitão América como único membro fixo, reunindo os outros a partir do perfil de cada missão. Nos Vingadores da Costa Oeste, preocupou-se em dar uma identidade própria ao time, colocando-os em problemas com o Governo dos EUA, que decide impor um membro para liderá-los, o violento Agente Americano. Também resolveu uma série de problemas cronológicos envolvendo o personagem Visão e, com isso, terminou por desencadear os atos que fizeram sua esposa, a Feiticeira Escarlate, ir literalmente à loucura. (Esses eventos seriam retomados 16 anos depois no arco Vingadores: A Queda, que inaugurou o momento atual da Marvel – vide a série História Recente da Marvel Comics, publicada aqui no HQRock em sete partes).
Mulher-Hulk – Em 1989, Byrne assumiu três projetos na Marvel. O primeiro foi uma revista própria da prima do incrível Hulk, personagem que o autor sempre adorou que incluíra no Quarteto Fantástico e, também, nos Vingadores. Suas aventuras solo eram marcadas pela comédia, com um tratamento diferenciado no qual Jennifer Walters sabia ser uma personagem de quadrinhos e ficar se comunicando com os leitores o tempo todo, bem como com o próprio Byrne. Foi ousado e bem-feito, mas não rendeu o sucesso esperado.
Namor – O Príncipe Submarino, o primeiro herói da Marvel (criado em 1939) ganhou sua primeira revista solo em décadas e Byrne explorou o personagem de um modo diferente: atuando como um empresário em prol da preservação dos mares. Outro bom trabalho sem o merecido sucesso.
Homem de Ferro – Melhor sucedido comercialmente com o “vingador dourado”, o autor fez uma longa passagem com Tony Stark, embora tenha somente escrito os roteiros, e John Romita Jr. assumiu os desenhos, depois substituído por Paul Ryan. Destaca-se o arco Guerra de Armaduras II, mas foi um período muito bom, que culminou com o resgate do vilão Mandarim de forma digna.
X-Men – Em 1991, o ex-parceiro Chris Claremont abandonou os roteiros da equipe mutante após 18 anos e o desenhista Jim Lee, principal nome do grupo, convidou Byrne para escrever as duas revistas: The Uncanny X-Men e a nova X-Men. O autor fez a transição entre o anterior e o novo escritor Scott Lobdell. O maior mérito de Byrne aqui foi explorar o passado de Wolverine de um modo que ninguém tinha feito até então, plantando ideias que levariam ao fim do mistério sobre seu passado.
Mulher-Maravilha – Após um período de menor exposição, Byrne voltou aos holofotes em 1995, escrevendo e desenhando a princesa amazona por três anos, num dos últimos períodos de grande sucesso da personagem.
Hellboy – Byrne fez alguns trabalhos para a editora Dark Horse, entre eles, escreveu o roteiro da primeira aventura do filho do inferno criado como herói criado pelo desenhista Mike Mignola. Este arco de Mignola e Byrne foi adaptado ao cinema no primeiro longametragem do personagem.
Batman & Capitão América – Em meados dos anos 1990, a Marvel e a DC conseguiram uma trégua e realizaram uma série de crossovers entre seus personagens. Em 1998, Byrne produziu o encontro entre o cavaleiro das trevas da DC e o supersoldado da Marvel, numa história passada durante os anos da II Guerra Mundial. É uma boa graphic novel, autocontida e uma das preferidas do próprio autor.
Gerações – Baseado na experiência anterior, em 1999, Byrne desenvolveu este projeto, que consistia em mostrar aventuras do Batman e do Superman ao longo das mais diferentes eras, tanto as cronológicas da DC quanto as editoriais (por exemplo, em um encontro passado em 1939, mostrava os personagens exatamente como eram desenhados naquela época). A minissérie foi um sucesso e ganhou duas continuações, produzidas nos anos seguintes.
Homem-Aranha – Após o fracasso da longa Saga do Clone, a Marvel decidiu reformular as revistas do aracnídeo e modernizar sua origem. Byrne escreveu e desenhou a maxissérie em 12 partes Chapter One, contando o “ano um” do personagem (na verdade, uma releitura das primeiras aventuras de Stan Lee e Steve Ditko, de 1962 e 1964). Depois, Byrne migrou para a revista The Amazing Spider-Man, desenhando histórias escritas por Howard Mackie, entre 1999 e 2000.
Hulk – Ainda em 1999, Byrne escreveu os oito primeiros números de uma nova revista do gigante esmeralda, desenhadas por Ron Garney.
X-Men – Também em 1999, o artista iniciou a produção da revista mensal X-Men: Hidden Years, que contava histórias do “período perdido da equipe mutante”, ou seja, eventos entre o cancelamento da revista original do grupo em 1970 e a retomada das histórias com os Novos X-Men, em 1975. O autor afirmou que esse era o projeto mais apaixonante em que se envolvera nos últimos tempos, mas foi cancelado pela direção da Marvel após 22 edições, apesar das boas vendas. Isso deixou o artista furioso e ele nunca mais trabalhou na Marvel depois disso.
Marvel – The Lost Generation – Similarmente a Hidden Years e publicado de modo concomitante, entre 2000 e 2001, esta maxissérie em 12 partes mostra os eventos do Universo Marvel entre o fim da II Guerra Mundial e o início da “era moderna” com o surgimento do Quarteto Fantástico (que teria ocorrido oito anos atrás em termos cronológicos). Outra parceria com Roger Stern nos roteiros.
Liga da Justiça – Em 2002, Byrne se uniu ao ex-parceiro e ex-desafeto Chris Claremont para produzir um arco de histórias da maior equipe do Universo DC. The 10th Circle foi publicado nos números 94 a 99 de JLA, mas não agradou.
Superman – O último trabalho relevante de Byrne nos super-heróis foi desenhando as aventuras do homem de aço escritas por Gail Simone. A crítica elogiou de mais os seus desenhos, que estavam melhores do que nunca.
John Byrne continua produzindo, investindo particularmente em obras autorais, como The Next Men, porém, não consegue mais se encaixar no mercado de quadrinhos de hoje em dia. Sua fama de “brigão” também afungentou os convites dos editores, mas sua obra irá permanecer como um capítulo fundamental da história dos quadrinhos.
Sai a lista dos quadrinhos mais lucrativos de 2010
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Nos Estados Unidos, o site ICV2 é responsável por listar, todos os meses, as 300 revistas mais vendidas de quadrinhos, tanto as de periodicidade mensal quanto os especiais encadernados que são vendidos também em livrarias.
Agora, o site publicou a lista das franquias de quadrinhos mais lucrativas de 2010:
- Batman – DC Comics
- Superman – DC Comics
- Kick-Ass – Marvel Comics
- Blackest Night/Brightest Day – DC Comics
- Watchmen – DC Comics
- X-Men/Wolverine – Marvel Comics
- Captain America – Marvel Comics
- Final Crisis – DC Comics
- Siege – Marvel Comics
- Hellboy – Dark Horse Comics
Como o HQRock já anunciou em um post anterior, o Batman, já no início deste ano, foi o responsável por fazer a editora DC Comics ser a de maior sucesso no mercado dos EUA após muitos anos de domínio da Marvel. Pelo visto na lista, o sucesso do homem-morcego já veio do ano passado.
Grande parte do sucesso de Batman se deve ao escritor escocês Grant Morrison, que é o grande arquiteto da (polêmica) fase atual do protetor de Gotham City. Entre as mudanças, o autor incluiu um filho de Bruce Wayne com Tália Head – a filha de Ra’s Al Ghul – chamado Damian, que por sua vez, se torna o novo Robin; o desaparecimento temporário de Bruce Wayne, com Dick Greyson (o primeiro Robin) lhe substituindo como Batman temporariamente; o retorno de Wayne, com ele e Greyson encarnando o papel de Batman ao mesmo tempo (!); e Wayne anunciando ao mundo que ele financia o homem-morcego (mas sem dizer que é o próprio, é claro), criando uma franquia chamada Batman Inc. para auxiliar, treinar e financiar vigilantes em todo o mundo.
O Superman é um caso curioso, pois suas revistas há muito tempo não causam grandes alardes, mas parece que a nova fase do personagem coordenada por Geoff Johns tem agradado. E a minissérie Origem Secreta (já publicada no Brasil), onde Johns reconta a origem do homem de aço (com desenhos de Gary Frank) deve ter contribuído bastante.
Kick-Ass a obra do Selo Icon, divisão “autoral” da Marvel, assinada por Mark Millar e John Romita Jr. vendeu muito (especialmente sob a forma de encadernado) por causa do filme dirigido por Mathew Vaughn.
Blackest Night/Brightest Day (no Brasil, A Noite Mais Densa e O Dia Mais Claro) foram dois arcos de histórias protagonizados pelo Lanterna Verde, escritos por Geoff Johns e desenhados pelo brasileiro Ivan Reis. Com a chegada do filme, em 2011, o personagem deve manter o sucesso este ano.
Watchmen, a obra imortal de Alan Moore e Dave Gibbons está na lista de mais vendidos praticamente desde que foi lançada pela primeira vez, como uma maxissérie em 12 capítulos, em 1986. O filme de 2009, dirigido por Zack Snyder somente ajudou a ampliar a fama da história.
Já faz algum tempo que Wolverine e os X-Men não têm realmente histórias importantes, mas ainda são bons vendedores de revistas, como comprova este sexto lugar.
Mesmo antes do filme, em 2010 o Capitão América ocupou um lugar central no Universo Marvel, com a volta de Steve Rogers após um período desaparecido. As histórias de altíssimo nivel escritas por Ed Brubaker (e desenhadas por nomes como Steve Epting, Jackson Guice, Bryan Hitch e o brasileiro Luke Ross) ajudaram o personagem a ocupar este sétimo lugar.
Em oitavo e nono lugares, curiosamente, as duas sagas principais da DC e da Marvel, respectivamente. A DC lançou, ainda em 2009, Crise Final, também escrita por Grant Morrison, uma história de proporções cósmicas e trama incrivelmente complexa desenhada por J.G. Jones e outros. Nela, os heróis da DC enfrentam o vilanesco Darkseid. Em 2010, a saga continuou vendendo muito bem na versão encadernada, daí este lugar de destaque.
A Marvel, por sua vez, atacou de Siege (O Cerco, no Brasil, arco que apenas começou a ser publicado por aqui). Escrito por Brian Michael Bendis e desenhado pelo francês Olivier Coipel, a trama mostra o vilão Norman Osborn (o antigo Duende Verde, arquiinimigo do Homem-Aranha) usando de sua vasta influência no Governo dos EUA para atacar o reino místico de Asgard, a morada dos deuses nórdicos, da qual Thor faz parte.
Por fim, a lista do Top10 das franquias mais vendidas de 2010 fecha com Hellboy, o personagem infernal da editora Dark Horse criado por Mike Mignola e que já teve dois longametragens de sucesso nos cinemas.
É interessante notar que o escocês Grant Morrison aparece como o principal nome dos quadrinhos de hoje, pois assina as franquias de Batman (1º lugar) e Crise Final, seguido de perto por Geoff Johns, com Superman (2º) e Lanterna Verde (A Noite Mais Densa e O Dia Mais Claro).
Ambos, é importante destacar, na DC, que contabiliza cinco das dez posições, incluindo os dois primeiros lugares.
A Marvel vem com quatro posições, mas apostando em mais autores de peso, como Ed Brubaker, Brian Michael Bendis e Mark Millar.
Em 2011, o Top10 provavelmente será diferente, tendo em vista os filmes X-Men – Primeira Classe, Capitão América – O Primeiro Vingador e Thor da Marvel e Lanterna Verde da DC.
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